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15 fevereiro 2011

Auditores na Europa

O comissário de Mercado Interno da União Europeia, Michel Barnier, disse em conferência em Bruxelas que terão de ser promovidas mudanças na forma como a profissão funciona, especificamente para assegurar sua independência e tornar o mercado por seus serviços mais competitivo. (...)

Barnier delineou áreas gerais de preocupação, entre as quais o papel dos auditores e até que ponto esse papel deve ir além da tarefa restrita à empresa sendo auditada e seus investidores, estendendo-se também a clientes, funcionários e autoridades reguladoras.

Outro foco deverá ser a independência da profissão. Entre as possíveis formas de avanço nessa área, segundo Barnier, podem ser incluídas restrições ao grau de combinação permitido entre as funções de auditoria e não auditoria que essas empresas detêm; uma rotatividade regular das firmas de auditoria que cuidam das contas de uma empresa; leilões regulares e abertos de concorrência; e um maior papel para as comissões de auditoria das empresas na seleção das empresas de auditoria.

Uma terceira área em análise, acrescentou Barnier, é determinar como possibilitar mais opções no mercado de auditoria, dominado pelas quatro grandes firmas internacionais, Deloitte, PwC, Ernst & Young e KPMG.

Nessa questão, o comissário disse que as ideias apresentadas em resposta ao recente documento para discussão elaborado por Bruxelas trouxeram à luz várias possibilidades.

As opções vão desde determinar um limite para a participação de mercado das grandes firmas de auditoria no trabalho com as empresas de capital aberto até uma auditoria conjunta, em que o trabalho seria divido por duas firmas, com uma delas não sendo necessariamente uma das quatro grandes.

Fonte: Valor Online - Via Blogabilidade

Somente através de uma medida num mercado como o europeu será possível reduzir o oligopólio do setor de auditoria. Devemos lembrar que nos Estados Unidos, na década de oitenta, existia basicamente uma empresa de telefonia, a AT&T. Em 1982 o Departamento de Justiça ordenou a divisão da empresa em empresas menores, denominadas Baby Bells. Anteriormente, em 1911, o regulador interferiu no mercado de petróleo, forçando a divisão da Standard Oil. A história mostra que é possível o regulador interferir no mercado.

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