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01 outubro 2008

Qual o custo da ajuda?

A proposta de ajusta o Tesouro dos Estados Unidos pretendia dar para instituições financeiras foi anunciada em 700 bilhões de dólares. Sabemos que a ajuda foi recusada pelo Congresso, mas é interessante notar que mesmo quando foi realizado o anúncio da ajuda permanecia a dúvida do seu custo real. Se o tesouro comprasse os títulos por um preço próximo ao de valor de mercado, a venda futura poderia representar um resultado positivo (não um custo líquido de 700 bilhões). Entretanto, parecia existir uma intenção de adquirir por um preço acima do valor de mercado atual e mais próximo ao valor de face (e estes foi um dos motivos para que o pacote fosse derrotado). Neste caso o resultado positivo poderia não ocorrer. Mais sobre este assunto, aqui

Este assunto também foi objeto de texto do jornal Valor Econômico

Preço de compra dos ativos cria expectativa
26/9/2008 - Valor Econômico

A grande dúvida que pesava ontem sobre a proposta de um socorro financeiro de US$ 700 bilhões ao sistema bancário dos Estados Unidos é fundamental. Vai funcionar? A administração Bush diz que seu plano de comprar das instituições financeiras ativos atrelados a hipotecas, é a única maneira de fazer o crédito voltar a fluir no mercado. Sem ele, segue o argumento, os bancos não poderão emprestar e as empresas não poderão tomar emprestado para cobrir as folhas de pagamento, formar e manter estoques, construir novas fábricas ou contratar novos funcionários. A proposta original foi elaborada para diminuir as pressões sobre as instituições financeiras, removendo ativos podres relacionados a hipotecas de seus balanços. Esses ativos perderam valor junto com a queda do setor imobiliário, abrindo rombos nos balanços das instituições financeiras e criando um clima global de desconfiança que está minando a capacidade dos bancos de levantar capital.

(...) Muitas instituições financeiras estão mantendo ativos em seus livros a preços irreais, em parte para evitar as baixas contábeis que as normas de contabilidade exigem quando ativos ficam debilitados. Como o mercado está congelado para esses ativos, as companhias vêm conseguindo evitar a marcação dos valores reais desses ativos na contabilidade. Um dos fatores mais importantes na avaliação do plano de resgate tem sido um dos menos claros nas negociações até agora: Qual o preço que o Tesouro e os contribuintes acabarão pagando? Alguns dos maiores bancos americanos passaram os últimos dias removendo de seus balanços os títulos que eles gostariam de vender para o governo e a que preços. Sem saber os preços que o Tesouro vai se propor pagar, os bancos não podem decidir com que agressividade vão se desfazer dos ativos problemáticos.

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