Seu argumento [de Charles Murray, em "Real Education: Four Simple Truths for Bringing America's Schools Back to Reality"] se baseia nos dados das avaliações educacionais, que demonstram que 80% dos jovens estão abaixo da média de competência cognitiva necessária para lidar com o rigor do ensino universitário, que, por definição, obriga a refletir sobre questões intelectualmente complexas. "Vamos ser realistas", diz Murray. "O diploma normalmente comprova que a pessoa teve uma educação liberal clássica. Significa que tem condições de ler e entender textos difíceis. Mas centenas de jovens nunca conseguirão ler e entender, por exemplo, 'A Ética' de Aristóteles. O resultado é que temos faculdades que oferecem cursos fracos, aumentam as notas e fingem que os seus alunos estão fazendo atividades de nível universitário quando, de fato, não estão. (...)
"Exceto no caso de algumas profissões específicas, como engenharia ou medicina, o diploma não dá garantia nenhuma de competência profissional. Representa apenas um pré-requisito sem custo [para o empregador] de perseverança e certo grau de inteligência. Mas trata-se de um requisito muito pobre em termos de informação. Melhor seria substituí-lo por testes vocacionais específicos."
Qualificação por baixo - Valor Econômico – 28/11/2008
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"Exceto no caso de algumas profissões específicas, como engenharia ou medicina"
ResponderExcluirCreio que medicina poderia ser tirada do rol de profissões que teriam uma formação mais sólida e confiável. Medicina, como tantos outros bacharelados tornaram-se um grande caça-níquel, seja pelas universidades, faculdades, institutos, etc, seja pelos próprios alunos (em um grande número de casos) que vêem no curso uma oportunidade de ganhar dinheiro e não uma profissão (refiro-me especificamente à medicina).