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14 maio 2008

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Veja a notícia do "Jornal de Notícias" de Portugal e observe os trechos em negritos (meus):

Padre obrigado a restituir cinco mil euros
Teresa Cardoso
Jornal de Notícias - 12/5/2008

O ex-pároco de Aguiar da Beira, Carlos Sousa, terá de devolver à comissão fabriqueira local, até ao final deste mês, cerca de 4500 euros. Dinheiro que corresponde à diferença apurada nas contas dos últimos seis anos à frente daquela paróquia.
O sacerdote terá ainda de restituir alguns objectos, nomeadamente móveis e electrodomésticos, que retirou da casa paroquial de Aguiar da Beira quando, em Setembro do ano passado, foi suspenso das funções paroquiais que ali desempenhava.

A decisão da reposição de fundos e bens na paróquia de Aguiar da Beira foi revelada pelo bispo da diocese de Viseu, D. Ilídio Leandro, que há cerca de dois meses foi chamado a esclarecer denúncias de alegados desvios atribuídos ao sacerdote.

Após passar todos os livros da contabilidade a pente fino e de falar com várias pessoas e entidades de Aguiar da Beira, o prelado concluiu que havia algumas diferenças, na sua maioria relativas a pagamentos pela prestação de serviços religiosos correntes (missas, baptizados e casamentos(, embora o seu montante fique muito aquém dos milhares de euros alegadamente em falta.

Em Janeiro, quando chegou a Aguiar da Beira o novo pároco, a comissão fabriqueira, que se queixava de não ter acesso à maioria das operações financeiras por estarem "concentradas" nas mãos do padre Carlos Sousa, denunciou um desfasamento contabilístico que poderia atingir alguns milhares de euros. O inquérito confirmou apenas uma diferença residual.

O bispo da diocese admitiu já que o sacerdote terá cometido alguns erros nas contas, mas não o terá feito com maldade ou intuito de se apoderar dos bens de forma ilícita, disse, ontem, à Rádio Noar. Mesmo assim, D. Ilídio Leandro determinou a devolução dos valores apurados. Uma deliberação que o visado se comprometeu a respeitar.

O JN tentou ontem, sem sucesso, falar com o padre Carlos Sousa, a residir em Moselos, nos arredores de Viseu, que desde o início do processo garantiu não ter agido com intenção dolosa.

Durante a averiguação, e para que o ex-pároco pudesse viver um período de reflexão, D. Ilídio Leandro decidiu também suspender toda a sua actividade paroquial em Mões, Castro Daire. Esta decisão vigora até Setembro próximo.


Foto: Armação de Pêra - Algarve - Portugal

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