
Fonte: Aqui
Sobre débitos e créditos da vida real
Finalmente, a política de investimento, sobretudo das grandes corporações, em algum momento terá de ser compartilhada pelos proprietários do capital e os proprietários da força de trabalho. A contratação de trabalhadores e a compra de máquinas tanto podem ser vistas como custos ou investimentos. É uma concepção atrasada contabilizar uma como custo e outra, como investimento. Essa escrituração faz parte de uma visão primitiva do desenvolvimento do capitalismo, que pode haver sido responsável por algumas das crises dessa fase histórica.
Wanderley Guilherme dos Santos, membro da Academia Brasileira de Ciências, escreve quinzenalmente neste espaço - Por um capitalismo moderno em 2010 – 30/1/2009 - Valor Econômico
(...) Mas o OneUnited viu a maior parte de seu capital evaporar. Além disso, estava sob ataque dos reguladores por causa das más práticas de empréstimos e dos salários excessivos dos executivos, inclusive a compra de um Porsche para uso de um deles.
Apesar disso, em dezembro o OneUnited conseguiu uma injeção de US$ 12 milhões dos US$ 700 bilhões do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, Tarp, financiado pelo Tesouro. (...)
Lobby pode ter influenciado ajuda do Tarp - Damian Paletta e David Enrich, The Wall Street Journal - 28/1/2009 - The Wall Street Journal Americas - 1
(...) É perfeitamente possível dentro deste estilo de Alice no País das Maravilhas para um banco para ter prejuízos, mesmo quando os mutuários estão em boas condições. Um exemplo disso ocorreu na semana passada quando State Street, um banco americano, constatou que os valores dos ativos fora de balanço haviam caído de US $ 3 bilhões (£ 2,1 bilhões) para uma (ainda não realizada) perda total de US $ 6,3 bilhões - mais de US $ 9 bilhão do valor do acionista foi perdido em um dia. Importante, contudo, o banco notou que todos os ativos fora de balanço afetados foram os atuais juros e principal e que não tinha sido realmente um centavo perdido. O que então melhor capta a realidade; os US $ 6,3 bilhões que os contadores dizem foi perdido ou a medida perda nula sofrida pelo banco, ou algum outro resultado?
Claramente, os contadores acreditam que o preço de mercado é a melhor aproximação dos resultados reais. Na exploração desta crença, eles são involuntariamente subscrevendo a teoria do mercado eficiente, que afirma que os preços correntes incorporam tudo o que é conhecido e, portanto, é o melhor estimador do valor intrínseco.
Infelizmente para os contadores, esta teoria é amplamente desacreditada.
Why this Alice in Wonderland accounting must be changed - Jeremy Hosking – 27/1/2009 - The Times – 1 - 52
(...) Se você acha que contabilidade é simplesmente uma maneira de gravar números, pense novamente. Contabilidade é uma arte extremamente conceitual em que muito objetivos prioritários competem. E como em política, a aparência é muitas vezes a mesma coisa que a realidade. A condição financeira de uma empresa pode parecer forte ou fraca, dependendo da teoria da contabilidade que é utilizado para avaliar os seus ativos.
Resposta do anterior
Deskjet S/A – serviço – 50%
Speaker S/A – comércio – 40%
Solid Ltda – indústria – 10%
Plenna Ltda – banco – 20%
Publicação de balanço de limitadas provoca dúvidas
Gazeta Mercantil - 29/1/2009
Uma liminar da Justiça Federal de São Paulo está provocando dúvidas entre empresários e aumentando o movimento nos escritórios de advocacia. A juíza da 25ª Vara Federal Cível da Terceira Região (São Paulo), Maíra Felipe Lourenço, suspendeu entendimento do Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que considerava facultativa a publicação de balanço pelas sociedades limitadas. Já a decisão judicial prevê que empresas limitadas de grande porte - ou seja, que tenham ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões - terão que seguir as regras contábeis aplicáveis às sociedades anônimas e estão obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras no Diário Oficial e em jornal de grande circulação. A União já recorreu e aguarda a apreciação do recurso. Enquanto isso, empresários têm dúvidas. Para especialistas, medida pode atingir, também, limitadas de pequeno porte.
"Até o momento, não existe uma definição clara quanto à obrigatoriedade de publicação de balanços por parte das limitadas de grande porte", afirma a advogada Ana Marta Cattani de Barros Zilveti, do escritório Zilveti e Sanden Advogados. "Temos recebido muitas consultas de clientes sobre essa decisão judicial e ainda está tudo indefinido", comenta a advogada Cristiane Cordeiro von Ellenrieder, do mesmo escritório. As advogadas afirmam que mesmo as empresas que não se enquadram na determinação judicial podem ter problemas na hora de registrar seus atos na Junta Comercial. "A dúvida é saber como é que a Junta vai fazer no caso das limitadas de pequeno porte. Para provar que elas são de pequeno porte terão que apresentar o balanço para a Junta?", questiona Ana Marta Zilveti.
"A Junta Comercial pode pedir a confirmação do faturamento da empresa para saber se ela teria que ter publicado ou não o seu balanço. Mas ainda é cedo para saber como vão fazer", diz a advogada Gyedre de Oliveira, do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados. "Eles (as Juntas Comerciais) devem pedir o balanço para confirmar o faturamento, mas a questão é saber se as juntas terão funcionários suficientes para fazer essa verificação", complementa Gyedre. "O DNRC tinha dado uma orientação clara para as juntas, que estava sendo seguida pelas empresas. Hoje há uma incerteza do que vai prevalecer", comenta o advogado Fábio Ulhoa Coelho.
Recurso
Segundo os advogados, muitos clientes têm procurado seus escritórios com dúvidas sobre a publicação de balanço pelas limitadas e sobre a possibilidade de recorrer à Justiça contra a exigência da publicação do balanço para o registro dos atos na Junta. Mas para a advogada Gyedre, do Souza, Cescon, essa não é uma decisão tão simples. "As empresas têm o direito de contestar judicialmente, mas isso pode não ter efeito prático", diz Gyedre. "Ao exigir a publicação do balanço, a Junta Comercial está cumprindo um ofício do DNRC, que está cumprindo uma decisão judicial. Vai ser difícil para a empresa conseguir uma decisão contra a decisão judicial", comenta a advogada.
Para Gyedre, as empresas devem aguardar o andamento da ação judicial que determinou a publicação do balanço. Caso a decisão seja mantida, as empresas têm até o final de abril para publicarem seus balanços. Para Ulhoa Coelho, as empresas devem dar entrada nos registro dos seus atos societários mesmo sem a publicação do balanço e se a Junta Comercial não der o registro pela falta do balanço a empresa deve recorrer à Justiça. "A decisão judicial não quer dizer que a junta vai exigir a publicação do balanço, apesar do DNRC ter dado uma orientação clara para as juntas", diz o advogado.
Os especialistas comentam que não há uma penalidade contra as sociedades que deixarem de publicar seus balanços. Mas elas podem ter problemas para conseguir financiamentos ou para participar de licitações, por exemplo. "Do ponto de vista social e econômico, é importante a publicação dos balanços. Mas do jurídico, não há essa determinação e esse era o entendimento do DNRC", diz Gyedre.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Gilmara Santos)
Jornal britânico aponta os 25 culpados pelo colapso global
28 January 2009
Gazeta Mercantil
São Paulo, 28 de Janeiro de 2009 - "A pior crise econômica desde a Grande Depressão não é um fenômeno natural, e sim um desastre fabricado pelo homem no qual todos tiveram a sua participação". Com essa explicação, o jornal britânico The Guardian publicou ontem em seu site na internet o resultado de uma pesquisa realizada por editores e repórteres, selecionando as 25 principais pessoas que estiveram ativamente no centro da atual crise (e "outras seis que sabiam o que ia acontecer"). (...) A relação traz dois presidentes de bancos centrais, quatro políticos, 15 banqueiros e representantes de Wall Street, e quatro na categoria "outros", que inclui até mesmo os cidadãos norte-americanos, "pois deveriam saber que estavam tomando emprestado mais dinheiro do que poderiam reembolsar."
O primeiro da lista é Alan Greenspan, o ex-presidente do Fed (de 1987 a 2006) que deu seu apoio aos empréstimos subprime, mas antes era reverenciado como "oráculo" ou o "maestro".
Segundo a pesquisa do jornal britânico, ele é encarado como um dos maiores culpados pela crise, por ter defendido durante muitos anos os florescentes negócios com derivativos - praticamente inexistentes quando assumiu no Fed, mas que passaram de US$ 100 trilhões em 2002 para mais de US$ 500 trilhões cinco anos mais tarde. (...)
Outro dos culpados, segundo a pesquisa do Guardian é o presidente do Banco Central da Inglaterra, Mervyn King, que assumiu seu cargo quando a economia britânica atravessava uma fase tranquila. Diz o diário que ele deveria ter percebido a aproximação da bolha imobiliária e entrado em ação.
Os políticos também
Com os culpados separados por categorias, vêm a seguir a relação de políticos, encabeçada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Ele reforçou a lei para reinvestimento comunitário para forçar os fornecedores de crédito hipotecário a liberalizar suas normas a fim de permitir que pessoas com menos recursos pudessem solicitar créditos imobiliários.
O atual primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, também não escapa e é responsabilizado por "colocar os interesses da City à frente dos de outros setores da economia, tais como a indústria".
O ex-presidente dos EUA, George W. Bush, é criticado por não ter feito nada para colocar um freio nos créditos subprime que a legislação de Clinton favoreceu. Também nada fez para controlar Wall Street com regulamentação, embora seja de sua administração a Lei Sarbanes-Oxley (após o escândalo da Enron). Ainda entre os políticos, entra o ex-senador pelo Texas, Phil Gramm, que foi um ardente defensor da desregulamentação financeira. (Em 2001, ele disse em um debate no Senado: "alguns olham para o subprime como o mal. Eu olho e vejo o sonho americano em ação.").
A mais concorrida
A categoria com o maior número de integrantes é a de banqueiros e representantes de Wall Street, nas quais aparece Abby Cohen, principal estrategista do Goldman Sachs, "um otimista incorrigível", substituído em março passado. Depois vem Kathleen Corbett, ex-principal executiva da Standard & Poor's, "Hank" Greenberg, do grupo AIG, que mesmo depois de receber ajuda do governo, pagou luxuosas viagens a seus executivos; Andy Hornby, ex-presidente do HBO - pelas decisões erradas na fusão com o Halifax; Sir Fred Goodwin, ex-presidente do RBS, um dos empresários favoritos de Gordon Brown; Steve Crawshaw, ex-presidente da Bradford & Bringley ; Adam Applegarth, ex-presidente do Northern Rock; Dick Fuld, principal executivo do Lehman Brothers; Ralph Cioffi e Matthew Tannin, do Bear Stearns (indiciados por fraude); Lewis Ranieri, do falido Franklin Bank Corp.: Joseph Cassano, da AIG; Chuck Pince, ex-presidente do Citi; Angelo Mozilo, do Countrywide Financial; Stan O'Neal, ex-presidente do Merryl Lynch e Jimmy Caine, do Bear Steans
Gastar além da conta
Na categoria "outros", entram o democrata Christopher Dodd, presidente da comissão bancária do Senado; Geir Haard, primeiro-ministro da Islândia (que esta semana anunciou sua saída); e os norte-americanos: "se eles tivessem simplesmente se dado conta de que estavam tomando empréstimos que não teriam condições de pagar, talvez não estivéssemos nessa confusão".
Por último, o jornal acrescenta seis outros que "sabiam o que iria acontecer": John Tiner, principal executivo da Financial Services Authority, da City londrina; Andrew Lahde, presidente de um fundo de hedge; John Paulson, também presidente de um fundo de hedge; o professor Nouriel Roubini, que em 2006 já avisava da chegada da crise e se mantém pessimista; Warren Buffett, investidor (em outubro passado disse que havia começado a comprar ações de novo); George Soros, especulador; Stephen Eismann, gerente de fundos de hedge e Meredith Whitney, da Oppenheimer Securities.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(Redação)
A Comissão Européia anunciou ontem que irá alocar 36,2 milhões de euros (47,8 milhões de dólares) por um período de 3 anos para três comitês – conhecidos como CEBS, CEIOPS e CESR – que fazem a supervisão dos bancos, seguros e indústria de valores mobiliários da CE.
Financial regulators to receive €36.2m - Nikki Tait & Jennifer Hughes - 27 January 2009 - Financial Times
Asia Ed1 - 16
Para a realização do Fórum Social Mundial, em Belém (PA), de 27 de janeiro a 1 de fevereiro, o governo Lula resolveu investir R$150 milhões em infraestrutura. Este é um claro exemplo de como a administração pública brasileira é perdulária, dando a impressão de que é necessário inventar gastos, mesmo que supérfluos, para agradar a empreiteiras, fornecedores e outros apaniguados. (...) Para justificar esses R$150 milhões, o governo Lula afirma estar investindo na segurança sexual dos participantes, adquirindo, entre outras coisas, 600 mil preservativos, para serem distribuídos no Acampamento da Juventude, que abrigará 20 mil jovens que estarão no evento. Afinal, essa rapaziada vai para Belém participar do Fórum Social Mundial ou o quê? Consideram-se dez mil casais, cada par terá direito a 12 camisinhas por dia. Ufa!
Fórum social – 28/1/2009 - O Globo – 6 (seção de cartas)
As companhias européias poderão se ver obrigadas a provisionar um montante recorde de US$ 212 bilhões depois de pagar a mais nesta década por compras que efetuaram, o que fará com que os investidores sofram mais perdas depois do pior ano para a renda variável desde 1937. AAlcatel-Lucent e aTelecom Italia são algumas das empresas no índice Dow Jone Stoxx 600 cujo valor de mercado caiu abaixo do ágio - o item no balanço que reflete o pagamento além do valor contábil em uma aquisição, segundo dados compilados pela Bloomberg News. Ainda que o ágio passe praticamente despercebido nos mercados com tendências de alta, os reguladores contábeis exigem que seja descontado dos lucros quando a queda nos preços das ações mostra que os negócios adquiridos valem menos.
Ágio supera valor de mercado de empresas
27/1/2009 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Bloomberg News - Com Redação, de São Paulo)
(...) Em setembro, senhor Mukherjea [analista do Noble Group, um banco britânico de investimento] usou um modelo computacional para examinar as 500 maiores empresas abertas com sinais de manipulação contábil. Ele encontrou que mais de 20% delas estavam potencialmente engajadas em contabilidade agressiva, mas Satyam não estava na lista.
Isto porque as telas automatizadas que analistas como o Sr. Mukherjea usam para obter sinais de fraude começa pela busca de grandes discrepâncias entre os lucros reportados e fluxo de caixa. No caso da Satyam, o dinheiro parece acompanhar o ritmo com os lucros.
Mas Kawaljeet Saluja, um analista de Kotak Securities, um banco de investimento indiano, avistou um fenômeno enigmático. De dezembro de 2006 a setembro de 2008, os depósitos bancários da empresa indiana mantiveram-se mais ou menos plano. Mas durante este período a parte do dinheiro mantido em contas correntes, o que permite fácil acesso ao dinheiro, mas ganham poucos juros, aumentou mais de sete vezes.
Sr. Saluja questionou à administração da empresa durante uma conferência telefônica setembro. O ex-diretor financeiro da Santyam, Vadlamani Srinivas, disse que o dinheiro iria em breve ser transferido para contas de alto rendimento. (...)
In India, Clues Unfold To a Fraud's Framework - JEREMY KAHN; 27/1/2009 - The New York Times - Late Edition – Final - 1
Restrita a cheque e dinheiro, venda da Casa & Vídeo cai
26/1/2009
Valor Econômico
Passados dois meses da prisão dos dois proprietários, acusados de crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas, contrabando, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, a rede de varejo popular Casa & Vídeo tenta sobreviver. Com as contas bancárias bloqueadas, dívidas de pelo menos R$ 100 milhões em impostos e de R$ 40 milhões à Previdência Social, a rede só recebe em dinheiro vivo ou em cheque.
As vendas a prazo se limitam a um crediário próprio cujas parcelas precisam ser pagar em dinheiro nas lojas. Com a dificuldade de oferecer a venda parcelada, um de seus principais atrativos, as vendas caíram de 10% a 15% nos meses de novembro e dezembro, segundo o novo presidente da empresa, o consultor Fernando Luzio, que já havia auxiliado a elaborar o plano estratégico da rede em 2004.
(...) Luzio prepara um plano de reestruturação que prevê cortes de funcionários e a possibilidade de fechamento das lojas menos rentáveis. "É absolutamente natural que nesse momento esteja, sim, sendo estudada a possibilidade de se fechar. Não está definido ainda", disse Luzio. "Se fecharmos lojas, serão pouquíssimas."
Outra estratégia de sobrevivência será a adoção de uma oferta menor de produtos, privilegiando os com margens de lucro maiores. Com as contas bloqueadas pela Justiça, a empresa tem sofrido dificuldades para pagar os fornecedores. Alguns deles desistiram de fazer negócios com a rede, mas outros mantiveram os contratos e facilitam prazos e preços, segundo o consultor.
(...) As demissões ainda não estão definidas, mas devem acontecer diante da situação crítica. Em carta enviada ao Sindicato dos Comerciários do Rio, a empresa informa que pretender cortar 1.668 funcionários no Rio entre os 6 mil que possui em toda a rede. Neste mês, já foram demitidos 400 empregados, mas segundo a direção, foram apenas os contratados temporariamente para as vendas de Natal. (...)
Evidenciação
O Grupo Pão de Açúcar deixa de divulgar as vendas mensais a partir deste mês, abandonando uma prática adotada há anos pela varejista. Analistas consideram que a falta de transparência será prejudicial, por deixar os investidores no escuro até a publicação de um relatório prévio, com as vendas trimestrais.
(...) Por ser a única rede de supermercados do país com as ações negociadas na bolsa, o Pão de Açúcar também se vê em desvantagem em relação aos seus concorrentes estrangeiros no país, cujas informações financeiras não são abertas ao público. O Wal-Mart divulga apenas as vendas brutas no Brasil, uma vez por ano, para a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A decisão de não mais publicar as vendas mensais foi manifestada pelo Pão de Açúcar ainda durante a divulgação dos resultados financeiros do terceiro de trimestre de 2008. "Essa mudança no processo de comunicação tem por objetivo diminuir a volatilidade das ações, provocada pelo foco excessivo do mercado sobre a performance de curto prazo de vendas, garantindo maior alinhamento das estimativas de mercado com o "guidance" de crescimento das vendas da companhia, em base anual", justificou a administração do grupo. A varejista publicará um boletim com as vendas trimestrais antes das demonstrações financeiras.
Pão de Açúcar deixa de apresentar vendas mensais
26/1/2009 - Valor Econômico
CVM determina que Perdigão reverta baixa de ágio da Eleva
23/01/2009
Valor Econômico
A Perdigão terá de refazer e republicar os balanços trimestrais de 2008 para reverter a amortização integral do ágio de aquisição da Eleva, feita no balanço de junho. A decisão foi tomada pela superintendência de relações com empresas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e enviada à companhia no dia 16. A Perdigão recorrerá desta decisão.
(...) O ofício da CVM, além de pedir a reversão da amortização integral do ágio, determina que a companhia corrija a forma como contabilizou e evidenciou o ágio da Eleva, separando o valor em duas contas diferentes - conforme instruções do regulador que tratam do tema. Como efeito prático, é possível que o ágio passível de ser amortizado para fins de economia fiscal seja reduzido.
A diferença entre o valor patrimonial de uma companhia adquirida e o preço de aquisição é costumeiramente tratado integralmente como ágio. Foi o que fez a Perdigão com a Eleva e o que boa parte das empresas faz nas aquisições.
Na contabilidade e nas regras da CVM, porém, o ágio é apenas o adicional pago em transações fruto da expectativa de rentabilidade futura. É somente esse adicional que pode ser amortizado para economia tributária.
Eventual saldo que venha da diferença entre o valor contábil e a avaliação de mercado da companhia adquirida deve ser considerada como mais-valia e registrada como ativo. Nesse caso, o ativo da companhia compradora aumenta, ampliando a valor de sua depreciação na mesma proporção.
Assim, a diferença entre o valor de livros e o preço pago numa aquisição pode - e deve - ser dividido em dois. Uma parte que reflete o saldo ante o valor de mercado, que significa apenas um aumento do ativo da companhia. E a parcela que é o ágio de fato, fruto da estimativa de lucros futuros com o negócio adquirido.
Normalmente, a amortização desse ágio ocorre ano a ano na mesma proporção que o resultado esperado é gerado. Segundo as regras, a amortização deve ser feita num intervalo de cinco a dez anos.
Somente seria justificável que fosse feita a baixa numa única parcela se o motivo da expectativa de lucro futuro deixasse de existir ou ocorresse de forma antecipada (pela venda, por exemplo). Mas não foram esses os motivos da Perdigão.
A empresa alegou, durante as conversas com a CVM, que optou por lançar tudo numa única vez porque integrou os ativos da Eleva na atividade da Perdigão de forma que, a partir de então, tornava-se inviável apurar o desenvolvimento do saldo do ágio separadamente. (...)
Forma de apresentar informação pode fazer diferença
22/01/2009
Valor Econômico
Quando, em meio à maior crise financeira das últimas décadas, você escuta o ministro da Fazenda dizer que os bancos brasileiros não vão quebrar, o que vem à cabeça? Para muitos, soa como alarme: "Se se está falando nisso, é porque tem perigo! Onde há fumaça, há fogo." Por via das dúvidas, grandes bancos anteciparam a exposição dos balanços tranqüilizando clientes e mercado sobre sua saúde financeira.
A maneira de apresentar informações pode fazer diferença sobre como elas serão captadas. Os psicólogos econômicos Kahneman e Tversky chamaram isso de "framing effects" - como no enquadramento de uma foto, privilegiar uma porção da cena, deixando-se de lado o restante. Em 2008, antes da completa deflagração da crise financeira nos EUA, um pesquisador chamou a atenção para o fato de o dinheiro que o governo Bush distribuiu à população para tentar reativar a economia pelo consumo poderia não ter sucesso. Denominado "rebate", o termo é associado à devolução do imposto de renda, que dispara reação de poupar entre os contribuintes. Para ele, deveria vir com o nome "bônus" para que as pessoas se sentissem inclinadas a gastá-lo.
Pouco a pouco, conhecimentos gerados pela psicologia econômica e economia comportamental começam a ser incluídos na agenda de debates de governos e gestores, ou "policy-makers". Em períodos de crise, com a necessidade imperiosa de se buscar explicações e soluções, todos se voltam mais facilmente para a esfera psíquica, sobretudo ao componente emocional, tão inegavelmente poderoso sobre os movimentos de investidores e autoridades.
Já tínhamos exemplos ao redor do mundo. Em 2005, o economista comportamental Peter Earl elaborou detalhado relatório para o governo neozelandês com apresentação da disciplina, diagnóstico e recomendações de medidas psico-econômicas para favorecer o desenvolvimento do país.
Nos EUA, o também economista comportamental Richard Thaler, que integra a equipe de assessores de Barack Obama, e o advogado Cass Sunstein, bolaram um engenhoso programa, já adotado em alguns estados, para aumentar as contribuições previdenciárias. Por meio de uma simples mudança na apresentação das alternativas disponíveis, eles melhoraram a adesão a planos de pensão. Como alternativa padrão, aparece agora aquela que, automaticamente, faz o funcionário aumentar suas contribuições ao plano na mesma proporção dos aumentos salariais, no lugar de lhe deixar como opção-padrão ter que pensar e decidir cada vez que o salário subisse, decisão sempre suscetível às tentações de usar aquele extra para consumo. A medida obteve expressivo crescimento dos índices de contribuição e integra o cardápio do chamado "paternalismo libertário", que ao lado de induzir à escolha mais favorável - para o funcionário, que deseja ter aposentadoria confortável mais tarde, mas tem dificuldade para controlar seus impulsos consumistas agora -, mantém-se a liberdade de recusá-la e ficar com outras opções.
Para Thaler, essa perspectiva seria necessária já que, se deixados por conta própria, agimos todos como "Homer Simpson", o personagem do desenho animado que dispensa comentários... Aliás, vale anotar que a tradução do ótimo "Nudge", ou "empurrão", livro em que eles discutem essas propostas, saiu há pouco pela Campus/Elsevier). A crise atual só fez aumentar o interesse pelos fatores psíquicos. Abre-se caminho, portanto, para incluirmos este conhecimento na agenda dos "policy-makers", com o intuito de contribuir para decisões mais acertadas por parte da população.
No Brasil, muitas áreas poderiam ser alvo desse debate com a inclusão de variáveis psicológicas, tais como o esclarecimento da população em geral sobre a economia, o funcionamento psíquico e as inúmeras ciladas que nossa própria mente nos prega. Poderiam, ainda, ser debate no campo das microfinanças (decisões financeiras de populações de baixa renda) e meio-ambiente e sustentabilidade (recursos naturais são também bens finitos, envolvendo, portanto, decisões psico-econômicas). Poderiam também evitar a atração por golpes e a vulnerabilidade a tombos financeiros entre investidores, sem falar na evolução do Bolsa-Família rumo à autonomia e orientação sobre o uso do crédito consignado e de qualquer outra natureza.
Vera Rita de Mello Ferreira "Psicologia Econômica" e "Decisões econômicas - você já parou para pensar?"
Na semana passada, a Sra. Schapiro foi solicitado a sua opinião sobre a mudança para as IFRS em sua nomeação audiência pelo senador Jack Reed. Ela disse que iria "proceder com grande cautela" e não seria obrigada pelo roteiro. Ela também levantou os custos da transferência das regras, para o qual ela disse que tinha visto estimativas de US $ 30 milhões por empresa.
Contabilidade em geral está prestes a tornar-se política.
Houve murmúrios deste último ano, com os senadores dos EUA e os líderes europeus fazendo perguntas sobre o "valor justo" contábil, onde marcação de ativos a preços correntes de mercado tem dizimado os balanços dos bancos. (...)
Estas questões são todas muito pertinentes e vai significar muito mais para a ribalta da contabilidade.
IFRS set to turn political as SEC unfolds its roadmap, Jennifer Hughes, 22/1/2009, Financial Times, Asia Ed1,
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Algumas empresas estão aumentando o valor dos planos de aposentadoria para os executivos, usando uma fórmula generosa para converter a pensão num único pagamento.
A prática, desconhecida até a mudança na exigência de evidenciação, pode aumentar o valor da pensão de um CEO de 10 a 40%, aumentando em milhões de dólares o valor. Os montantes adicionais nem sempre estão refletidos na contabilidade, devido a complexidade das regras.
A lista inclui executivos da Dun & Bradstreet, Hartford Financial, McKesson, PPG Industries, United Technologies, Texas Instruments e U.S. Steel, conforme exame dos relatórios financeiros pelo Wall Street Journal.
Pensões normalmente são pagas em parcelas, ao longo da vida de um funcionário aposentado. Mas muitos executivos preferem obter as suas pensões de uma só vez, em parte para evitar o risco de perder o benefício se a empresa falir depois. (...)
How Some Firms Boost the Boss's Pension, Mark Maremont, 23 January 2009, The Wall Street Journal, A1
Os balanços completos das companhias são compostos por várias peças, o que inclui notas explicativas e o relatório de revisão. Neste último, o auditor dá sua opinião sobre a qualidade das demonstração de resultados da empresa diante das regras e práticas contábeis em vigor.
Trabalho dos auditores nas notas também será averiguado pela CVM - 23/1/2009 - Valor Econômico
A idéia por trás das finanças quantitativas é gerir o risco. Você ganha dinheiro tomando riscos conhecidos e protegendo o resto. E nesta queda de taxas de câmbio, de taxas de juro e títulos os modelos de derivativos têm comportado até agora como deveriam.
Em contrapartida, a modelar a história é perigoso. Não havia nenhuma garantia que o futuro seria como o passado, se só porque o mercado imobiliário americano nunca haviam sido impulsionadas por um frenesi de CDOs. Em qualquer caso, não existem dados suficientes da habitação no passado para formar um rico panorama estatístico do mercado (...)
Mathematical models are a powerful way of predicting financial markets. But they are fallible
Como a economia comportamental difere da economia tradicional?
Economia comportamental e economia tradicional estão interessadas em assuntos similares, isto é, as escolhas que as pessoas fazem; o efeito dos incentivos; o papel da informação; etc. Entretanto, o ponto de partida para os economistas comportamentais e' como as pessoas comportam, quase sempre em ambiente controlado de laboratório, que conduz a diferentes conclusões sobre a lógica e a eficácia de muitas coisas, incluindo aposentadorias, economias e saúde.
O mercado não corrige os erros do consumidor?
Por que o mercado corrigiria os erros em lugar de agravá-los? Economistas comportamentais argumentam que muitas pessoas podem fazer os mesmos erros e isto ira agregar no mercado. Pegue a crise do subprime, por exemplo. Neste caso, muitas pessoas fizeram o mesmo erro e o mercado trabalhou para fazer com que a agregação dos erros fosse pior.
Então nós somos irracionais e fazemos decisões arriscadas baseadas na ganância?
Somos falíveis, facilmente confundidos, não tão espertos e muitas vezes irracionais. Nós somos inovadores, criativos e adaptáveis. Por exemplo, nós desenhamos cadeiras, calçados e carros para complementar e melhorar nossas capacidades físicas. Se tomamos as mesmas lições que aprendemos quando trabalhamos com nossas limitações físicas e aplicamos elas para coisas que estão afetando nossas limitações cognitivas – políticas de seguros, planos de aposentadoria e saúde – nos estamos aptos a desenhar uma política mais efetiva e ferramentas que são mais úteis no mundo. Isto é a promessa da economia comportamental – uma vez nos observamos onde nos somos fracos ou errados, podemos tentar corrigir e construir um mundo melhor.
Imagine se levarmos em conta quão difícil é para as pessoas calcular o montante correto da hipoteca que elas devem assumir. Em vez de criar uma calculadora que dissesse o máximo que se pode tomar emprestado, ela nos ajudaria a descobrir o que devemos pedir emprestado. Se tivéssemos este tipo de calculadora [e é usado], creio que grande parte da catástrofe do sub-prime poderia ter sido evitado.
Digamos, por exemplo, que alguém tem uma escolha entre alugar um Ford (F) e alugar um Focus Lexus - a maioria das pessoas iria para o Lexus! Pode não ser o que deveria alugar, mas é o máximo e por isso eles vão para ele e esperam o melhor. Esta é uma idéia, há muitas maneiras de pensar sobre como melhorar as nossas vidas. E, é por isso que é tão otimista a economia comportamental, e útil e importante para a nossa vida pessoal e para a sociedade.
São Paulo, 21 de Janeiro de 2009 - Após um ano de negociação, foi anunciada ontem a compra da Aracruz pela VCP, que dá origem à maior produtora mundial de celulose. Pelo acordo, a compradora pagará R$ 2,71 bilhões às famílias Lorentzen, Almeida Braga e Moreira Salles, pela participação de 28%. A incorporação de ações permitirá que a VCP obtenha benefícios fiscais com o ágio pago aos acionistas e com os prejuízos acumulados pelas empresas. (...)
VCP obtém benefícios fiscais com aquisição da Aracruz - 21/1/2009 - Gazeta Mercantil - Pág. 1)(Anna Lúcia França e Vinícius Pinheiro)
Economía/Legal.- (Ampl.) El Corte Inglés llega a un acuerdo con Areces y le paga algo más de 50 millones por su 0,68%
21 January 2009
Europa Press - Servicio Nacional
MADRID, 21 (EUROPA PRESS)
El Corte Inglés ha llegado a un acuerdo extrajudicial con el sobrino de Isidoro Álvarez y accionista de la compañía César Areces para pagarle algo más de 50 millones de euros por su participación del 0,68%, lo que pone punto y final al litigio que mantenía en los tribunales desde 2006 por el precio de las acciones, según confirmaron ambas partes implicadas a Europa Press.
El gigante distribuidor desembolsará finalmente una cifra que está más cerca de los 37,2 millones de euros ofrecidos incicialmente por la cadena distribuidora que de los 98,5 millones de euros que pedía César Areces. El acuerdo se firmó el pasado mes de diciembre, tras cuatro meses de negociaciones.
De esta manera, finaliza el litigio por el precio de los títulos de El Corte Inglés que comenzó el diciembre de 2005 y que desembocó en los tribunales en junio de 2006.
Fuentes próximas a la compañía explicaron que la operación se ha hecho tomando como referencia el valor teórico contable que tiene actualmente la empresa, de acuerdo con las últimas cuentas aprobadas en la junta de accionistas del pasado mes de agosto. Además, las mismas fuentes consideraron que el acuerdo "está en la línea de las decisiones judiciales que resultaron favorables a este criterio".
Sin embargo, el bufete Jiménez de Parga que defiende a los hermanos Arces, aseguró en un comunicado que el precio de la venta se encuentra en una "horquilla de entre 50 y 60 millones" y que fue "pactado libremente entre las partes" sin tomar uno de los dos métodos contables aplicados para valorar los títulos de la compañía.
El acuerdo estuvo motivado "no por cuestiones judiciales, sino por la situación financiera compleja" que atraviesa César Areces, afectado por la actual crisis internacional, según explicó el bufete barcelonés.
Los jueces no lograron determinar la valoración del precio de las acciones de El Corte Inglés, que ofrecía incialmente a Areces 37,2 millones de euros por su 0,68% basándose en el método del cálculo del activo neto real. El demandante solicitaba 98,5 millones de euros por su participación bajo el método de flujos de caja descontados.
En abril de 2007, la titular del Juzgado de lo Mercantil número 3 de Madrid, Miriam Iglesias, dictó sentencia a favor de César Areces y obligó a abonar los 98,5 millones de euros a la compañía, que presentó recurso contra la sentencia ante la Audiencia Provincial de Madrid.
El 29 de julio de 2007, la Audiencia Provincial de Madrid estimó el recurso de apelación presentado por El Corte Inglés y ordenó revocar la sentencia anterior.
El dictamen advertía de que "tampoco el tribunal dispone de los elementos necesarios para fijar el valor en su resolución", y que "la sala no encuentra en las actuaciones elementos fiables suficientes para fijar cuál es el valor real de las acciones".
El tribunal no admitió ninguna de las dos valoraciones planteadas por las partes, pero tampoco designó a un tercero para fijar el valor real de las acciones, lo que se interpretó como una llamada a la negociación, según fuentes jurídicas cercanas al caso consultadas por Europa Press. Ni los demandantes ni la empresa llegaron a recurrir la sentencia ante el Tribunal Supremo.
PENDIENTE DEMANDA DE LOS HERMANOS ARECES
Por otro lado, aún queda pendiente de resolución judicial la petición similar de los otros tres hermanos de César, Ramón, Rosario y María Jesús Areces Fuentes, que por el momento no se plantean negociar con la compañía y que seguirán defendiendo la venta de sus acciones a valor de 2005, según informó Jiménez de Parga, que también ejerce su defensa.
La resolución de esta demanda podría no ser similar al de César Areces, ya que éste presentó su petición de venta de acciones en marzo de 2005, mientras que sus hermanos lo hicieron en diciembre de 2005, después de que en agosto la junta general de accionistas cambiara el artículo 17 de los estatutos para permitir que un auditor elegido por el consejo realizar a la valoración en lugar de uno independiente.
El pasado 13 de julio, cuatro días antes de la resolución de este recurso, el titular del Juzgado de lo Mercantil número 7 de Madrid, Andrés Sánchez Magro, dio la razón a El Corte Inglés frente a la demanda de los otros tres hermanos Areces Fuentes.
El fallo obligó a los Areces a vender una participación conjunta del 2,04% a la empresa por un importe total de unos 16,5 millones de euros, frente a los 40,6 millones de euros que pedían los demandantes. Esta sentencia está recurrida ante la Audiencia Provincial y pendiente de resolución.
El Corte Inglés aportó el informe de valoración de la empresa realizada por el catedrático de economía financiera y contabilidad de la Universidad Autónoma de Madrid, Leandro Cañibano, y apoyada por el auditor Antonio González Angulo. La defensa de la empresa corrió a cargo del decano del Colegio de Abogados de Madrid (ICAM), Antonio Hernández-Gil.
Por su parte, los hermanos Areces aportaron la valoración elaborada por los profesores del IESE, Pablo Fernández y José Manuel Campà y el informe elaborado por la empresa auditora Mazars y firmando por el profesor Ignacio Casanova.
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Uma das dificuldades encontradas para detectar a existência de subsídios cruzados é a própria contabilidade da Infraero. A empresa não faz a depreciação dos investimentos. Atualmente, os investimentos entram como despesa da Infraero, pois são apropriados como ativos da União de uma só vez e só lá são depreciados. [sic]
Para Ipea, só 2 aeroportos são rentáveis - 20/1/2009 - Folha de São Paulo
Os prejuízos financeiros sofridos pelos Estados Unidos com a crise de crédito deverão alcançar US$ 3,6 trilhões, o que sugere que o sistema bancário está "insolvente, na prática", disse Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova York que previu a crise econômica. "Descobri que os prejuízos com crédito das instituições norte-americanas poderão chegar ao seu pico no nível de US$ 3,6 trilhões, metade dos quais seriam perdas dos bancos e das corretoras credenciadas como operadoras primárias", disse Roubini em conferência em Dubai.
"Se isso for verdade, significa que o sistema bancário dos Estados Unidos está insolvente, na prática, porque começa a funcionar com um capital de US$ 1,4 trilhão. Isso é uma crise bancária sistêmica." Os prejuízos e baixas contábeis das empresas financeiras do mundo inteiro subiram para mais de US$ 1 trilhão desde o colapso do mercado de crédito imobiliário norte-americano de alto risco, em 2007, segundo dados reunidos pela Bloomberg.
Roubini vê insolvência e estima perdas em US$ 3,6 tri
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2 - Bloomberg News
21/1/2009
(...) O principal argumento dos acionistas nessas ações é o de que as empresas falharam em comunicar ao mercado o risco a que estavam expostas. O raciocínio é o de que os investidores, se informados "ex ante" do risco, teriam preferido investir seu dinheiro em outro lugar. Ainda segundo os advogados, as informações financeiras apresentadas nos balanços através de técnicas de "value at risk" não forneciam um panorama claro do risco. Em resumo, a questão a ser respondida é se os investidores não foram informados e cobram de forma legítima esses prejuízos ou se assumiram o risco e tentam agora, de forma oportunista, recuperar parte das perdas. (...)
O relatório da Kroll preocupa sobre a prevalência da influencia familiar em empresas de mercados emergentes (...) No começo do ano, o fundador da família SAtyam tinha mais que 36% das ações da empresa. No tempo da confissão de Raju, o relatório diz, ele possuía somente 3%.
“Embora não limitado ao Mercado emergente”, nota a Kroll, “o risco de outro escândalo Satyam é mais provável em empresas que são administradas por família.”
Pro Forma Distractions at Satyam – Tim Reason – CFO - 20/1/2009