A existência do componente de bolha na formação dos preços pode ser indicada pelo seu desvio em relação ao seu valor fundamental. O presente estudo buscou encontrar evidências sobre ocorrência de bolhas de preços no mercado acionário brasileiro no período de 1994 a 2007. Foram feitos testes no mercado de forma geral e em 17 setores classificados pelo banco de dados Economática®. Para testar a evidência de bolhas no mercado como um todo, foi utilizado o Ibovespa como proxy do preço médio das ações, e como indicador médio da distribuição de dividendos, foi construído um índice, de dividendos distribuídos, baseado nas próprias carteiras do Ibovespa no período. Foram feitos os testes de cointegração Engle-Granger e Johansen, com o objetivo de verificar se os citados índices mantiveram uma relação de equilíbrio de longo prazo. O resultado encontrado demonstra que não há cointegração entre o Ibovespa e o Idividendos, indicando a possibilidade de terem ocorrido uma ou mais bolhas na formação dos preços das ações. Os testes setoriais demonstram o mesmo resultado do teste geral, havendo fortes indícios da possibilidade de bolhas de preços nos 17 setores pesquisados. Os testes de causalidade Granger indicam que os dividendos não “Causam Granger” o Ibovespa e nos 17 setores, ao nível de significância de 1%, 82% dos setores não apresentaram nenhuma causalidade na direção dividendos–preços das ações, reforçando os resultados encontrados nos testes de cointegração.
EVIDÊNCIAS DE BOLHAS DE PREÇOS NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO
Bruno Vinícius Ramos Fernandes & Otavio Ribeiro de Medeiros (UnB)
06 janeiro 2010
Bolha no Mercado Brasileiro
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário