Nos últimos dias decisões de executivos do Citigroup foram manchetes nos principais jornais e blogs. Este grupo financeiro, que recebeu bilhões de dólares de ajuda do governo dos EUA, estava comprando um novo jato corporativo por 50 milhões de dólares. (vide, por exemplo, em No jets for Citigroup after all, Izabella Kaminska, 27/1/2009). O banco inicialmente insistiu que manter a compra era menos caro do que cancelar a ordem. O jato, um Dassault-Falcon-7X less, representa 0,1% da ajuda recebida, mas possui um valor simbólico (assim como foi simbólico a ida de executivos das montadoras ao Congresso dos EUA de jato particular para pedir dinheiro dos contribuintes).
A favor do banco, além do montante pouco expressivo, existem dois fatores. Em primeiro lugar, a venda de dois jatos antigos, por cerca de 27 milhões cada. Em segundo, o contrato foi assinado em 2005 como parte de um plano para reduzir o número de aeronaves e usar equipamentos mais eficientes.
Entretanto, o simbolismo falou mais alto e o Citi desistiu do negócio (Citi Reverses Course on $50 Million Jet, 27/1/2009).
O jornal Valor Econômico (Geithner obriga Citi a cancelar compra de jato, 28/1/2009) afirma que a decisão foi de Tim Geithner, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Segundo o jornal, Tim forçou o Citi a desistir da compra. E que o banco deverá pagar 4 milhões de dólares de multa pelo cancelamento da encomenda.
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