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12 dezembro 2007

Avaliação de Bancos

O processo de avaliar um banco é bastante complicado. Tanto é assim, que temos poucas obras que tratam do assunto de forma abrangente e adequada. Um artigo, de Gayle Delong e Robert Deyoung, Learning by observing: information spillovers in the Execution and Valuation of Commercial Bank M&As, publicado no prestigioso Journal of Finance de fevereiro de 2007, p. 181-216, trata marginalmente deste assunto.
Usando dados dos Estados Unidos, onde o número de instituições financeiras é significativo e a quantidade de operações de aquisições e fusões é suficientemente grande para desenvolver um trabalho nesta área, os autores procuram verificar as dificuldades de avaliar um banco nas últimas duas décadas.
Uma das razões é razoavelmente óbvia: o número de instituições é relativamente pequeno e as operações de aquisição e fusão são reduzidas, o que impede fazer uma constatação mais objetiva da avaliação. Ao mesmo tempo, alguns estudos acadêmicos têm apontado que estas operações não criam valor ou melhoram o desempenho de longo prazo.
Os autores fazem uma distinção entre "aprender observando" e "aprender fazendo" para demonstrar que os processos de avaliação destas instituições melhoraram no tempo. Neste caso, os bancos aprenderam ao observar as operações prévias de outras instituições no período analisado (1987 a 1999).

Uma informação interessante do artigo diz respeito a "curva de aprendizagem". Citando um trabalho de Ghemawat, de 1985, os autores afirmam que em 80% das empresas o fato de dobrar sua experiência (isto é, aumentar em 100% a produção acumulada no tempo) faz com que o custo unitário reduza em 20%.

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