(...) No entanto, recrutar voluntários para iniciativas com fins lucrativos pode criar problemas. Durante séculos, os seres humanos aprenderam a distinguir duas economias: a social e a de mercado. Os convidados para um jantar, por exemplo, satisfazem as obrigações sociais levando aos seus anfitriões uma garrafa de vinho. Mas Dan Ariely, professor de economia comportamental da Fuqua School of Business da Duke University e autor do livro "Previsivelmente Irracional: Como as Situações do Dia-a-Dia Influenciam Nossas Decisões", diz que seria uma intromissão chocante da economia de mercado se os convidados levassem aos anfitriões um cheque, em vez do vinho.
Os administradores que trabalham na economia da mão-de-obra gratuita precisam ter esses dois mundos em mente. Recrutar trabalhadores apelando para seu lado social e invocando sua generosidade ou espírito comunitário, para depois ganhar dinheiro em cima deles, pode desencadear uma reação adversa. Isso pode manchar suas reputações na mesma velocidade que um voluntário furioso leva para atualizar seu blog. "Trata-se de uma linha muito delicada", diz Ariely, "e o ambiente de trabalho moderno está bem no meio." (...)
(Tradução de Mário Zamarian) Onde ninguém trabalha por dinheiro
12/2/2009 - Valor Econômico
13 fevereiro 2009
Voluntários em fins lucrativos
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