Logo após a chegada dos navegantes portugueses no litoral brasileiro, foram feitos relatos informando que “nessa costa não vimos coisa de proveito, exceto uma infinidade de árvores de pau-brasil” (Carta de Américo Vespúcio para Piero Soderini). Diante disso, o Rei D. Manuel decidiu concentrar os esforços da coroa na conquista da Índia. Esse rei decidiu assinar uma espécie de contrato de aluguel do Brasil para um conjunto de mercadores lusitanos, liderados por um comerciante denominado Fernão de Loronha (mais tarde, Fernando de Noronha). Num outro documento, uma carta escrita em 1506, um comerciante italiano que vivia em Lisboa, fazia os seguintes comentários: “de há três anos para cá, foi descoberta uma terra nova da qual se traz todos os anos 20 mil quintais (ou 1.200 toneladas) de Brasil, o qual é tirado de uma árvore grossa que é muito pesada; mas que não tinge com perfeição em que o nosso do Levante (ou seja, Oriente). Não obstante, despacha-se muito do referido brasil para Flandes, e para Castela e Itália e muitos outros lugares; o qual vale 2,5 ducados o quintal. O referido brasil foi concedido a Fernão de Loronha, cristão-novo, durante dez anos por este Sereníssimo rei, por quatro mil ducados ao ano; o qual Fernão de Loronha manda em viagem todos os anos à dita Terra Nova os seus navios e homens, a expensas suas, com a condição que este Sereníssimo rei proíba que daqui em diante se extraia da Índia. O qual brasil em Lisboa lhe fica com todos as despesas por meio ducado o quintal; na qual terra há bosques inteiros deste brasil.” Com base nessas informações, apure o lucro líquido anual em ducados, obtido pelos comerciantes portugueses.
Fonte: SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto. Contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2009, p. 66.
Resposta do Anterior: Planejamento – Capital – Holanda – pensões – gestora – projeto – passivo – sistema – empenho – eventos – receita – revisão
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