"Presidente do Santos promete até o segundo semestre encaminhar à CVM a proposta para constituição de um fundo de investimentos no qual o investidor lucra com a valorização dos jogadores." (Mais do que craques, meninos podem virar ativos da Vila – Elaine Cotta e Regiane Oliveira – Colaborou Mariana Segala – 3 de maio de 2010 – Brasil Econômico)
A proposta é lançar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A SPE capta recursos num grupo restrito de investidores, sem lançamento de ações. O Santos contratou a KMPG, o Santander e o Itaú BBA. Um dos entrevistados pelo jornal afirma que a legislação brasileira não permite que constitua um fundo para administrar compra e venda de ativo humano.
"A advogada do escritório Mattos Filho, Marina Procknor, diz que juridicamente são duas as formas de montar fundos que invistam em jogadores de futebol. Uma delas é o fundo de participações, ou FIP, mesma estrutura utilizada pelas companhias de private equity.
Neste caso, uma empresa detém os direitos econômicos dos jogadores e do outro, o fundo compra fatias dessa empresa. Esta, por exemplo, foi a estrutura adotada para a constituição do fundo Soccer BR 1, do banco BMG, que já fez duas captações privadas, mas ainda não foi aberto à aplicação do público em geral. Ele terá investimento inicial de R$ 1 milhão.
A outra alternativa é aplicar nos jogadores por meio de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). Neste caso, a carteira compra os recebíveis da negociação dos jogadores - ou seja, adquire o direito de receber, no futuro, parte da receita que virá da venda dos atletas."
Uma curiosidade: a reportagem é assinada por três jornalistas (feminino). No Congresso USP um artigo sobre futebol também teve a autoria de pesquisadoras (feminino).
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