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16 março 2010

Mappin e Mesbla

Na tentativa de rastrear dinheiro supostamente escondido fora do País, a Justiça de São Paulo mandou investigar os movimentos do empresário Ricardo Mansur – ex-dono das falidas Mappin e Mesbla e do banco Crefisul. Na sexta-feira, 12, o juiz Luiz Beethoven Ferreira, responsável pelo processo de falência do Mappin, nomeou um síndico exclusivo para trabalhar na "obtenção de ativos eventualmente desviados, ou malversados", por parte de Mansur, segundo o despacho do juiz.

 
 

As empresas de Mansur faliram há dez anos. Mesmo deixando uma dívida estimada anos atrás entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, e com os bens indisponíveis, o empresário vive hoje numa fartura financeira. Leva uma vida de luxo em Ribeirão Preto (SP) e, em menos de um ano, comprou duas usinas de açúcar e álcool na região de Ribeirão e uma faculdade no Espírito Santo. As dívidas do tempo em que era chamado de "rei do varejo brasileiro", no entanto, continuam penduradas na Justiça.

 
 

"Como ele pode ter feito tudo isso, se o que ele tinha a gente tomou para pagar parte das dívidas trabalhistas? Isso não pode passar despercebido pelo poder público. É acintoso", afirma o juiz Beethoven Ferreira.

 
 

O síndico responsável pela massa falida do Mappin há cerca de dez anos, Alexandre Carmona, continua onde está. Para rastrear eventuais contas ou propriedades que Mansur possa ter ocultado da Justiça, o juiz Beethoven Ferreira nomeou outro profissional – o advogado Afonso Henrique Alves Braga. "É uma outra linha de atuação. O dr. Alves Braga vai perseguir os supostos ativos do falido (Mansur). Ele é especialista nesse tipo de trabalho", afirma o magistrado.

 
 

Até o começo da noite desta segunda, o despacho do juiz nomeando o novo síndico ainda não havia chegado à Promotoria de Falências do Ministério Público de São Paulo, que também acompanha o caso. "É uma medida salutar ter mais uma pessoa para procurar esse suposto dinheiro", afirma o promotor de falências Marco Antonio Marcondes Pereira. "Só é preciso tomar alguns cuidados, para não transformar isso numa atividade de risco. Mas o juiz saberá definir por quanto tempo o novo síndico vai fazer o rastreamento e quanto essa operação vai custar." Procurada pela reportagem, Kátia Mansur Murad, irmã e advogada do empresário, não deu retorno.

 
 

Padrão de Vida

 
 

A suspeita de que Ricardo Mansur possa ter dinheiro fora do País, longe do alcance das autoridades, é antiga entre seus credores. Passou a ser compartilhada pela Justiça em razão dos sinais exteriores de riqueza que o empresário apresenta desde que se mudou para Ribeirão Preto, no ano passado.

 
 

Mesmo formalmente falido e cheio de dívidas, o empresário não baixou seu padrão de vida. Ele e a segunda mulher, Roberta, vivem numa casa alugada no condomínio mais caro da cidade (o aluguel seria de R$ 25 mil por mês) e tornaram-se sócios dos dois clubes mais exclusivos de Ribeirão Preto. Ele continua viajando pelo mundo com todo conforto. No ano passado, quando esteve em Paris e em Nova York, hospedou-se em dois dos hotéis mais luxuosos das cidades. Ele e a mulher passaram as festa de fim de ano em Miami.

 
 

Como a lei não permite que empresários falidos façam negócios até que suas dívidas sejam liquidadas, o nome do empresário não aparece oficialmente nas operações atribuídas a ele. De acordo com investigações particulares contratadas por alguns de seus credores, Mansur teria empresas em nome de laranjas.

 
 

É o que estaria acontecendo agora, com suas últimas aquisições. A Usina Galo Bravo, de Ribeirão Preto, e a Destilaria Pignata, de Sertãozinho, adquiridas por ele de agosto para cá, não estão em nome do empresário. Mas é ele quem negocia com os credores, quem pagou salários atrasados e, no caso da Galo Bravo, apresentou-se à prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), como novo proprietário da empresa.

 
 

No caso da Faculdade Batista de Vitória (Fabavi), comprada no fim do ano passado, a própria faculdade informou em nota que "o senhor Ricardo Mansur tem vindo semanalmente ao Espírito Santo para acompanhar as realizações e complementar os investimentos no Estado". A Fabavi teria custado cerca de R$ 40 milhões. O preço das usinas nunca foi esclarecido.
Como Mansur pagou? É o que o juiz Beethoven Ferreira diz que pretende descobrir.


 

Justiça vai atrás de bens de Mansur - David Friedlander, de O Estado de S. Paulo – 16/3/2010

15 comentários:

  1. O que eu quero com isso, é receber os juros e correção monetária do meu processo judicial que já corre há mais de 10 anos na justiça.

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  2. também sou ex funcionária e fui lesada por essa pessoa

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  3. Enquanto ele esta comprando Usinas aqui em Ribeirão Preto, nos Ex-funcionários estamos a mais de 10 anos, esperando ele pagar tudo que ficou devendo,salario, parte do fgts que não depositou.A justiça deveria tomar uma atitude mais severa, enquanto esse fulano fica no bem bom,nos ficamos a deus dará.Sem esperança de receber, porque a justiça com certeza e cega.

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  4. GOATARIA QUE A JUSTIÇA TRABALHISTA FOSSE MAIS SEVERA COM ESSA PESSOA QUE NOS LESOU.ENQUANTO ELE FICA COMPRANDO PATRIMÔNIOS EM SÃO PAULO,ESPIRITO SANTO, NÓS EX-FUNCIONÁRIOS ESTAMOS ESPERANDO ESSE PAGAMENTO A MAIS DE 10 ANOS, ESPERO QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA AGORA MAIS DO QUE NUNCA, PORQUE COMO O NOSSO COMPANHEIRO ANTÔNIO DISSE''A JUSTIÇA COM CERTEZA É CEGA.''

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  5. Tambem sou ex funcionaria da mesbla e quero o que é meu. Enquanto Ricardo Marginal ( Mansur) se da bem os ex funcionarios amargam o prejuizo.O prazo para massa falida nao e 10 anos? Justiça brasileira pelo amor de Deus, seja justa.

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  6. Meu Pradrão de vida numca mais foi o mesmo desde que meu marido perdeu o emprego da mesbla, e junto com ele alguns direitos adquiridos.Só restam agora fotos de funcionário padrão e uma idenização que não chega numca.Enquanto que os Mansur riem as nossas custas e comendo caviar escondido.

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  7. Só peco que me pague e pare de fazer estes programas inadimissíveis. Seria prudente pagar todos os ex-funcionários e ficar com a consciencia limpa..se é que a tem!!!!

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  8. Meu marido ex funcionário da Mesbla morreu sem receber o que lhe era devido.

    Leila

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  9. Sou ex funcionario espero que esse ladrão vá pra cadeia e nós ex-funcionarios recebemos nosso dinheiro.

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  10. gostaria de saber aonde esta a lista de fucionarios do mappin o motivo e que estou procurando meu pai ,e minha mae disse que ele trabalhou no mappin como gerente de eletroeletronico, o nome e alvaro

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    1. Olá,eu tmb gostaria de achar meu pai.trabalhou Mesbla em 1988,na Mesbla curitiba.setor de camping e pesca.o nome dele é neilor

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  11. trabalhei durante 5 anos no mappin´gostaria de conseguir meu app meu nome é CARLOS ROBERTO SOLER fui encarregado no setor de carpetes tapetes e cortina na leopoldina!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  12. Infelizmente já estamos em 2013 e nada enquanto esse malandro continua muito rico e meu dinheiro nada ! Se alguém puder me ajudar perdi todos contatos com a massa falida

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  13. trabalhei na Mesbla do bh shopping a mais ou menos 8 anos ,muito triste essa empresa terminar assim

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  14. Sou ex funcionário da Mesbla filial Maceió onde trabalhei como assistente de vendas, gostaria de saber sobre a relação de pagamentos do pessoal de Maceió- al!

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