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07 dezembro 2009

Pensando curto prazo

Um texto de Al Gore e David Blood, para o jornal Financial Times (Time is up for short-term thinking in global capitalism, 27/11/2009, Asia Ed1, 11) tenta apresentar uma explicação para crise global. A análise começa com comentários sobre a questão comportamental:

Por que os investidores e os líderes empresariais continuam focados no curto prazo e ignoram o fato de que os negociantes que pensam no longo prazo são mais competitivos e lucrativos? Os economistas comportamentais acreditam que eles possuem a resposta: nosso cérebro foi muito treinado para o curto prazo por causa da evolução que premiava o sucesso do curto prazo tal como evitar predadores e outros perigos dos nossos ancestrais. Isto assegurou a sobrevivência da sua existência, mas predispuseram-nos ao mesmo tipo de pensamento do curto prazo. Como resultado, mesmo com nosso mundo estando muito diferente dos deles, decisões de longo prazo permanecem uma exceção, não regra.

A crise financeira global tem sua origem no curto prazo, nas estratégias insustentáveis e nas ações. Antes da crise e desde então, nós (e os outros) temos clamado por uma forma de capitalismo de mais longo prazo e responsável – que nós chamamos de “capitalismo sustentável”. Mas a despeito de nossos melhores esforços coletivos, em um ano o mercado de capitais parecer ter revertido os negócios com sempre.

Os autores consideram que as mudanças devem estar em cinco blocos que sustentam o capitalismo: contabilidade, evidenciação, incentivos, regulação e responsabilidade.

Para contabilidade, os autores focam a contabilidade nacional e o reconhecimento necessário das externalidades, como poluição.

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