Heurística II - fazendo a pergunta correta
(...) A polêmica a que me referi no início dessa série refere-se a um questionamento levantado por Gerd Gigerenzer e Ralph Hertwig em The conjunction fallacy revisited: how intelligent inferences look like reasoning errors. Os autores perguntam até que ponto esse seria realmente um erro de julgamento ou se talvez o experimento teria sido mal-formulado. (Note que tal crítica é dirigida a Kahneman, Prêmio Nobel de Economia em 2002.)
Para eles, ao usar lógica matemática como base para determinar se julgamentos são racionais ou irracionais ignora-se o contexto do problema - o que pode ocasionar falhas de interpretação. O cerne da questão reside, segundo Gigerenzer e Hertwig, na interpretação do termo "provável". Sem uma clara definição da pergunta, o entrevistado pode buscar o que é mais "sensato", "crível", "freqüente", "plausível" ou "evidente".
(...) A lição que tiro disso tudo é que deve-se tomar cuidado com a forma como obtemos as respostas. Muitas vezes não temos as perguntas adequadas - como no caso de Linda - ou a forma como as fazemos interferem na resposta - como no caso dos pais.
07 maio 2009
Heurística
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