Num texto para o The Canadian Press, Gary Norris lança algumas questões interessantes sobre a convergência internacional. Em International Financial Reporting Scandal? New accounting not to every taste (30/5/2009) o autor apresenta dúvidas para os supostos benefícios da adoção mundial da IFRS.
A filosofia baseada em princípios, apregoada pelo Iasb como uma vantagem, pode dar origem a manipulações contábeis diversas para empresários sem ética. Mas Norris faz questão de destacar que a IFRS apesar dos benefícios duvidosos para investidores e empresas, um forte terá muitas vantagens no processo: as grandes empresas de contabilidade, em especial as Big Four. Estas empresas, Norris lembra, contribuem com um terço do financiamento do Iasb. Um terço.
Norris cita, de forma interessante, o pesquisador Ray Ball, da Universidade de Chicago e editor do Journal of Accounting Research, talvez o periódico contábil de maior prestígio na área acadêmica. Ball indaga que a uniformidade na existência humana é uma exceção, não a regra: temos dois tipos de corrente elétrica, duas unidades de medidas (milhas e quilômetros), dois lados possíveis para dirigir numa estrada (esquerda ou direita).
Além disto, Ball destaca que as forças políticas são locais – não internacionais. Adverte que a implementação e execução pode gerar dificuldades, inclusive aumento de custos da informação.
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