É possível que em uma empresa que siga os princípios da governança corporativa ocorram casos de desvio de dinheiro, fraude no balanço e sonegação fiscal? Esta é uma das perguntas que têm sido feitas nos últimos dias a José Monforte, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e membro do conselho administrativo da Agrenco, empresa do setor de agronegócios que está sendo investigada pela Polícia Federal por suspeita exatamente desses crimes, em um processo que levou à prisão na sexta-feira dois dos seus sócios e mais um executivo.
(...) E quanto às auditorias? Ele lembrou que auditorias internas e externas são feitas por amostragem e é possível que desvios ou mesmo ações criminosas não sejam identificados por essas análises das contas. Seria preciso um sistema extremamente minucioso, detalhista, para ser possível levantar qualquer e toda inadequação.
"Processo de governança na Agrenco avançava" - 26/06/2008 - Valor Econômico
Uma boa auditoria, mesmo que feita sob amostragem, poderia conseguir descobrir os problemas da empresa. A afirmação de Monforte é infeliz e temos aqui duas justificativa: ou não conhece como funciona a auditoria ou tenta justificar o injustificável.
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