Quando pretendemos responder a uma pergunta de pesquisa, podemos buscar dados no mundo real. É este o tipo de pesquisa que fazemos quando usamos as informações do mercado acionário. Se desejarmos saber se uma empresa de auditoria é mais rigorosa usamos as informações do mercado e fazemos testes para comprovar nossa teoria. O problema neste tipo de pesquisa é que existem uma série de fatores que pode afetar o resultado da pesquisa, como o setor de atuação da empresa e o ano do parecer. Nesta situação, o dilema do pesquisador é comprovar que realmente a empresa de auditoria é mais rigorosa que as outras e que o resultado não foi influenciado ou afetado por outro fator.
Uma forma de fazer certos estudos é reproduzir uma determinada situação de forma “artificial”. Nesta situação, tentamos imitar o que ocorre no mercado através de experimentos. Muitas pesquisas na área de finanças comportamentais são feitas através deste método, chamado de experimental pelos especialistas. Apesar deste método já ser reconhecido por muitos cientistas, graças ao trabalho pioneiro de Vernon Smith, existem muito questionamento se a experiência reproduz, razoavelmente, o mundo real.
Uma tentativa de avançar nesta questão tem sido proposta: usar o mundo virtual como instrumento de pesquisa na área contábil. Robert Bloomfield e Kristina Rennekamp, da Cornell University, consideram que a economia virtual do Second Life poderia ser um importante instrumento de pesquisa na área da contabilidade financeira. Por reproduzir razoavelmente bem o ambiente real, ambiente virtual pode ajudar a entender melhor questões como governança corporativa ou direitos de propriedade. Os pesquisadores acreditam que certas pesquisas poderiam ter uma relação custo-benefício favorável, além de possibilitar ao pesquisador um controle maior sobre as variáveis externas que podem influenciar no comportamento das pessoas.
Para ler mais:
Robert Bloomfield e Kristina Rennekamp. Experimental Reasearch in Financial Reporting. Now the essence of knowledge, 2009.
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