O valor de um ativo ou de uma empresa é medido da seguinte forma:
Sendo FC = fluxo de caixa previsto, t = tempo, i = taxa de desconto.
Existem muitas lições que podemos aprender com esta expressão. Neste texto, limitarei a listar alguns aspectos cruciais da fórmula de cálculo do valor.
Em primeiro lugar, o valor está vinculado a estimativa dos fluxos de caixa futuros. Por esta razão, na expressão, o termo do fluxo de caixa aparece com um sinal (o til), indicando que se trata de uma projeção. Isto tem muitas implicações práticas. A pessoa que usar da expressão deve olhar o futuro e ter a coragem de arriscar um palpite sobre o que irá ocorrer nos próximos períodos de tempo.
Uma conseqüência imediata deste fato é que cada analista terá uma projeção dos fluxos futuros. Se isto é correto, o valor obtido na fórmula deverá ser diferente para cada pessoa. Se uma pessoa acredita que no próximo ano o caixa gerado por uma entidade é de $100 e outra prevê um caixa de $120, os valores obtidos dificilmente serão idênticos.
Assim, uma discussão sobre os pressupostos assumidos por cada pessoa só deve ser questionado em termos de sua razoabilidade e na sua coerência técnica. Se a estimativa de fluxo pode ser $100 ou pode ser $120, os valores obtidos a partir desta previsão também deve ser razoáveis.
Quarto, para que a projeção dos valores seja razoável, é necessário que se tenha uma visão abrangente do ambiente no qual está inserido o objeto avaliado. Isto inclui conhecer os aspectos tecnológicos, as perspectivas econômicas, os avanços dos concorrentes, as características dos clientes etc. Ou seja, dificilmente será possível projetar o valor de um ativo ou de uma empresa sem ter uma visão mais ampla do ambiente.
Quinto, como conseqüência, para a projeção será necessário um conjunto muito amplo de conhecimentos. Isto irá abranger a economia, a contabilidade, a psicologia etc.
CONTINUA
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