(...)Donos de fábricas dizem que seus lucros diminuíram por terem de pagar mais por matérias-primas e energia. O fortalecimento da moeda chinesa deixou os produtos de Honghe mais caros para mercados importantes como os Estados Unidos, onde, em maio, o preço de mercadorias chinesas teve um aumento recorde de 4,6% em relação ao ano passado, segundo o Departamento de Comércio americano. Compradores estrangeiros, acostumados com os produtos baratos da China e nervosos por causa da economia fraca em seus países, quase sempre se recusam a pagar mais.
Pequim também contribuiu para esse aperto: empresários dizem que a proteção mais forte do governo para os trabalhadores e o meio ambiente tornou mais caro fazer negócios. Importadores dizem que políticas mais rígidas para a concessão de vistos dificultam suas visitas à China ou a participação em feiras.
Essa pressão é sentida por empresas em todo o país. Mas as mais atingidas são as que alimentam o grande apetite mundial por produtos baratos como brinquedos, utensílios domésticos, sapatos e roupas. Manufaturas de produtos de baixo custo têm sido um dos principais motores do milagre econômico chinês, ajudando a fazer do país o segundo maior exportador mundial, depois da Alemanha. Durante muitos anos, essas empresas continuaram a crescer, expandindo o volume de produção e podando as margens de lucro para ganhar da concorrência. Com o aumento dos custos de material e trabalho e a valorização da moeda chinesa, essas indústrias estão entre as que têm menos capacidade para absorver os custos. (...)
Máquina exportadora da China é ameaçada por aumento de custos
James T. Areddy, The Wall Street Journal, de Honghe, China
The Wall Street Journal Americas - 01/07/2008
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