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31 agosto 2009

Seguros

Contabilidade: Reguladores americanos preparam a reorganização das regras do setor
Os maiores rombos nos balanços das seguradoras ainda estão por vir
Jonathan Weil, Bloomberg, de Nova York - Valor Econômico - 31/8/2009

Quantas pernas um bezerro teria se chamássemos seu rabo de perna? Quatro, é claro. Chamar um rabo de perna não faz dele uma perna, como disse Abraham Lincoln em uma frase que ficou famosa.

Do mesmo modo, chamar uma despesa de ativo não faz dela um ativo. Isso nos leva às estranhas normas contábeis para o setor de seguros, que inclui a Lincoln National, que usa Honest Abe (como é conhecido Abraham Lincoln) como mascote empresarial.

Dê uma olhada no lado dos ativos do balanço da Lincoln National e você verá um item de US$ 10,5 bilhões chamado "custos de aquisição diferidos", sem os quais o patrimônio dos acionistas de US$ 9,1 bilhões desapareceria. O número também é maior que o valor de mercado da companhia, atualmente em US$ 7 bilhões.

Esses custos são apenas isso - custos. Eles incluem comissões de vendas e outras despesas relacionadas à aquisição e renovação de apólices de seguros de clientes. Na maioria das companhias, esses custos precisam ser registrados como despesas quando são contabilizados, afetando imediatamente os lucros.

Mas como ela é uma companhia de seguros vendendo apólices que podem durar muito tempo, a Lincoln pode lançá-las em sua contabilidade como um ativo e ir dando baixa contábil lentamente - por períodos de até 30 anos em alguns casos -, sob um conjunto de regras contábeis implementado há décadas e feitas exclusivamente para o setor de seguros.

Mas esses dias podem estar contados, sob uma decisão unânime tomada em maio pelo Fasb, o conselho de contabilidade financeira (Financial Accounting Standards Board) dos Estados Unidos, que vem recebendo pouca atenção da imprensa americana. O Fasb deverá anunciar no quarto trimestre uma proposta de reorganização de suas regras para os contratos de seguros. Se tudo correr de acordo com o plano, as seguradoras não poderão mais adiar custos de aquisição de apólices e tratá-los como ativos.

Um problema que o Fasb ainda não resolveu é o que fazer com os custos de aquisição diferidos que já estão na contabilidade das companhias. Embora ainda não haja nenhuma decisão a esse respeito, é razoável supor que as seguradoras provavelmente terão de dar baixa neles, reduzindo o patrimônio dos acionistas. O Fasb já decidiu que esses custos não são um ativo e devem ser lançados como despesas. Se isso for mantido, não faria sentido deixar as companhias manter seus custos diferidos existentes intactos.

O impacto dessa mudança seria enorme. Alguns exemplos:

Até 30 de junho, a Hartford Financial Services Group mostrava um custo de aquisição diferido de US$ 11,8 bilhões, que representavam 88% do patrimônio de seus acionistas, ou ativos menos obrigações. Em comparação, o valor de mercado da companhia é de apenas US$ 7,3 bilhões.

A MetLife mostrava um custo de aquisição diferido de US$ 20,3 bilhões, equivalente a 74% de seu patrimônio líquido. O custo diferido da Prudential Financial era de US$ 14,5 bilhões, ou 78% do patrimônio. A Aflac dizia que seu custo era de US$ 8,1 bilhões em 30 de junho, bem mais que seu patrimônio de US$ 6,4 bilhões. A Genworth Financial listava seu custo diferido em US$ 7,6 bilhões, ou 76% dos ativos líquidos. Isso era mais que o dobro do valor de mercado da companhia, de US$ 3,4 bilhões.

As regras sobre os custos de vendas das companhias de seguros são um resquício dos dias em que o chamado princípio do confronto das despesas com as receitas era aceito de uma maneira mais ampla entre os contadores e investidores.

Nas seguradoras de vida, por exemplo, é comum o pagamento adiantado de comissões equivalentes a um ano de prêmios de apólices. Ao expandir o reconhecimento das despesas sobre o tempo de vida das apólices, a ideia é que as companhias deverão comparar suas receitas e as despesas que foram necessárias para gerar essas receitas no mesmo período de tempo.

O problema com essa abordagem é que os custos de aquisição diferidos não atendem o padrão de definição de ativo do Fasb. Isso porque as companhias não os controlam uma vez que eles são pagos. O dinheiro já está fora. Não há garantias de que os clientes continuarão renovando suas apólices.

Até mesmo as autoridades reguladoras estaduais, normalmente amigáveis, não reconhecem os custos de aquisição diferidos como um ativo para propósito de avaliação do capital, sob os princípios contábeis estatutários adotados pela National Association of Insurance Commissioners.

Certamente, as decisões tomadas pelo Fasb até agora são preliminares. Uma das muitas questões que o conselho está analisando como parte de seu projeto mais amplo para os seguros é como tratar os custos de aquisição. Outras incluem o problema de como medir os riscos das seguradoras nas obrigações com os detentores de apólices.

Enquanto isso, o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board - Iasb), com sede em Londres, está trabalhando em seu próprio projeto para os seguros e já disse que vai adotar uma postura mais complacente em relação aos custos de aquisição de apólices.

As seguradoras terão de lançá-los como despesas imediatamente. No entanto, o Iasb disse que deixará as companhias registrarem antecipadamente uma receita de prêmio suficiente para compensar os custos. Dessa maneira, elas não terão que reconhecer quaisquer perdas no começo.

Até agora, o Fasb vem rejeitando o método do Iasb.

O curinga desse baralho é o Congresso americano. No segundo trimestre, o setor de seguros uniu-se aos bancos e às cooperativas de crédito para fazer membros do Congresso pressionarem o Fasb a mudar suas regras sobre os títulos de dívida, incluindo aqueles garantidos por hipotecas subprime tóxicas, de modo que as companhias possam manter grandes perdas contáveis fora de seus lucros. Como o FASB já cedeu antes, é seguro apostar que o setor vai seguir esse caminho mais uma vez.

Com tanta coisa em jogo, não devemos esperar nada menos do que isso. O que está em jogo não é o valor real dos ativos do setor, e sim a percepção dos investidores sobre o valor deles.

Honest Abe não seria enganado. (Jonathan Weil é colunista da Bloomberg . O texto reflete apenas as suas opiniões)

Rir é o melhor remédio


Tempo

Caixa e Competência

Trechos da entrevista de Everardo Maciel, Secretário da Receita Federal no governo Fernando Henrique Cardoso:

Terra Magazine – Algo perplexo soube que o senhor, Secretário da Receita Federal por 8 anos nos governos de Fernando Henrique Cardoso, não tem a opinião que se imaginaria, e que está nas manchetes, editoriais e colunas de opinião, sobre o caso das ditas manobras contábeis da Petrobras, agora uma CPI?

Everardo Maciel - Independentemente de ter trabalhado em qualquer governo, meu compromisso é dizer a verdade que eu conheço. Então, a verdade é que a discussão sobre essa suposta manobra contábil da Petrobras é rigorosamente uma farsa.

Uma farsa, um factóide?
É exatamente isso. Farsa, factóide. E por quê? Porque não se pode falar de manobra contábil, porque a contabilidade só tem um regime, que é o de competência. [1]

(...) Por que o senhor se refere, usa as expressões, “farsa” e “factóide”?
Vejamos: farsa ou factóide, como queiram, primeiro para explicar indevidamente a queda havida na arrecadação. Agora, a Petrobras, no meu entender, tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. [2] Essas coisas todas são demasiado elementares. Para especialistas. [3] (...)


O Lino pediu para que todos lessem a entrevista. Eis minhas observações:

[1] O próprio entrevistado cai em contradição ao dizer que a contabilidade só tem um regime e depois explica os dois. Talvez fosse necessário afirmar que "pelas boas normas contábeis o regime que deve prevalecer é o da competência";

[2] Aqui o grande problema do argumento do ex-secretário. A mudança da data do pagamento faz toda diferença na área financeira. Existe uma coisa chamada valor do dinheiro no tempo. Sabemos que no longo prazo o regime de caixa é igual ao da competência (e isto está claro na entrevista). Entretanto, quanto mais a saída do dinheiro é postergada, maior o ganho para a empresa. Resultado do valor do dinheiro no tempo. Para uma empresa brasileira, postegar pagamento de imposto é muito significativo em termos de dinheiro. A Petrobras declara 8 bilhões em impostos. Calcule 1% - considerando por baixo o custo do dinheiro da empresa - sobre este valor corresponde a 80 milhões de dólares. Se o prazo for maior, por exemplo, seis meses, isto é perto de 500 milhões de dólares. Faz muita diferença, senhor ex-secretário.

[3] Realmente são elementares. Para os especialistas.

Custo

O presidente Lula também determinou ao seu pessoal que quer o desenvolvimento de uma completa indústria petrolífera no Brasil. Isso significa que companhias brasileiras deverão construir aqui a maior parte dos equipamentos necessários - de navios a sondas, de plataformas a oleodutos. Não se pode perder a oportunidade criada pela imensa demanda a ser gerada pelo pré-sal.

Certamente, há uma boa chance, mas antes disso está o custo Brasil.

Eis um bom exemplo: aquelas companhias precisarão de imensos contingentes de trabalhadores. Mas para contratar pessoas no Brasil, com carteira assinada, a empresa paga uma absurda quantidade de impostos. Veja o exemplo do gráfico abaixo: para cada R$ 100 de salário, a empresa paga nada menos que R$ 27,80 (considerando valores médios) em impostos diretos ao governo.

De seu lado, o trabalhador, antes de receber o salário, já deixa para o governo outros R$ 26.

Assim, para cada R$ 100 de salário formal, a empresa desembolsa R$ 127,80, o trabalhador leva para casa R$ 74 e o governo recolhe espantosos R$ 53,80 - ou um imposto direto sobre a folha de pagamento de 53,8%.

É uma das maiores cargas tributárias sobre o salário no mundo. Na Coreia do Sul, por exemplo, que é uma grande produtora de navios e equipamentos para exploração de petróleo, os impostos sobre o salário são inferiores a 10%. Idem para a China e para outros países asiáticos.

Acrescente aí que as empresas brasileiras ainda pagam muitos outros impostos - além de serem submetidas a um sistema tributário complicado, difícil e custoso -, e se verifica o tamanho da falta de competitividade.

Vai daí que é preciso reduzir a carga tributária, especialmente sobre os salários. Não faz sentido encarecer tanto a contratação num país que precisa gerar empregos.


Gastando por conta - Carlos Alberto Sardenberg - 31/8/209 - O Estado de São Paulo

Mais ainda, o câmbio não favorece a empresa brasileira, tornando mais barato o produto importado.

Petrobras e Dividend

A capitalização da Petrobras, estudada pelo governo para levantar dinheiro para os investimentos no pré-sal, representa ameaça aos 55 mil cotistas do fundo FTGS-Petrobras. O processo deverá reduzir sua fatia na empresa e, de quebra, diminuirá seus dividendos.

Capitalização ameaça trabalhador cotista de fundos FGTS-Petrobras
Folha de São Paulo - 31/8/2009


Não necessariamente. A lógica do texto é que o lucro permanecerá o mesmo e que a capitalização ocorrerá numa única vez.

Os dividendos podem até aumentar caso o lucro aumente e a capitalização seja feita de forma gradual.

Mas hoje a margem líquida da Petrobras é de 16%, versus 9% da Exxon. Mas relação receita por empregado é menor na Petrobras, indicando que talvez seja uma empresa com excesso de funcionários.

Basileia e Valor Justo

El Comité de Supervisión Bancaria de Basilea ha respaldado a la Junta de Normas Internacionales de Contabilidad (IASB) en la reforma de los estándares de valoración de activos. Una de las cuatro peticiones del grupo de Basilea es que las nuevas normas "reconozcan que el principio de fair value -contabilidad a valor de mercado- no es efectivo cuando los mercados carecen de liquidez".

Las implicaciones están claras: los bancos podrán estirar las normas de contabilidad cuando los precios caigan demasiado y el mercado se paralice. Argumentan que requerir a los bancos capital para cubrir pérdidas sobre papel empeoró la reciente crisis. Quizás es justo dar a los bancos una vía de escape durante colapsos temporales del mercado. Pero esta distorsión en las valoraciones tiene otra cara. Igual que niveles inadecuados de liquidez tiran los precios, los niveles excesivos pueden dispararlos. En el momento, las ganancias sobre el papel sientan bien. Se crean incentivos al apalancamiento y al comercio de titulizaciones sobrevaloradas. Eso es lo que pasó antes de la crisis actual. Cuando estalló la burbuja, los balances estaban tan llenos de basura que los bancos centrales y los Gobiernos tuvieron que salir al rescate. Para activos demasiado baratos, los contables contarán con la aprobación de los bancos para alejarse de la norma. Pero cuando los mercados estén arriba, la oposición será ardua. Así, la IASB debería introducir asimetría en las desviaciones: más rigor cuando los valores suban y menos cuando bajen.

El Comité de Supervisión Bancaria de Basilea ha respaldado a la Junta de Normas...
Cinco Días. Madrid - 31/8/2009 - Nacional - 032


Mais sobre a Basiléia, leia aqui

Teste #141

Lehman Brothers Holdings Inc. foi um banco de investimento que declarou concordata em 2008. Uma estimativa preliminar do passivo da empresa encontrou os seguintes valores:

a) $20 bilhões de dólares
b) $50 bilhões de dólares
c) $100 bilhões de dólares

Resposta do Teste Anterior: Contabilidade

Ganho nos esportes


Adaptado de Carpe Diem.

Um trabalhador brasileiro, recebendo 500 reais por mês, com a cotação a R$2 reais o dólar, levaria 400 meses para receber o mesmo valor. Ou 33 anos, aproximadamente.

30 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


O mágico do imposto

Partido Verde e Contabilidade

Em contraste com a euforia de lançar a senadora Marina Silva (AC) candidata à Presidência, o PV convive com denúncias de corrupção e com a ameaça de suspensão dos repasses do fundo partidário, que hoje responde por cerca de 80% da receita da legenda.

A apresentação de notas fiscais frias e a não comprovação de gastos com viagens e diárias (feitos com recursos públicos do fundo) levaram o corpo técnico do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a sugerir a rejeição das contas do partido de 2004, 2005 e 2006 nos últimos pareceres disponíveis.

Se o plenário do TSE referendar o entendimento dos auditores em pelo menos um dos processos, o repasse será suspenso por 12 meses. A receita estimada em 2010 se aproxima dos R$ 7 milhões.

Revelado pela Folha em junho do ano passado, o esquema de uso de notas frias é agora comprovado, em parte, pelos técnicos do tribunal.

Um dos casos citados nos pareceres foi a inclusão de uma nota no valor de R$ 4.866 emitida pela Corinne Decorações. O documento fiscal é de 2005, mas a empresa foi extinta oito anos antes, segundo a Receita.

A descrição do trabalho é genérica: "serviços diversos, inclusive na área de visual de candidatos e apresentadores".

O partido também entregou ao menos sete notas de empresas fantasmas, que não existem nos endereços informados, para justificar gastos de R$ 130 mil com criação digital, marketing e gravação de programas de TV.

Na contabilidade de 2005, os servidores do TSE apontam a ausência de documentos que comprovem gastos de R$ 92 mil. Entre os papéis entregues, há um contrato de aluguel que só teve início em 2008.

Em 2006, segundo os técnicos, não há comprovação de R$ 37,8 mil que teriam sido gastos com passagens aéreas e R$ 76,8 mil com diárias, boa parte atribuída ao presidente da legenda, José Luis Penna.

Após os pareceres pela rejeição das contas, os ministros relatores dos processos abriram prazo para que o PV apresente justificativas.

Agora, poderão reenviar os processos para nova análise do corpo técnico ou, se julgarem que as informações são suficientes, elaborar os votos pela aprovação, aprovação com ressalvas ou rejeição das contas. O voto é julgado pelo plenário. Não há prazo definido.

O PV informou que só soube pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do "defeito" de notas fiscais e afirmou que contratou uma auditoria externa, em andamento, para analisar a documentação.

A secretária de assuntos jurídicos do PV, Vera Lúcia da Motta, disse que não houve má-fé e que o partido está se esforçando para dar as explicações pedidas pelo tribunal.

(ALAN GRIPP - Partido é alvo de denúncias e pode perder repasses - Folha de São Paulo - 30/8/2009

29 agosto 2009

Rir é o melhor remédio



Stephenie Meyer é autora da série Twilight. Fonte Aqui

Fora do Siafi

Despesas de saúde ficarão fora do sistema de controle federal
Gazeta do Povo - 29/8/2009

BRASÍLIA - O Senado decidiu desvincular da conta única da Casa os recursos dos parlamentares e servidores que financiam o plano de saúde da instituição. Duas contas bancárias vão ser criadas na Caixa Econômica e no Banco do Brasil para gerir, exclusivamente, as contribuições destinadas ao Sistema Integrado de Saúde (SIS) do Senado – mas vão estar desvinculadas do Siafi (sistema de acompanhamento dos gastos públicos federais).

Nota técnica emitida pelo SIS afirma que os recursos são de um fundo de reserva mantido por meio de contribuições mensais de servidores. “Não há, portanto, qualquer dinheiro proveniente do Tesouro Nacional. Conse­­quentemente, não há qualquer justificativa para depósito dos recursos desse fundo na Conta Única do Tesouro Nacional no Banco Central nem para sua movimentação por meio do Siafi”, afirma o documento.

Inicialmente, o Senado anunciou que as contas seriam integradas ao Siafi, mas o conselho do SIS decidiu manter os recursos do plano de saúde fora do sistema de controle do governo. O SIS é integrado por nove membros, entre eles o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) e o diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra.

As duas contas, porém, vão ter um CNPJ próprio, modelo já adotado pelo Ministério Público da União. O SIS decidiu desvincular os recursos depois que foram identificadas contas paralelas na instituição – financiadas em sua maioria com recursos desviados do plano de saúde.

Paralelas

Em julho, reportagem da Folha de S.Paulo revelou que desde 1997 o Senado criou três contas bancárias paralelas e deu ao então diretor-geral, Agaciel Maia, total liberdade para movimentá-las sem prestar esclarecimentos a ninguém. O saldo delas chegou a R$ 160 milhões. As contas não estão na contabilidade oficial do Senado nem no Siafi.

O dinheiro das contas paralelas saía justamente do desconto feito no salário de servidores da Casa para custear o plano de saúde. Mas só uma pequena parte desse valor era usada para essa finalidade porque o Senado custeia quase a totalidade das despesas médicas de seus funcionários, já que a Casa tem orçamento próprio para isso.

O dinheiro do Senado aplicado no plano de saúde continuará a ser destinado à conta única da Casa. As novas contas vão gerir as contribuições dos servidores para o SIS.

28 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Basileia e Contabilidade

Comitê da Basileia vê necessidade de mudança contábil
Joseph Heaven, Bloomberg, de Zurique

Os padrões internacionais de contabilidade deveriam ser alterados para aperfeiçoar a forma de avaliação dos ativos quando os mercados sofrem de falta de liquidez ou com funcionamento inadequado, segundo o Comitê da Basileia de Supervisão Bancária.

O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) deveria determinar os padrões para registrar o "valor justo" quando a avaliação não é clara, e os bancos, registrar previamente as perdas previstas ao longo da vida da carteira de empréstimos, segundo propôs o Comitê da Basileia, em comunicado divulgado ontem, quinta-feira, em seu site.

A polêmica em relação ao valor justo, ou marcação a mercado, aumentou sensivelmente depois da crise financeira, com forte pressão dos bancos pela flexibilização das normas.

Os lideres do G-20, que reúne os principais países industrializados e alguns emergentes, como Brasil e China, defenderam um endurecimento das regras de contabilização financeira em seu encontro em Londres, em abril. O Iasb é responsável por determinar as Normas Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS, na sigla em inglês), usados em mais de 100 países, incluindo os 27 da União Europeia (UE).

"As novas regras contábeis precisam ser consistentes com as boas práticas de gestão de risco e aumento da transparência", afirmou Nout Wellink, presidente do Comitê da Basileia e do banco central holandês, no comunicado.

A fase de consultas do Iasb sobre os instrumentos de avaliação financeira acaba em 1º de setembro e a organização, com sede em Londres, poderia publicar um esboço da proposta em outubro.

Mark Byatt, porta-voz do Iasb em Londres, não quis fazer mais comentários.

As autoridades reguladoras da UE também preparam regras preliminares de adaptação ao sistema espanhol, que força os bancos a acumular capital nos bons momentos da economia para usá-lo nos maus, como parte de uma remodelação das regras de exigência de capital, idealizada para evitar outra crise financeira mundial.

A Comissão Europeia, em Bruxelas, pretende apresentar em outubro suas propostas sobre o sistema, chamado de provisionamento dinâmico, de acordo com comunicado divulgado em seu site em julho. O órgão informou que levará em conta os planos do Iasb.

Na quarta-feira, o Iasb anunciou que havia colocado em audiência pública uma proposta para reformar onze normas contábeis (IFRS) dentro de seu projeto anual de aprimoramento, segundo um comunicado do órgão em seu site. As propostas vão desde esclarecimentos sobre combinação de negócios (IFRS 3) a mudanças na linguagem para tornar mais claras as normas e remover inconsistências.

Valor Econômico - 28/8/2009

Aumento de capital na Petrobrás

Capital para a Petrobrás
Celso Ming - O Estado de São Paulo - 28/8/2009

A primeira ideia do governo Lula foi afastar a Petrobrás da exploração das áreas do pré-sal porque temia favorecer uma empresa excessivamente privatizada, já que a União detém apenas 32% do seu capital. Seria entregar riqueza nacional para interesses privados. [1]

De todo modo, a Petrobrás terá mesmo de ser capitalizada porque os investimentos a serem feitos exigem grande capacidade de inversão e de endividamento, especialmente se tiver de participar em 30% de cada nova área do pré-sal a ser partilhada. [2]

Já no início das discussões da comissão interministerial que estuda o novo marco regulatório, a atual direção da Petrobrás convenceu o presidente Lula de que não havia razão para temer desvio da renda do pré-sal para “as contas bancárias dos gringos”. Bastaria capitalizar maciçamente a empresa, exigência que poderia ser cumprida pela União sem despender um único centavo.

Uma das propostas é a de que a União incorpore ao capital da Petrobrás reservas físicas de hidrocarbonetos das áreas adjacentes às que estão sob concessão da empresa, processo conhecido como unitização. [3] Explicando melhor: algumas das atuais jazidas do pré-sal descobertas pela Petrobrás ultrapassam a área de licitação. Assim, para que durante a produção ela não sugue o suco do vizinho, tem de haver acordo prévio que divida a produção.

Uma vez definida assim a subscrição de capital pelo Tesouro, que é o controlador das ações ordinárias (com direito a voto), os acionistas minoritários seriam chamados a apresentar a sua parte em dinheiro. Muito provavelmente, um grande número deles não o acompanharia por incapacidade financeira. Muitos dos trabalhadores que no passado usaram o Fundo de Garantia para comprar ações da empresa provavelmente não estão em condições de seguir o Tesouro.

A União poderia subscrever a parcela adicional do capital que não encontrasse interessados. Assim, ficou definida uma estratégia que eventualmente poderá levar a União a voltar a ter participação majoritária no capital.

A subscrição assim definida traz um punhado de dificuldades. Fiquemos com três. A primeira consiste em medir corretamente o petróleo recuperável das áreas adjacentes. A segunda, em definir o valor de mercado do petróleo que jaz a 6 mil metros de profundidade de maneira a que possa ser incorporado ao capital da Petrobrás. A hipótese com que vinha trabalhando a diretoria da empresa é a de que esse petróleo poderia valer US$ 19 por barril de 159 litros, magnitude sujeita aos vaivéns do mercado. Esses dois problemas técnicos exigem medição a ser feita por meio de novos furos e testes de produção. Nada disso parece equacionado.

A terceira dificuldade é a de que a parcela de subscrição a ser feita pela União com petróleo futuro não resolve o problema da necessidade de recursos em dinheiro vivo para tocar os investimentos. Daí a nova ideia de levar a União a subscrever sua parte no capital com títulos públicos. Se for isso, o endividamento vai subir. [4]

E ainda é preciso ver em que proporção seria feito esse aumento de capital e em que prazo. Não basta convocar uma assembleia extraordinária e votar o tamanho da subscrição. [5] É preciso ver qual será a capacidade da Petrobrás de remunerar esse capital.


[1] será que a ideologia da frase é do articulista ou do presidente?
[2] entretanto, a exploração depende da relação custo - que será elevado - e o preço do petróleo no mercado internacional, que deverá ser elevado para compensar o investimento.
[3] um pequeno teste: qual a contrapartida do aumento de capital?
[4] e estes títulos talvez não tenham a liquidez necessária que a empresa precisa
[5] apesar do poder da União, poderá haver resistência.

Petrobras e Custo

Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o contrato da Petrobras com o consórcio CTC (Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Queiroz Galvão) para a terraplenagem do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) afirma que, em junho, apesar de apenas 26,8% do trabalho ter sido executado, o orçamento para o pagamento de verba indenizatória às empresas por dias parados devido às chuvas já havia estourado em 116% (R$ 151,4 milhões).

A estatal pagou 40,8% (R$ 339 milhões) do contrato de R$ 820 milhões, que oficialmente expirou em 28 de julho.

O Comperj, sediado em Itaboraí (45 km do Rio), é o maior investimento privado do país, estimado em R$ 16 bilhões. A previsão é que, até 2012, quando deve entrar em operação, gere 200 mil empregos.

A análise dos técnicos do tribunal faz comparações entre os valores contratados pela Petrobras e as referências vigentes no Sicro (Sistema de Custos Rodoviários) adotado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

Alguns exemplos, para o pagamento, por hora, pela verba indenizatória do contrato Petrobras-CTC e de acordo com Sicro, respectivamente: 1) trator de esteiras D8: R$ 438,41 e R$ 14,94 (diferença de 2.834%); 2) escavadeira hidráulica CAT 330: R$ 305,40 e R$ 15,79 (diferença de 1.834%); 3) caminhão basculante 12 m3: R$ 160,82 e R$ 13,66 (diferença de 1.077%).

Em outra tabela, os técnicos no TCU comparam o "custo improdutivo" dos equipamentos no contrato entre Petrobras e o CTC e o "custo operativo" (ou seja, em plena operação) do Sicro. O valor pago pela estatal também é mais alto. (...)

TCU questiona custo de obra da Petrobras
Folha de São Paulo - 28/8/2009

Golpe no Presidente do Fed

Há um ano, enquanto os sistemas financeiros de todo o mundo caminhavam para a catástrofe, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, enfrentava seus próprios problemas monetários. Alguém estava tentando sacar US$900 da conta conjunta com sua mulher, Anna — parte do que as autoridades federais hoje classificam de um vasto esquema de roubo de dados bancários, revelou o site da revista “Newsweek”. Foram indiciadas 22 pessoas.

Um dos chefes da gangue, Clyde Austin Gray Jr. — cujo apelido é “Cabeção” — admitiu sua culpa. O acusado de tentar sacar dinheiro dos Bernanke, George Reid, está sendo procurado. Há um vídeo que o mostra tentando sacar um cheque do casal em uma agência bancária.

O comandante das finanças americanas foi envolvido no esquema depois que a bolsa de sua mulher foi roubada em uma filial da rede de cafeterias Starbucks em Washington, em agosto de 2008. Nela estavam um talão de cheques, quatro cartões de crédito, a carteira de motorista de Anna e algum dinheiro. Ela contou à polícia que a bolsa estava pendurada na cadeira e que não notou quando foi roubada.

O casal Bernanke estava entre cerca de 500 vítimas. Segundo as autoridades, o esquema envolvia receptação de bens roubados e criação de identidades falsas com laptops, scanner e impressora. (...) (Com New York Times e agências internacionais)

Nem presidente do Fed escapa de ladrão
O Globo - 28/8/2009

Culpado

Cúmplice de milionário americano acusado de fraude se declara culpado
da France Presse
FolhaNews - 27/8/2009

James Davis, 60, ex-diretor financeiro da SFG (Stanford Financial Group), empresa de investimentos de propriedade do milionário Allen Stanford se declarou culpado nesta quinta-feira de uma fraude de US$ 7 bilhões.

Davis se declarou culpado das acusações de fraude e obstrução da Justiça. De acordo com comunicado do Departamento da Justiça, ele admitiu que, com seus cúmplices, fraudou investidores que adquiriram US$ 7 bilhões em certificados de depósito administrados pelo Banco Internacional Stanford, com sede em Antígua e Barbuda.

Trata-se do maior escândalo ocorrido nos Estados Unidos desde o caso do financista de Wall Street Bernard Madoff.

Allen Stanford, 59, está preso desde junho. Ele foi hospitalizado hoje, segundo fontes da Justiça que não deram detalhes sobre seu estado de saúde. O promotor Robert Luskin, no entanto, assinalou que o financista aparentemente sofreu um problema cardíaco.

Stanford espera para ser julgado e enfrenta penas de até 375 anos de prisão se for declarado culpado das 21 acusações, entre elas fraude milionária, lavagem de ativos e obstrução da justiça.

No fim de junho, Stanford e três de seus ex-funcionários --Laura Pendergest Holt, ex-chefe de investimentos do Grupo Stanford; Gilberto López, então responsável pela contabilidade da empresa; e Mark Kuhrt, do setor de gastos do escritório de Houston-- se declararam inocentes das acusações.

Lobby


A figura mostra a evolução no gasto com a atividade lobista nos EUA. Os gastos aumentaram nos últimos anos, apesar do número de lobistas não ter variado.

A entidade com maior gasto é a US Chamber of Commerce, com 488 milhões de dólares no período de 1998 a 2009. O mais interessante é o terceiro posto: General Electric (184 milhões). Fonte, aqui

Teste #140

Você seria capaz de dizer qual o tópico com maior número de postagem do blog da Cláudia Cruz?

Contabilidade
Convergência Internacional
Crise Econômica
Transparência

Resposta: Normas Contábeis

Capenga

Em Foco: contabilidade de 85% das empresas é “capenga”; veja riscos
por Adriele Marchesini
18/08/2009

Em entrevista à FinancialTV, professor da Fipecafi fala sobre principais erros contábeis

SÃO PAULO - A contabilidade da grande maioria das empresas de capital fechado, especificamente 85% delas, é considerada “capenga”. A informação é de pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), como forma de desenvolver o prêmio Troféu Transparência, produzido em parceria com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) e Serasa Experian.

Para a elaboração da premiação 2009, foram analisadas 472 companhias fechadas. Deste total, apenas 77, ou cerca de 15% delas, tiveram condições de passar pelo primeiro filtro da análise.

“Essas empresas sofrem com preços maiores em compras e menores prazos de seus fornecedores”, entendeu o coordenador da pesquisa e professor da Fipecafi, Ariovaldo dos Santos, em entrevista ao programa Em Foco, da FinancialTV.

Apenas cinco empresas saíram vencedoras no levantamento, todas sociedades anônimas: Alumínio Brasileiro (Albras), Alumina do Norte do Brasil (Alunorte), Centrais Elétricas (Eletrosul), Liquigás Distribuidora e Furnas Centrais Elétricas.

Capenga 2

Sobre a postagem "Capenga", recebi a seguinte provocação:

Minha opinião:
Além de falar sobre as dificuldades nas negociações com fornecedores, o professor Ariovaldo dos Santos também comentou as dificuldades na contratação de empréstimos e financiamentos por parte dessas empresas com contabilidade “capenga”.

Taxar a contabilidade dessas empresas de “capenga”, foi no mínimo um ato de infelicidade do professor Ariovaldo dos Santos, a classe contábil espera mais de seus formadores de opinião. De críticas vazias, que não levam a lugar nenhum, o mundo está cheio.

Se essas empresas realmente dependessem das publicações dos balanços para obter condições de negociação melhores, como estariam sobrevivendo até hoje?

Concluir que essas empresas sofrem nas negociações com seus fornecedores, por conta de uma contabilidade “capenga”, é no mínimo, um trabalho para um paranormal, é não de um analista.

Um empresa pode ter a melhor contabilidade do mundo, em todos os seus aspectos, e mesmo assim, ter problemas de negociação com seus fornecedores, por conta de uma série de aspectos, que não tem nada haver com sua contabilidade não “capenga”.

Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.

Grato,

Paulo Atadaine Sobrinho
Contador
Sorocaba - SP

Derivativos e consolidação

Usinas perdem R$ 4 bi com derivativos
Mônica Scaramuzzo e Cristiane Perini Lucchesi, de São Paulo
Valor Econômico - 28/08/2009

Os resultados negativos de usinas têm contribuído para aprofundar a consolidação no setor sucroalcooleiro

As perdas das usinas de açúcar e álcool com derivativos de câmbio atingiram R$ 4 bilhões durante a safra 2008/09. Esses prejuízos, estimados por empresas, bancos e consultorias financeiras ouvidas pelo Valor, enfraqueceram ainda mais boa parte das companhias do setor, que já enfrentavam problemas por conta do grande envididamento assumido para a construção de novas usinas, os projetos "greenfield".

Os resultados negativos de usinas têm contribuído para aprofundar o processo de consolidação no setor sucroalcooleiro. Grandes grupos que seriam potenciais compradores, como Santelisa Vale e Moema, foram colocados à venda. Dezenas de projetos de expansão e de novas unidades também foram interrompidos.

Os maiores bancos do país, que financiaram projetos de expansão, tornaram-se os maiores credores das usinas, inclusive o BNDES, que passou a ser sócio de alguns grupos.

Muitas das perdas das usinas foram contábeis, mas causaram impacto no caixa porque a piora nos índices de endividamento levou as companhias a quebrar cláusulas financeiras restritivas ("covenants") dos contratos de empréstimos. Com isso, credores puderam pedir resgate antecipado da dívida ou conseguiram negociar condições mais favoráveis de pagamento. A quebra de "covenants" - que limitam o endividamento da empresa em relação a uma série de indicadores e protegem os credores - é considerada semelhante à inadimplência e as empresas são obritadas a negociar um "waiver" (perdão) para não ter de quitar a dívida à vista. Foi o caso da Nova América, dona da marca União, incorporada neste ano pela Cosan. Em agosto do ano passado, os credores do grupo pediram o pagamento antecipado de uma dívida de US$ 300 milhões que venceria em 2013.

As perdas contábeis foram parcialmente revertidas neste ano com a queda do dólar para níveis entre R$ 1,80 e R$ 1,85 - a cotação superou R$ 2,50 no ano passado. Com cerca de 400 usinas em todo país, o setor sucroalcooleiro faturou R$ 40 bilhões na safra 2008/09, dos quais cerca de US$ 7,5 bilhões foram provenientes das exportações de açúcar e álcool.

27 agosto 2009

Rir é o melhor remédio

Recentemente a Escócia libertou um terrorista libanês acusado de colocar uma bomba num avião na década de oitenta. A alegação foi motivos de saúde. A atitude gerou protestos, inclusive dos humoristas. O primeiro cartoon compara a guerra de libertação da Escócia (e o filme sobre o assunto). O segundo mostra Madoff na prisão ligando para Escócia (alguns órgãos da imprensa chegaram a anunciar que Madoff estava com cancer)


Os ganhadores da recessão

'Risco prudente' cria ganhadores na recessão
Leslie Scism, Matthew Dolan, Ann Zimmerman e Michael Corkery, The Wall Street Journal
26/8/2009
The Wall Street Journal Americas

Depois de criar legiões de vítimas, a recessão dos Estados Unidos está criando uma classe de vencedores.

O J.P. Morgan Chase & Co. está conseguindo dinheiro dos depositantes enquanto instituições mais fracas balançam. A Golub Capital, firma pouco conhecida que financia empresas de médio porte, disparou para a dianteira de seu campo, à frente do combalido CIT Group Inc. e da GE Capital, divisão financeira da General Electric Co. A Ford Motor Co. está atraindo compradores de carros que normalmente optariam pela General Motors Corp. e pela Chrysler LLC.

Essas empresas ainda não "venceram", pois a economia continua em fase de aperto. Mas as que tomaram até agora a dianteira têm em geral alguns traços em comum — como uma boa reserva de caixa em relação às rivais, disposição para gastá-la e vontade de atacar a jugular dos rivais — que lhes dão uma vantagem, pelo menos no momento.

A seguradora New York Life Insurance Co. levou um duro golpe da crise financeira, perdendo US$ 3,5 bilhões em sua carteira de investimentos no ano passado, o que a fez fechar o ano no vermelho. Contudo, por causa de investimentos relativamente conservadores, a seguradora se saiu muito melhor que rivais como a American International Group Inc., que aceitou um vultoso socorro financeiro pago pelo contribuinte americano.

Os executivos da New York Life partiram para a ofensiva. Disseram a seus 11.000 agentes de seguros que tinham a "obrigação moral" de explicar os pontos fortes da firma aos clientes. Deram-lhes um documento detalhando os problemas dos concorrentes e pilhas de materiais sobre as gordas reservas financeiras e classificação de crédito AAA, a mais alta, da New York Life. A seguradora também aumentou a publicidade e contratou dezenas de vendedores para promover seus planos de previdência privada.

No primeiro trimestre, a New York Life pulou à frente da AIG, da Hartford Financial Services Group Inc. e da Lincoln National Corp. entre as maiores empresas de seguros de vida e previdência privada dos Estados Unidos em volume de prêmios. Sua fatia de mercado cresceu para 5,4% no trimestre, em comparação com 3,6% um ano antes, segundo dados da firma de classificação de risco A.M. Best Co. analisados pelo Wall Street Journal.

"Em épocas normais não haveria esse tipo de ganho em participação de mercado", diz Larry Mayewski, da A.M. Best.

É normal que uma recessão vire todo um setor de cabeça para baixo. As crises "são campos muito férteis para as oportunidades", diz Nancy Koehn, especialista em história empresarial e professora da Harvard Business School. Os vencedores são os que se saem melhor quando se trata de "ocupar o espaço que a concorrência deixou vago", diz ela, e de estudar as mudanças do comportamento do consumidor em tempos difíceis.

Na Grande Depressão da década de 30, a Campbell Soup Co. lançou novas linhas que até hoje vendem muito, como a canja de galinha com macarrão. O esmalte de unhas da Revlon Inc., também lançado nos anos 30, tornou-se o símbolo da teoria de que em tempos difíceis o consumidor gosta de pequenos luxos que pode se permitir comprar.

A Bain & Co. analisou 750 empresas logo antes e logo depois da recessão de 2001, classificando-as segundo o crescimento de vendas, margens de lucro e rendimentos para os acionistas. Descobriu que mais empresas mostraram grandes mudanças (tanto ganhos como perdas) de 2000 a 2002 do que de 2003 a 2005, período relativamente estável.

Os vencedores não são "malucos que gostam do perigo", diz Darrell Rigby, sócio da Bain, mas sim os que estão preparados para "assumir riscos prudentes".

Um ponto-chave para sobreviver a qualquer recessão é ter pronto acesso a caixa, fato cuja importância aumentou no ano passado, quando várias instituições financeiras de Wall Street quebraram e o crédito secou.

Tanto a Chrysler como a GM entraram na recessão em péssimas condições financeiras, apesar de alguns cortes de custos, e a Ford também parecia estar logo atrás. Em outubro as três montadoras enviaram seus principais executivos ao Congresso americano para pedir socorro público.

Mas alguns meses depois a Ford partiu para um caminho diferente das outras e desistiu de pedir uma linha de crédito de US$ 9 bilhões do governo. Em vez disso, passou a reestruturar sua dívida.

A vantagem da Ford: em 2006, ela tomou emprestados US$ 23,5 bilhões, hipotecando quase tudo que possuía de valor — inclusive seu logotipo oval azul. A disponibilidade desse dinheiro em caixa quando os mercados de crédito congelaram, dois anos depois, no fim de 2008, é a principal razão pela qual a Ford conseguiu evitar o resgate com dinheiro público e as recuperações judiciais que a GM e a Chrysler enfrentaram, segundo analistas.

Notando a antipatia generalizada pelos resgates pagos pelo contribuinte para montadoras e bancos, a Ford logo mudou de marcha e lançou uma campanha publicitária exaltando sua auto-suficiência financeira. No dia em que GM comunicou que pediria concordata, a Ford anunciou que estava aumentando sua produção de carros — uma demonstração pública da sua relativa força.

Em julho, a participação da Ford na venda de veículos leves nos EUA foi de 15,9%, 2,2 pontos porcentuais a mais do que um ano antes, enquanto a fatia da GM caiu 1,6 ponto, para 18,8%, segundo a firma de pesquisas Autodata Corp. A participação da Chrysler aumentou ligeiramente, para 8,9%, auxiliada pelas reduções de preços que ofereceu, além do programa do governo que dava desconto na troca de carros velhos por novos mais econômicos.

Profissão: contador

Contabilidade ganha novo status nas empresas
Paulo Justus
O Estado de São Paulo - 27/8/2009

Contador agora atua na linha de frente e ajuda na tomada de decisões

A demanda por auditores e contadores vem crescendo nos últimos tempos. Na consultoria de recrutamento Robert Half, a procura cresceu 30% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2008. “A procura está forte não apenas por contadores, mas por pessoas com conhecimento na área para ocupar outras posições”, diz Sócrates Melo, especialista em recrutamento para Finanças e Contabilidade da Robert Half. Ele diz que o mercado procura um perfil mais comunicativo para esse profissional. “Hoje, o profissional está na linha de frente e ajuda na tomada de decisões das empresas.”

Antes ligado basicamente à rotina do escritório, o profissional de contabilidade ocupa hoje posições mais estratégicas nas empresas. O novo perfil da profissão acompanhou as mudanças importantes na contabilidade, que começaram a partir de 2007 mas se tornaram efetivas este ano, como a informatização das informações e a adoção das normas internacionais de contabilidade.

Na visão de Aline Freitas, consultora sênior da Michael Page, o principal motivo da procura por esses profissionais atualmente se deve à implementação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e da Nota Fiscal Eletrônica. “Na maioria das vezes, quem implementa isso são os profissionais da contabilidade, que também precisam conhecer a tecnologia e ter uma visão de negócio”, diz.

Além desse perfil mais dinâmico, o mercado busca um profissional atualizado. Além do SPED, outra mudança importante para os contadores e auditores foi a lei 11.638, de dezembro de 2007, que obriga as empresas de capital aberto e de grande porte a publicar seus balanços de acordo com as normas contábeis internacionais. “Hoje, o profissional que conhece as novas normas é muito desejado” diz Níveson da Costa Garcia, membro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC SP) e empresário da contabilidade. A dificuldade, segundo Garcia, está na formação desses profissionais. “As instituições de ensino não deixam o aluno preparado e cabe à empresa gastar muitas horas e muitos reais para deixá-lo pronto.”

Como reflexo dessa carência, o salário de um contador com um ano experiência e conhecimento desejado pelo mercado subiu de R$ 2 mil para R$ 3 mil em dois anos, de acordo com a Robert Half. A remuneração dos executivos em cargos mais altos acompanhou esse crescimento, afirma Melo.

A demanda por profissionais para projetos temporários de implantação do SPED nas empresas, por exemplo, também cresceu. “Hoje cerca de 20% das nossas oportunidades temporárias são para projetos desse tipo”, diz Aline, da Michael Page. O salário para um profissional experiente nessas atividades vai de R$ 6 mil a R$ 10 mil.

Para se adaptar às mudanças, os profissionais passaram por uma alta carga de treinamentos. A supervisora da auditoria KPMG, Ana Karina Beckman, de 30 anos, diz que o aprendizado é contínuo e ocorre tanto nos seminários promovidos pela empresa quanto fora do expediente. “Uso meu horário de trajeto de casa para o trabalho para estudar”, afirma.

Ana foi contratada pela KPMG em fevereiro, vinda de uma empresa do setor químico. Em outubro, será promovida ao cargo de gerente. “Desde que me formei o mercado sempre foi crescente.”

Segundo ela, a profissão mudou bastante desde que concluiu o curso de Ciências Contábeis, em 2001. “Quando entrei na faculdade, todo mundo chamava os contadores de guarda-livros”, brinca. Hoje, ela diz que o aquecimento do mercado tem atraído novos estudantes para a área. “Um exemplo disso é meu irmão, que depois de fazer um ano de informática decidiu seguir os meus passos e hoje cursa Ciências Contábeis.

Internacionalização e Investimentos Sociais

Esta pesquisa investigou a relação entre o grau de internacionalização de empresas brasileiras e a evidenciação de informações sobre investimentos sociais privados, aqui entendidos como as transferências diretas de recursos em prol da comunidade local. Tal investigação foi motivada pela suposição de que, quanto menor fosse o envolvimento com o mercado consumidor local, menor seria o investimento social corporativo na comunidade. A amostra foi formada pelas 30 multinacionais brasileiras mais internacionalizadas, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais – Sobeet. Os dados sobre os investimentos sociais foram pesquisados nos relatórios anuais, páginas eletrônicas e balanços sociais (quando existentes) das respectivas empresas com base no exercício de 2007. O índice de internacionalização, usado na classificação das multinacionais, seguiu os critérios definidos pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – Unctad, o qual considera três variáveis nas operações com o mercado externo: total das receitas, valor de ativos e número de empregados. Os dados foram correlacionados e os resultados apontaram uma relação negativa significativa, sugerindo haver um menor interesse das empresas mais internacionalizadas em evidenciar possíveis ações sociais voltadas à comunidade local, comparativamente às empresas menos internacionalizadas.

INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS E INVESTIMENTOS SOCIAIS PRIVADOS: UMA RELAÇÃO INVERSA? - Marco Antonio Figueiredo Milani Filho, Claudia Vasconcellos Silva Habib e
Aida Maria Mendes Milani (UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE)

O resultado é realmente muito interessante. Particularmente esperava que a relação seria o contrário (quanto maior a internacionalização, menor o investimento social) em razão das pressões do mercado consumidor estrangeiro.

Teste #139

O Blog do professor Alexandre Alcântara trata de assuntos vinculados a análise de balanços. No domingo, dia 23, o assunto com maior número de postagem era:

Auditoria Independente
Contabilidade Internacional
Lei das S/A
Normas Contábeis

Resposta do Anterior: Contabilidade Vista e Revista = UFMG; Contexto = UFRS; Contextus = UFC; Universo Contábil = FURB

26 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Comercial da Microsoft e o Photoshop. Mais aqui

Bancos e Valor Justo

Contabilidade: Empréstimos de bancos são a próxima bolha a estourar
Jonathan Weil, Bloomberg, de Nova York - Valor Econômico - 26/8/2009

É impressionante o que um pouco de luz pode fazer. Chequem as notas explicativas do balanço trimestral mais recente do Regions Financial e verão uma revelação notável. Ali, numa tabela fácil de ler, a companhia divulgou que os empréstimos em seus livros, em 30 de junho, valiam US$ 22,8 bilhões a menos do que seu balanço dizia. Em comparação, o patrimônio líquido do banco, cuja sede fica em Birmingham, Alabama, era de apenas US$ 18,7 bilhões.

Então, se não fossem pelos valores inflados dos empréstimos, o patrimônio do Regions Financial seria inferior a zero. Enquanto isso, o governo continua classificando o banco como "bem capitalizado".

Embora divulgações do tipo não sejam novidade, sua frequência o é. Esta temporada de balanços financeiros marcou a primeira vez em que as companhias dos Estados Unidos tiveram de publicar o valor justo de todos seus instrumentos financeiros de forma trimestral. Antes, a exigência era apenas anual, pelas regras do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb).

O momento das revelações é estranho. Em julho, em decisão que deixou o lobby bancário enfurecido, o Fasb informou que seguiria com o plano de ampliar o uso da contabilidade de valor justo para os instrumentos financeiros. Em resumo, todos os ativos financeiros e a maioria dos passivos financeiros teriam de ser contabilizados pelos valores de mercado nos balanços de cada trimestre, embora nem todas as flutuações em seus valores contariam no lucro líquido. Uma proposta formal poderia ser divulgada por volta do fim do ano.

A maior mudança seria a forma de tratamento dada aos empréstimos. As atuais regras do Fasb deixam as instituições de crédito contabilizar a maioria de seus empréstimos nos livros pelo custo histórico, rotulando-os como mantidos até o vencimento ou mantidos como investimento. Em geral, isso significa que as perdas com esses empréstimos podem ser admitidas apenas quando a diretoria as considere prováveis, apesar da possibilidade de que pudessem ser previstas muito antes. Usar a contabilidade de valor justo aceleraria a admissão das perdas com empréstimos e resultaria em lucros e valores contábeis mais baixos.

Embora o Regions Financial possa ser um exemplo extremo de valores inflados dos empréstimos, não é o único. O Bank of America informou que seus empréstimos, em 30 de junho, valiam US$ 64,4 bilhões menos do que o seu balanço dizia. A diferença representava 58% de seu capital próprio nível 1, um indicador de patrimônio usado pelas autoridades reguladoras, que exclui as ações preferenciais e muitos ativos intangíveis, como o ágio acumulado em aquisições de empresas.

O Wells Fargo informou que o valor justo de seus empréstimos era US$ 34,3 bilhões inferior a seu valor nos livros, em 30 de junho. O capital próprio nível 1 do banco, em comparação, era de US$ 47,1 bilhões.

As disparidades entre os valores dos empréstimos dos bancos cresceram à medida que o ano avançou. O Bank of America havia divulgado que a diferença de valor justo, em 31 de dezembro, de seus empréstimos era de US$ 44,6 bilhões. No fim de 2008, a diferença no Wells Fargo era de apenas US$ 14,2 bilhões, menos da metade do que passou a ser seis meses depois. No Regions Financial, era de US$ 13,2 bilhões.

O SunTrust Banks está entre as outras instituições de crédito com grandes divergências no valor dos empréstimos. Exibiu diferença de US$ 13,6 bilhões, em 30 de junho, acima de seu capital próprio de US$ 11,1 bilhões. O KeyCorp anunciou que seus empréstimos valiam US$ 8,6 bilhões a menos do que o valor contábil, sendo que o capital próprio nível 1 era de apenas US$ 7,1 bilhões.

Quando o valor de mercado de um empréstimo cai, é possível que a instituição de crédito cobrasse mais pelo mesmo empréstimo hoje. Também pode ser que as pessoas de fora vejam uma chance maior de inadimplência do que a diretoria presume. Talvez, o valor da garantia do empréstimo tenha desabado, mesmo com o captador não tendo deixado de honrar os pagamentos do empréstimo.

A tendência no valor dos empréstimos dos bancos não é uniforme. Entre as 24 companhias do índice KBW Bank, 12 informaram que o valor justo de seus empréstimos está dentro de uma margem de diferença de 1% do valor contábil, incluindo o Citigroup. O valor justo dos empréstimos do Citigroup estava em US$ 601,3 bilhões, apenas US$ 1,3 bilhão a menos do que o valor nos livros. No fim de 2008, a diferença era de US$ 18,2 bilhões.

A história nos traz algumas lições aqui. Um problema comum na crise das instituições de poupança e empréstimos nos anos 80 foi sua dependência do financiamento de curto prazo a taxas de mercado para financiar suas operações, que consistiam basicamente em emitir hipotecas de longo prazo com juros fixos. Quando as taxas apresentaram fortes altas, as instituições de poupança caíram em uma armadilha na qual seus ativos não geravam retorno suficiente para cobrir seus passivos.

As regras contábeis também deixavam aberta a oportunidade para ganhar com a negociação dos papéis. As empresas contabilizavam os lucros com a venda dos ativos com bom desempenho e mantinham as de mau desempenho em seus livros, contabilizadas pelos preços antigos, inflados. Se as instituições de poupança tivessem marcado os empréstimos pelo valor de mercado em seus balanços, seus problemas teriam ficado claros muito antes para as pessoas de fora. (O Fasb não exigia a nota explicativa, anual, sobre o valor justo até 1993.)

As diferenças no valor justo de hoje, no mínimo, ressaltam a arbitrariedade dos valores contábeis e do capital regulador. Pelas regras atuais, os bancos já têm a opção de contabilizar os empréstimos pelo valor justo. A maioria dos bancos prefere não fazê-lo na maior parte das vezes, sob o argumento de que pretendem manter os empréstimos até o vencimento e esperar que o dinheiro entre. Consequentemente, a diferença entre o banco bem capitalizado e o tragicamente subcapitalizado pode depender de nada além do que o estado de espírito de um executivo-chefe altamente bem remunerado.

As estimativas de valor justo no curto prazo podem até ser um indicador deficiente do valor final de um ativo, especialmente quando os mercados não funcionam com suavidade. O problema de ficar dependente das intenções da diretoria é que ela pode ser ainda menos confiável. Pelo menos, agora, recebemos alguns números reais, mesmo que seja necessário escavar nas notas explicativas para obtê-los. (Jonathan Weil é colunista da Bloomberg. As opiniões expressas neste artigo são pessoais.)

O artigo num periódico estrangeiro

Com meus alunos do doutorado fiz uma breve pesquisa em 27 artigos publicados no Journal of Finance. Este é um dos periódicos de maior prestígio na área financeira, e naturalmente que o resultado apresentado aqui possui um forte viés. Mas não deixa de ser interessante algumas conclusões.

Em média cada artigo possui

=> 55,7 referências, sendo 36,3 de periódicos (ou 65%) e 3,7 de livros (7% do total)
=> O número médio de citações integrais (aquela em que o autor abre aspas e fecha aspas) foi de 2,1 por artigo
=> A Introdução ocupava 15,3% do tamanho do artigo
=> As Conclusões somente 3,6%
=> Em média cada artigo tinha 7,6 tabelas e 3 gráficos

De uma maneira geral, e com base na experiência de leitor de pesquisa no Brasil, podemos afirmar que:

a) nossas pesquisas possuem menos referências, mais concentradas em livros
b) mais citações integrais
c) um referencial teórico mais longo (ocupando algo em torno de 40% do texto)
d) menos tabelas e gráficos

Os ativos de Michael Jackson

a) Imóveis = 73,475,000, sendo 66,875,000 Neverland e 6,600,000 Encino Home
b) Caixa com restrição (para pagar juros) = 10,696,764
c) Material de arquivos = 20,000,000
d) MJ Publishing Trust = 85,000,000
e) Equipamento profissional = 1,000,000
f) Automóveis, antiguidades, coleções e outros = 20,000,000
g) Caixa sem restrições = 668,215

Subtotal = 210 milhões de dólares.

Fonte: Aqui

Links

O diretor da KPMG e sua esposa

A mudança contábil influencia na análise dos desempenhos das empresas dos EUA

IFRS e suas dificuldades

Bom professor

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil dos professores de ensino superior, a partir da importância atribuída pelos estudantes de Contabilidade a um conjunto de cinco competências demandadas pelo trabalho docente (didática, relacionamento, exigência, conhecimento teórico e experiência de mercado). Foi realizado um estudo de campo junto a uma amostra de 148 estudantes de cursos de graduação em Contabilidade, em instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Os dados são avaliados através de técnicas descritivas e de análise conjunta. Nas análises descritiva e conjunta, verificou-se que a didática foi a competência docente de maior importância, seguida pelo conhecimento teórico. Especificamente por análise conjunta, foram procedidas verificações por categoria de variáveis qualitativas, tendo-se verificado que, apesar de se manter a ordem de importância, os pesos relativos de cada competência variam de acordo com o tipo de instituição, a metade do curso, o sexo, e a condição quanto ao trabalho dos estudantes. Acredita-se que os resultados podem gerar informações relevantes para o planejamento da ação docente tanto de professores quanto de gestores de cursos e de instituições de formação.

O PERFIL DO BOM PROFESSOR DE CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - Renata Furtado Gradvohl, Francisca Flávia Plutarco Lopes e Francisco José da Costa (UFC)


Seria interessante a expansão da pesquisa realizada, para outras cidades do país. Acho que as conclusões seriam reforçadas (ou não) se a pesquisa fosse comparada com egressos.

Acabou o suspense

Segundo o Wall Street Journal (Kroeker Named at SEC, 26/8/2009, J, C3), a The Securities and Exchange Commission (SEC), correspondente a nossa CVM, nomeou James L. Kroeker como contador chefe. Existia um suspense sobre quem ocuparia este cargo.

A CFO.com (SEC Names Kroeker Chief Accountant, Sarah Johnson, 25/8/2009) lembrou que recentemente Kroeker defendeu as regras de valor justo. O outro ponto relevante na agenda contábil da SEC, a convergência internacional, ainda permanece em aberto. Sob a administração de Cox, nomeado pelo então presidente Bush, a SEC propôs um planejamento para a convergência até 2016. Mas a atual presidente, Mary Schapiro, questiona isto e tem reservas sobre a qualidade das IFRS e a independência dos reguladores, conforme aponta a CFO:

While Kroeker has not publicly shared his views on the plan itself, Schapiro has said she "will not be bound by the existing roadmap" and expressed reservations about the quality of IFRS and the independence of its standard-setters.

As a practical matter, considering the time that has gone by and the change in SEC priorities because of the financial crisis, the timetable outlined in the IFRS roadmap will mostly likely shift, says White.

Teste #138

A seguir temos uma lista de quatro periódicos de contabilidade:

Contabilidade Vista e Revista
Contexto
Contextus
Universo Contábil

E as instituições responsáveis pelos periódicos

FURB
UFC
UFMG
UFRS

Você seria capaz de relacionar as duas listas?

Resposta do Anterior: Holandês

Valor de Mercado


As dez maiores empresas brasileiras por Valor de Mercado, em R$Mil

Fonte: GuiaInvest

Empresa e Ambiente


Grandes empresas firmam compromissos ambientais
Daniela Chiaretti e Jacilio Saraiva, de São Paulo
Valor Econômico - 26/08/2009

A cem dias da Conferência do Clima de Copenhague, um grupo de 22 das maiores empresas nacionais e entidades privadas lançou ontem, em São Paulo, um documento que é um marco na posição do setor produtivo rumo à economia de baixo carbono. O texto, espécie de "carta ambiental", é um sinal de que a agenda comercial flerta cada vez mais com os tópicos da negociação internacional sobre a mudança do clima. A maioria dos signatários tem perfil exportador e teme perder mercado se não embarcar na temática verde. "A empresa que não tem preocupação ambiental vai sofrer mais lá na frente, vai pagar essa conta", afirmou Roger Agnelli, diretor-presidente da Vale e um dos líderes do movimento.

Na carta, lançada durante o seminário "Brasil e as Mudanças Climáticas", promovido pelo Valor e pela "GloboNews", os líderes empresariais assumem cinco compromissos básicos, da publicação anual de inventários de emissões de gases estufa ao rastreamento da cadeia de fornecedores. Também elencam nove propostas para influenciar as posições brasileiras nas discussões do acordo climático de Copenhague, cobram do governo liderança nas negociações e apoiam a criação de um sistema de incentivo para a preservação das florestas.

O movimento ainda não tem adesão de um número significativo de empresas. Entidades de classe tradicionais não estavam representadas. O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, citou a resistência do agronegócio no Congresso às iniciativas para conter o desmatamento.

Na carta, os empresários prometem perseguir a redução contínua do "balanço líquido de emissões de CO2". Na prática, falam em corte sem apresentar números, em rota similar à do governo brasileiro, que prefere falar em "compromissos". Agnelli pediu que não se perca tempo com semântica. O chefe dos negociadores brasileiros, Luiz Alberto Figueiredo Machado, cedeu: "Se querem chamar de metas, chamem de metas".

A carta dos empresários foi entregue a Minc, ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, e ao chefe dos negociadores brasileiros. Entre os signatários estão Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano, Wilson Ferreira Jr., da CPFL Energia, José Luciano Penido, da VCP, Guilherme Leal, da Natura, e Otávio de Azevedo, da Andrade Gutierrez.

25 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui. Dica de Fernanda, grato.

Teste #137

O verbete Custo na Wikipedia aparece em diversas línguas. Em quais dos idiomas abaixo não possui o verbete "custo"?

Alemão
Bahasa (Indonésia)
Holandês
Polonês

Resposta do Anterior: 1) Sim, Lopes de Sá nasceu em 1927 e Dumont morreu em 1932; 2) Não. Iudicibus terminou seu curso em 1961 e a HP 12C foi lançada vinte anos depois; 3) Sim. Martins iniciou o seu curso em 1968 e o livro de Hendricksen é de 1965

Valor Justo

Los premios Nobel de Economía de 1997 piden más transparencia en los activos de los bancos
Bloomberg
22 August 2009
Gaceta de los Negocios - 11

Opinan que las entidades deben valorar los activos ilíquidos a precio del mercado o bien colocarlos en mercados públicos

Myron Scholes se unió a Robert Merton, con quien compartió el premio Nobel de Economía en 1997, para pedir a los bancos que den a los inversores un panorama más claro de su valor proporcionando mejores valoraciones de sus activos ilíquidos.
Los bancos deben valorar los activos ilíquidos utilizando la contabilidad de ajuste al precio del mercado — mark-to-market —, o colocándolos en mercados públicos cuando sea posible, ha afirmado Scholes en una entrevista conBloomberg Radio. Scholes, ganador del premio Nobel junto con Merton por contribuir en la invención de un modelo para determinar el precio de las opciones, dijo que los inversores necesitan mejores datos sobre los precios para valorar con precisión la deuda y las acciones ordinarias de los bancos.

“Me gustaría que fomentáramos el traslado de valores de los libros a los mercados de ser posible”, dijo. Hacerlo permitiría que el mercado determinara los precios, agregó Scholes.

La Junta de Normas Contables Financieras —FASB por sus siglas en inglés— dijo el pasado 3 de agosto que considerará ampliar las reglas sobre valor razonable a los préstamos, medida que podría acelerar el reconocimiento de las pérdidas por parte de los bancos y desencadenar una caída en los beneficios y el valor contable. Actualmente las reglas contables permiten a las compañías reconocer la mayoría de las pérdidas por préstamos sólo cuando la directiva las considera probables. Para aplicar el valor razonable a los préstamos sería necesario reconocer las pérdidas antes. Y es que se teme que más de 150 bancos cotizados en Estados Unidos tengan préstamos improductivos equivalentes a un 5% o más de sus carteras, cantidad que ex reguladores sostienen que puede arrasar el patrimonio de un banco y llevarlo a la quiebra.

El número de bancos que exceden ese límite aumentó a más del doble en los 12 meses hasta el fin de junio, según estadísticas de Bloomberg , al dispararse los impagos de inmuebles y tarjetas de crédito. Casi 300 de ellos informaron de que un 3% o más de sus préstamos eran nonperforming —improductivos—, término para la deuda comercial o del consumidor que ha dejado de pagar intereses o que ya no se amortizará de lleno. (...)

Teste

Quantos círculos você vê?


Fonte: aqui

Universidades e Experiências Financeiras

Nos EUA, universidade deixa as experiências financeiras
Por Craig Karmin, The Wall Street Journal

(...) Durante décadas, a maioria das fundações universitárias preferia ações e títulos de renda fixa. David Swensen, que Yale contratou em 1985 como diretor de investimentos, argumentou que as fundações - investidores de longo prazo não preocupados com retiradas ou com as flutuações do mercado a curto prazo - eram candidatas ideais para investimentos como imóveis, aquisições alavancadas e créditos de recebimento duvidoso. O desempenho de Yale superou o dos mercados em geral por uma ampla margem.

Mas a queda das bolsas desde outubro de 2007 revelou o que alguns consideram como falhas no modelo. "O modelo de financiamento continha um colossal erro de raciocínio, o de que os investidores de longo prazo não precisam de liquidez a curto prazo", diz Robert Jaeger, da BNY Mellon Asset Management, divisão do Bank of New York Mellon Corp. que dá consultoria a fundações sobre estruturação de carteiras.
Algumas fundações insistem que, apesar de grandes perdas, não vão mudar de orientação. "Isso exigiria abandonar os investimentos orientados para o mercado acionário que vêm servindo bem às instituições com horizontes de longo prazo", disse Swensen, de Yale, em uma entrevista ao Wall Street Journal este ano.

Em 2005, a Universidade de Chicago contratou Stein, que trabalhava na fundação de Princeton, onde tinha sido protegido de Swensen. Em junho de 2008, a fundação da universidade tinha 77% de seus recursos em "investimentos semelhantes a ações", ou seja, ações de empresas americanas e estrangeiras, fundos de hedge e private equity, segundo o relatório anual de 2008.

Naquele setembro, por volta da época em que o banco Lehman Brothers quebrou e os mercados de crédito se retraíram, membros do comitê de investimentos decidiram examinar objetivamente sua carteira de aplicações.

"Nós havíamos subestimado o valor da liquidez, e superestimado nosso grau de diversificação", disse Andrew Alper, presidente do conselho diretor da universidade e membro do comitê. Segundo Alper, o comitê esperava mudar a exposição da carteira ao risco e à volatilidade de longo prazo, e teria preferido aplicar em firmas de private equity. Mas como o mercado desses ativos ilíquidos estava basicamente congelado e os resgates dos fundos hedge eram muito lentos, eles começaram a falar em vender ações.

Valor Economico - 21/8/2009

Passado e Futuro

Palavra do Gestor: Com que precisão os analistas do mercado brasileiro conseguem prever o futuro?
Aquiles Mosca

Imagine dois grupos de estudantes de pós-graduação. O primeiro grupo é informado que um de seus professores irá para a Europa durante um ano para um período sabático. A esse primeiro grupo de estudantes é pedido para que escrevam o que imaginam que o professor fará durante o ano que está por vir. Um segundo grupo de estudantes recebe a informação de que o mesmo professor já fez um ano sabático na Europa e a esses alunos pede-se para que descrevam o que imaginam que o professor fez durante aquele período.

À primeira vista, não esperamos que haja uma diferença grande entre os relatos dos grupos, por se tratar de grupos representativos e realizando praticamente a mesma tarefa. No entanto, as diferenças verificadas nos relatos dos dois grupos foram relevantes. Os relatos de um passado imaginário foram muito mais detalhados e ricos quando comparados às tentativas de descrever o futuro. Estas últimas, sempre vagas e genéricas. Tal estudo, conduzido pela psicóloga canadense Janet Bavelas, e outros experimentos demonstram que temos mais facilidade de imaginar o que alguém fez em oposição ao que alguém fará. Ou seja, há uma nítida assimetria entre nossa habilidade de explicar o passado e nossa capacidade de prever o futuro. [1]

Uma vez que um evento tenha ocorrido, mesmo que seja algo extremamente raro, nós humanos temos facilidade de encontrar uma explicação plausível. Atentados terroristas como o de 11 de setembro de 2001 e grandes catástrofes aéreas são exemplos típicos, cujas sequências de eventos tornam-se bem conhecidas ao logo do tempo a ponto de serem facilmente assimiladas e até mesmo consideradas como previsíveis a posteriori. No entanto, mesmo na véspera, ninguém é capaz de prevê-los ou de evitá-los.

A teoria financeira comportamental denomina essa facilidade de explicar o passado de "viés retrospectivo" (do inglês, hindsight bias). A mídia financeira está repleta de especialistas sempre disponíveis para explicar os movimentos dos mercados no ano, mês ou na semana passada. Peça então para preverem o futuro e a explicação torna-se vaga e genérica, tal como no estudo acima. Qualquer pessoa consegue encaixar o passado em uma sequência de eventos perfeitamente racionais e intuitivos. Agora, prever o futuro é outra história.

Quão preciso é o mercado brasileiro na tentativa de prever o caminho que as principais variáveis econômicas e financeiras vão percorrer no futuro? Semanalmente, o Banco Central publica tais projeções no boletim Focus. Será que este conjunto de analistas consegue antecipar com alguma precisão e antecedência de 12 meses o PIB, a inflação, juros nominais e reais e o câmbio? Uma rápida olhada na diferença entre as previsões feitas 12 meses atrás e os valores efetivamente observados para essas variáveis revelam erros significativos, entre 40% e 12%. Além disso, para duas dessas variáveis, juros nominais e reais, a média das expectativas dos especialistas foi incapaz sequer de prever a direção em que elas iriam se deslocar. Há um ano, previam aumento dessas variáveis, quando na verdade vimos recuo significativo de ambas. A mesma tendência foi observada para os "Top 5", em princípio os mais precisos em suas previsões, ainda que com um desvio menor. [2]

Muitos dirão que nesse período o mundo foi assolado pela crise financeira e que isso torna as previsões menos precisas. No entanto, para outros períodos no qual predominou maior normalidade (como entre 2003 e 2007), ou seja, sem uma crise tão grave, a margem de erro das previsões também revelou-se grande. No frigir dos ovos, o que mexe com o mercado é exatamente o inesperado! Tudo que é previsível e aguardado não altera as cotações. Já está em grande medida embutido nas expectativas das variáveis econômicas e nos preços dos ativos. A oportunidade de ganhos está em antecipar o que os demais ainda não veem, em fazer isso mais rápido e de maneira mais eficiente que os demais e em traduzir isso em posicionamentos nos ativos certos, na "ponta" certa (comprado ou vendido) antes que os demais o façam. Nesse aspecto, o boletim Focus do Banco Central atua mais como uma fotografia do sentimento reinante na economia em determinado momento do que como uma fonte confiável de previsões desses indicadores ou mesmo da tendência que deverão assumir no futuro.

Durante o planejamento de voo da missão Apollo 11 para a lua, a NASA definiu como margem aceitável de erro nas primeiras estimativas e cálculos em 1961 o nível de 1%, que foi então reduzido para 0,5%, 0,2% e, finalmente 0,05% em 1969, ano do famoso primeiro vôo à lua. [3] Se a NASA precisasse contar com a precisão das previsões do boletim Focus, o voo da Apollo 11 provavelmente não teria alcançado a altura de um balão de festa junina...

Valor Econômico


[1] Talvez por isto os contadores não gostam de fazer previsão do futuro. Mas a questão não é tão simples assim. O processo de previsão está continuamente em ajuste.
[2] Isto vale uma pesquisa mais científica para testar esta hipótese. O resultado depende do desvio-padrão da amostra. Consequentemente, a afirmação do texto pode não ser verdadeira.
[3] O nível aceitável de erro depende de vários fatores, inclusive do que estamos medindo. Esperar um nível pequeno em ciências humanas é algo difícil exatamente pela complexidade do ser humano. A comparação não é válida.

Profissão excludente

Segundo o relatório inglês, a profissão contábil é cada vez mais exclusiva das famílias com renda mais elevada:

Quarenta anos atrás, os contadores que iniciavam no emprego vieram de famílias com renda média; mas 20 anos depois, na década de 1990, os contadores eram provenientes de famílias com renda de 40 por cento acima da média.


Fonte: aqui

Reader´s Digest pede Concordata

Reader´s Digest pede concordata nos Estados Unidos
da Efe
24 August 2009

A empresa Reader´s Digest Association, uma das maiores editoras de livros e revistas do mundo, anunciou nesta segunda-feira que pediu proteção ao capítulo 11 da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata, ou à recuperação judicial no Brasil-- para conduzir uma reestruturação de suas atividades nos Estados Unidos.

A companhia explicou em comunicado que chegou a um princípio de acordo com 80% de seus credores para reduzir sua dívida e fortalecer sua situação financeira. Pelo acordo, a empresa fará a troca de uma parte substancial do US$ 1,6 bilhão que tem de dívida garantida, por uma participação em seu capital.

Após ter conseguido $150 milhões em novos empréstimos para melhorar sua liquidez, a firma prevê sair desse processo com uma dívida de $550 milhões, o que representaria uma redução de 75% em relação aos $2,2 bilhões atuais. No comunicado, a empresa informou que a concordata afeta apenas os negócios da empresa nos Estados Unidos, e não às que realiza em outros mercados internacionais, incluindo os da América Latina e Europa.

"Nossas operações comerciais estão sólidas, com uma queda prevista de receita no ano fiscal de 2009 de menos de 10% apesar da recessão", explicou a presidente e conselheira delegada do grupo, Mary Berner, em comunicado. "Queremos ressurgir com um balanço contábil reestruturado e uma organização financeira mais forte que nos permita prosseguir com nosso crescimento e as iniciativas de transformação."

Em março de 2007, a Reader´s Digest passou a ser propriedade de um grupo de investidores liderado por Ripplewood Holdings, em uma operação que se avaliou então em US$ 2,4 bilhões.

A empresa comercializa livros, revistas, música, vídeos e produtos educativos em 78 países e chega cerca de 130 milhões de consumidores, segundo dados da empresa.

No comunicado a empresa ainda informou que apresentou propostas para que o pedido de proteção judicial "não afete de forma negativa a rotina de seus empregados, clientes ou fornecedores" e diz que tanto vendedores como fornecedores "continuarão a ser pagos com normalidade".


A empresa publica a revista Seleções no Brasil. O bordão "Rir é o melhor remédio", que usamos diariamente neste blog, é de autoria da revista Seleções.

Crise na Receita

Mudanças na Receita provocam rebelião de grupo ligado a Lina
RENATA VERÍSSIMO, LU AIKO OTTA, FABIO GRANER e ADRIANA FERNANDES
O Estado de São Paulo - 25/8/2009

O início do processo de demissão dos principais integrantes do grupo político da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira provocou ontem uma rebelião no órgão. Seis superintendentes, cinco coordenadores de área e um subsecretário da Receita puseram seus cargos à disposição em carta ao atual secretário, Otacílio Cartaxo. No documento, os demissionários condenam o que chamam de “clara ruptura com a orientação e as diretrizes que pautavam a gestão anterior”. Lina falava em fiscalizar os “grandes contribuintes”, em vez dos “velhinhos e aposentados”. Além da disputa política, a arrecadação fraca está entre os fatores da crise na Receita - para a Fazenda, os “rebeldes” colocaram os cargos à disposição apenas para se antecipar a uma demissão dada como certa.

O ministro Guido Mantega cobrou de Cartaxo um plano para recuperar o volume de recolhimento de tributos até o fim do ano. Com a melhora recente de alguns indicadores econômicos, o ministro está convencido de que o desempenho das receitas também já poderia ter melhorado. Os números divulgados na semana passada, porém, mostraram que a arrecadação das chamadas receitas administradas apresentaram redução de 7,03% em julho na comparação com julho de 2008, a nona queda consecutiva em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Nos próximos dias, o governo anuncia sua proposta de Orçamento para 2010 com um volume de receitas administradas semelhante ao do projeto de lei referente a este ano. Nesse quadro, não há espaço para grandes saltos nos investimentos, como seria desejável num ano eleitoral.

Para Mantega, segundo narram assessores do Ministério da Fazenda, esse decepcionante resultado em 2009 é indicador também de um fraco desempenho da administração tributária na cobrança e fiscalização dos impostos, especialmente das contribuições previdenciárias. O ministro tem sido cobrado por Lula sobre a queda na arrecadação.

GUERRA DE VERSÕES

Ontem, o Diário Oficial da União trouxe a exoneração de dois integrantes do grupo de Lina que participaram da guerra de versões entre a ex-secretária e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre uma reunião na qual a então chefe da Receita teria recebido pedido para apressar a fiscalização do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-RR). A ministra nega a reunião e o pedido.

Foram exonerados Iraneth Maria Weiler, que confirmou na imprensa que a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, havia se encontrado com Lina no gabinete da Receita Federal para agendar o encontro com Dilma. Também perdeu o cargo de confiança Alberto Amadei Neto, assessor especial do gabinete da Receita, que assessorou Lina durante seu depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre a suposta reunião com Dilma.

A “faxina”, contudo, vai além. Na semana passada, o subsecretário de Fiscalização, Henrique Jorge Freitas da Silva, foi informado de que seria afastado. Outro que está na lista é o coordenador de Estudos Tributários, Marcelo Lettieri, funcionário que também esteve no Senado acompanhando Lina. Sua participação na reunião, assim como a de Amadei, acendeu a luz vermelha no gabinete de Mantega.

A lista se estende aos superintendentes Dão Real (Rio Grande do Sul) e Luiz Sérgio Soares (São Paulo). Os quatro são signatários da carta de demissão conjunta. É a coincidência entre os nomes da carta e a lista de demissões a executar pela Receita que faz a Fazenda considerar a rebelião como um ato de antecipação a algo que já iria ocorrer.

A rebelião foi articulada no último fim de semana e seu principal estopim foi a notícia do afastamento do chefe da Fiscalização, Henrique Jorge Freitas. “Ele havia encontrado meios de, com pouca gente, alcançar a indústria, o comércio, o setor de informática e fiscalizar os grandes contribuintes”, disse o superintendente adjunto da 4ª Região Fiscal, Luiz Carlos Queirós. Sua saída seria uma ruptura “radical” de um projeto coletivo, explicou.

Dirigentes da Receita veem "ruptura" e entregam cargos
Folha de São Paulo
LEONARDO SOUZA

Doze integrantes da cúpula da Receita Federal pediram exoneração coletiva na tarde de ontem, num levante contra a interferência política no órgão patrocinada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) e o Palácio do Planalto. Os demissionários são o subsecretário de Fiscalização e cinco dos dez superintendentes regionais do órgão (entre os quais o de São Paulo), além de cinco coordenadores-gerais e um superintendente-adjunto.

A decisão do grupo de superiores hierárquicos provocou efeito em cascata noutros níveis de comando da Receita, o que ameaça paralisar o fisco. No início da noite, delegados, inspetores, chefes de departamento e superintendentes-adjuntos também avisaram que deixarão suas funções.

A iniciativa dos servidores é uma reação à demissão da ex-secretária Lina Vieira e à "ruptura" no projeto implantado por ela e sua equipe, que priorizava a fiscalização sobre os grandes contribuintes.

Na carta de exoneração entregue ontem ao substituto de Lina, Otacílio Cartaxo, os demissionários ressaltaram que esperam que a nova gestão do órgão "mantenha e aprofunde a política de fiscalização que vem sendo implementada com foco nos grandes contribuintes" e que "não tolere qualquer tipo de ingerência política".

Cartaxo começou a dar sinais dos novos rumos do órgão na semana retrasada, quando fez uma interpretação favorável da manobra contábil adotada pela Petrobras em meados de 2008. Na gestão de Lina, a Receita soltou nota com entendimento contrário ao da estatal. O episódio serviu de estopim para o governo demitir a secretária.

Na madrugada de sexta-feira, o levante contra Cartaxo ganhou força. Numa reunião em sua casa em Brasília, ele anunciou exonerações e disse aos presentes que, devido a pressões do ministro Mantega, não teria como segurar Henrique Jorge Freitas, o subsecretário de Fiscalização, um dos 12 que entregaram o cargo ontem.

O aviso foi interpretado pelos dirigentes da Receita de que haverá um recuo na política de cerco aos grandes contribuintes -uma marca da curta gestão de Lina Vieira e que gerou, no primeiro semestre deste ano, um recorde de autuações. Lina Vieira foi demitida em 9 de julho. Disse que Mantega comunicou-a de que era uma "decisão de cima" -no organograma do governo federal, o presidente Lula ou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Um mês depois, a ex-secretária confirmou à Folha que havia sido chamada, no final de 2008, para uma reunião a sós com Dilma, em que esta teria pedido para encerrar as investigações sobre os negócios da família do senador José Sarney (PMDB-AC), aliado histórico do governo Lula. A ministra nega a existência do encontro.

Cartaxo, que era braço direito de Lina, assumiu o cargo duas semanas atrás, um dia depois do depoimento no Congresso em que se calou sobre a queda da ex-chefe e anunciou o "novo entendimento" da Receita acerca da manobra contábil usada por grandes empresas -a Petrobras entre elas. Ontem, o "Diário Oficial da União" divulgou a exoneração de dois funcionários de confiança da diretoria. Iraneth Weiler, chefe de gabinete que em entrevista à Folha confirmou a versão de Lina sobre o encontro com Dilma no Planalto, foi uma das dispensadas.

Segundo a Folha apurou, o protesto coletivo de ontem, além de chamar a atenção para a "ruptura", visa a constranger o governo federal e impedir intromissões de natureza política na Receita a pouco mais de um ano das eleições -quando os partidos já se movimentam em busca de doações financeiras.

A Folha tentou sem sucesso ouvir Mantega. No final de semana, o Planalto minimizou a insatisfação dentro da Receita e relacioná-la à "troca natural" de cargos após a saída de Lina.

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Vinho e Finanças comportamentais

Confiança excessiva e crise financeira

Neuro economia estuda como tomamos as decisões

Casais que vivem juntos antes de casar tem mais chance de divorciarem do que aqueles que esperam para viver juntos

Recordando sobre poupança faz os clientes mais propensos a comprar

Valor Adicionado na Espanha

La forma como las empresas distribuyen el valor añadido en sus actividades constituye un aspecto intrínseco de la responsabilidad social corporativa principalmente por tratarse de una cuestión de equidad el reparto de las riquezas en la economía, además de los objetivos de satisfacción de las necesidades de los grupos de interés y otros aspectos. Entre los agentes que actúan para generar esa riqueza, los más susceptibles a sofreír reducciones en ese reparto son los empleados. Por otro lado se busca la maximización de los beneficios para aumentar la remuneración de los propietarios. En ese estudio se busca analizar la distribución del valor añadido entre empresas de España, con enfoque más detenido en la parcela distribuida a los salarios y la destinada a dividendos y reservas.

ANALISIS DE LA RESPONSABILIDAD SOCIAL DE EMPRESAS ESPAÑOLAS PARTIR DE LA DISTRIBUCIÓN DEL VALOR AÑADIDO - Selma Alves Dios (UFF) e Fernando Llena (UNIVERSIDAD DE ZARAGOZA)

Trabalho apresentado no Congresso USP de Contabilidade. A amostra do trabalho é de 25 empresas. O principal resultado do trabalho está na figura abaixo.



Como pode ser notado, a principal forma de distribuição do valor adicionado na Espanha são os salários.