Divulgação Criativa de Pesquisas - por Isabel Sales
O meio científico tem buscado formas descontraídas de publicar os resultados de pesquisas. Isso pode ser uma forma interessante para atrair novas mentes a se juntarem à academia, que geralmente passa a sensação de ser uma área estéril e árida. Todavia, com atitudes mais descontraídas, o público sente-se cada vez mais próximo de grandes cientistas.
A revista Improbable Research criou em 1991 o Ig Nobel Prizes que premia pesquisas que fazem as pessoas rirem e, em seguida, pensarem. Os ganhadores participam de uma cerimônia na universidade de Harvard, seguida por palestras na MIT. Os resultados de 2010, entregues por laureados do prêmio Nobel, foram publicados no blog em setembro.
Dan Pink escreveu o livro: “Drive: a surpreendente verdade sobre o que nos motiva”, que ganhou um vídeo de divulgação muito criativo no YouTube, que vale a pena ser assistido:
Recentemente foi publicada a obra Cientista Maluco, de Andrea Cordoniz, que tem como proposta apresentar trabalhos diferentes que chegaram a resultados incomuns, como uma pesquisa realizada em Lancashire, no Reino Unido, que concluiu que perdemos cerca de um ano de nossas vidas em busca de objetos que não nos lembramos aonde guardamos. Mais sobre o livro Cientista Maluco na reportagem de Max Milliano Melo para o Correio Braziliense.
Na reportagem do Correio, Isaac Roitman, conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) acrescenta que, em sua opinião, “não existem pesquisas bizarras ou estranhas se levarmos em conta que toda pesquisa procura contribuir no saber de qualquer área de conhecimento. A contribuição pode ser de pequeno porte ou traçar novos rumos dentro de uma área de conhecimento. Os dois caminhos são válidos”.
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Interessante. Na verdade, quanto mais se pesquisa mais claro fica que utilizar metáforas e efeitos visuais (de forma construtiva, ou seja, desconsideremos o power point) aumenta a retenção de informações. Não sou a favor de degradar totalmente a forma tradicional de ensinar. Todavia, já que abordagens mais criativas tendem a potencializar o aprendizado, por que não trabalhamos formas de incorporá-las? Provavelmente estaríamos melhor a longo prazo se adotássemos essas formas simultâneas de comunicação em nossos sistemas educacionais.
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