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11 maio 2009

Bancos

Os dois especialistas veem com muita desconfiança o "teste de estresse" feito pelo governo americano para verificar como os bancos resistiriam a uma piora do cenário econômico.

Esse teste foi feito nos 19 maiores bancos do país.

Os resultados foram divulgados na última sexta-feira. As instituições financeiras estudadas precisarão levantar quase US$ 75 bilhões no mercado, mas nenhuma delas corre risco de insolvência. Eichengreen e Rajan dizem que o teste não foi suficientemente rígido. E que o buraco financeiro dos bancos deve ser ainda maior. "O resultado do teste forneceu respostas às perguntas formuladas. Mas a questão central é: foram feitas as perguntas corretas?"

Segundo Rajan, é muito arriscado definir parâmetros para "testes de estresse". Isso porque, se os critérios forem exageradamente flexíveis e se mais ativos podres surgirem na contabilidade dos bancos, um novo ciclo de instabilidade poderá atingir os mercados.

Para Eichengreen, a capitalização do sistema financeiro foi incompleta. "Houve uma melhora desde a quebra do Lehman Brothers. Não existe mais insolvência generalizada nem risco de nacionalização. Mas os bancos não estão adequadamente capitalizados."


Retomada será pífia, dizem economistas
Folha de São Paulo - 10/5/2009

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