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10 novembro 2008

GM

Rakesh Saxena (Why General Motors Should Be Delisted) acredita que a ajuda a GM poderá criar uma empresa igual a Gazprom. A Gazprom é uma empresa privada, mas quase-governo pois depende do estado.

A contas da empresa, segundo a própria GM afirmou (vide em Why GM Says Bankruptcy Is an Impossibility, WSJ) inclui um saldo de caixa de 16,2 bilhões e necessidade mensal de 11 a 14 bilhões de dólares para pagar as contas. Ou seja, a GM precisa de dinheiro. Conforme um analista afirmou para o WSJ, “o resultado do terceiro trimestre tornou claro que, sem intervenção do governo, a GM irá a bancarrota”. Esta possibilidade é ruim para a empresa, pois pessoas não compram carros de empresas com problemas financeiros.

Heidi N Moore faz a análise da GM em outro sentido: o novo presidente irá ajudar a GM, a Chrysler e a Ford? (Will Obama Bail Out GM, Chrysler and Ford? ). Aparentemente sim, conforme revelou na primeira conferência a imprensa após sua eleição, quando chamou as montadoras de espinha dorsal da indústria dos EUA. Mas Obama espera que esta indústria produza carros mais eficientes em termos de gasto de combustível.

Rick Newman (General Motors: Beginning the Endgame?) lembra que a questão da bancarrota na GM é recorrente: todo ano o CEO Rick Wagoner insiste em afirmar que a empresa não irá declarar bancarrota e que esta não é a opção da GM. Newman considera que existe uma alternativa (e não é a fusão com a Chrysler): a ajuda do governo. O grande trunfo da empresa é o fato de ser uma das maiores empresas dos EUA, com 140 mil empregados.

Newman lembra que a GM é vítima de fatores fora do seu controle, como a crise financeira, que impede o financiamento dos compradores de automóveis.

David Gaffen (Live-Blogging the GM Earnings Call) lembra que a empresa queimou 6,9 bilhões em caixa no último trimestre. E faz uma análise da conferência aos acionistas quando da divulgação do recente prejuízo. O gráfico mostra a situação de liquidez da empresa (cada vez pior).



O blog Global Economic Analysis faz uma análise interessante entre os argumentos da GM e o seu significado. Uma constatação amarga é que a GM queimou 4,8 bilhões num trimestre e, neste ritmo, o seu caixa será suficiente para o final de 2009.

Para complicar a situação, o mesmo texto lembra que a GMAC possui 15 bilhões de Smart Notes e que num processo de falimentar possuem um valor de 40% do valor de face.

Já o CalculatedRisk enfatiza o comunicado a imprensa (Press Release) onde a GM fala em montante mínimo necessário para operar:

Even if GM implements the planned operating actions that are substantially within its control, GM's estimated liquidity during the remainder of 2008 will approach the minimum amount necessary to operate its business.


Ja Michael Rainey comenta que a ação da GM caiu 12% após a apresentação das demonstrações contábeis. “A GM tem que parar de dizer que a bancarrota não é um opção” (GM 3Q earnings: The cash keeps burning, Michael Rainey)

Já o New York Times (Automaker Says U.S. Cash Is Best Hope, Bill Vlasic e Nick Bunkley, 8/11/2008) o governo dos Estados Unidos está diante de uma escolha dificil. Se ajuda a GM, não existe garantia de que ela não irá de precisar de mais dinheiro mais tarde. O jornal lembra que as empresas de Detroit estão fazendo pressão para ajuda do governo.

O NYT lembrou o principal trunfo das montadoras: 3 milhões de empregos diretos, segundo o Center for Automotive Research.

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