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30 julho 2009

EMH, Finanças Comportamentais e Crise

A crise de 2007 foi devastadora não somente para os bancos, mas também para uma disciplina acadêmica inteira de economia financeira, afirma a The Economist (Efficiency and beyond, 16/7/2009). A idéia que predomina é que os economistas financeiros ajudaram a começar a festa dos banqueiros. Apesar disto, existem defensores da EMH (efficient-markets hypothesis). Myron Scholes, que venceu o Nobel de Economia em 1997 e ajudou a criar a indústria de modelagem financeira - afirmou que "existem modelos e existem aqueles que usam os modelos". Segundo a The Economist, Scholes sabe o que fala: ele participou do Long-Term Capital Management (LTCM), um fundo hedge que faliu em 1998.

Dois trabalhos anteriores, no entanto, já apontavam uma contração nas EMH. Em 1980 Sanford Grossman e Joseph Stiglitz mostraram que se todos os preços refletissem todas as informações disponíveis não haveria incentivos para os investidores. Ou seja, é necessário que o sistema funcione com um pouco de ineficiência.

Mais recentemente, os pesquisadores começaram a investigar as chamadas “institutional frictions” dos mercados. Entre estes pesquisadores, aqueles que se dedicam as finanças comportamentais. O texto destaca o livro de Shiller e Akerlof, Animal Spirits. E o trabalho de Thaler, que afirma que os pesquisadores da área são menos arrogantes.

Mas existe uma convergência entre ambas as teorias já que elas estão perguntando as mesmas questões.

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