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14 julho 2009

Detalhes tão pequenos são importantes

Até que ponto fornecer mais informações para o usuário ajuda ou atrapalha? Esta é uma questão crucial para contabilidade financeira e para o estudo da evidenciação. De uma maneira geral acreditamos que a regra do "quanto mais, melhor" vale para a evidenciação. Mas será que é verdade mesmo?

Existem algumas pistas que mostram que isto pode ser verdade, mas a conclusão não é tão simples assim. O livro Idéias que Colam, de Chip Heath e Dan Heath, tem um relato interessante de uma experiência de dois pesquisadores a Universidade de Michagan, Jonatha Shedler e Melvin Manis (p. 124 e seguintes).

Foi simulado um julgamento onde os jurados eram solicitados a avaliar o mérito de uma mãe que estava pedindo a custódia do seu filho. Neste julgamento fictício, oito argumentos favoráveis e oito contrários a solicitação foram apresentados. Com uma diferença no nível de detalhamento dos argumentos. Num grupo, por exemplo, foi considerado a favor da mãe que ela verificava se o filho tomava banho e escovava o dente antes de dormir. Para outro grupo, informou-se que a criança usava a escova de Guerra nas Estrelas. Ou seja, os detalhes não possuiam relevância para o que estava sendo avaliado.

O surpreendente é que os jurados consideraram os detalhes na avaliação, mesmo que as informações dos mesmos fossem irrelevantes. O texto dos irmãos Heath prosseguem (p. 125-126):

O que devemos aprender com lendas urbanas e com o julgamento da Sra. Johnson? Detalhes claros aumentam a credibilidade. Mas deve-se acrescentar que precisamos saber aproveitar a verdade, os detalhes essenciais. Precisamos identificar detalhes tão convincentes e humanos quanto a "escova de dentes Darth Vader"; porém, mais significativos - detalhes que simbolizem e sustetem nossa idéia essencial.

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