Além disto, as investigações também mostram que a semelhança com a Enron está talvez somente na grandeza dos valores. Tudo leva a crer que os problemas contábeis da empresas eram mais graves e envolviam inclusive a criação de lançamentos contábeis.
(...) Em setembro, senhor Mukherjea [analista do Noble Group, um banco britânico de investimento] usou um modelo computacional para examinar as 500 maiores empresas abertas com sinais de manipulação contábil. Ele encontrou que mais de 20% delas estavam potencialmente engajadas em contabilidade agressiva, mas Satyam não estava na lista.
Isto porque as telas automatizadas que analistas como o Sr. Mukherjea usam para obter sinais de fraude começa pela busca de grandes discrepâncias entre os lucros reportados e fluxo de caixa. No caso da Satyam, o dinheiro parece acompanhar o ritmo com os lucros.
Mas Kawaljeet Saluja, um analista de Kotak Securities, um banco de investimento indiano, avistou um fenômeno enigmático. De dezembro de 2006 a setembro de 2008, os depósitos bancários da empresa indiana mantiveram-se mais ou menos plano. Mas durante este período a parte do dinheiro mantido em contas correntes, o que permite fácil acesso ao dinheiro, mas ganham poucos juros, aumentou mais de sete vezes.
Sr. Saluja questionou à administração da empresa durante uma conferência telefônica setembro. O ex-diretor financeiro da Santyam, Vadlamani Srinivas, disse que o dinheiro iria em breve ser transferido para contas de alto rendimento. (...)
In India, Clues Unfold To a Fraud's Framework - JEREMY KAHN; 27/1/2009 - The New York Times - Late Edition – Final - 1
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