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26 novembro 2007

Petrobrás e Suzano

Uma reportagem do Estado de S. Paulo de 23 de novembro revela que a Petrobrás terá uma redução no preço final da Suzano de 1%. Entretanto, o texto deixa algumas informações nas entrelinhas sobre o fato do valor final estar superestimado. Um dos aspectos foi a ausência de due dilingece, comum em qualquer negócio de compra de empresas. A seguir, trechos da reportagens, com grifo meu:

Petrobrás terá 1% de desconto na compra da Suzano Petroquímica
Preço final da compra, que criou polêmica, deve ser anunciado na próxima sexta-feira
Agnaldo Brito
O Estado de São Paulo - 23/11/2007

O valor final de compra da Suzano Petroquímica ficará 1% abaixo do preço de R$ 2,7 bilhões anunciado pelo Petrobrás no dia 3 de agosto, revela uma fonte ouvida pelo Estado. O desconto final ficará em R$ 27 milhões e se refere, basicamente, a uma reavaliação de quanto vale a participação da Suzano na Petroflex, que tem ainda como sócios a Braskem e a Unipar.

Depois do primeiro anúncio do negócio, em agosto, a Petrobrás começou a fazer uma avaliação detalhada do valor da Suzano. Pelo acordo entre as duas empresas, a diferença de preço entre o valor anunciado e o pagamento final não poderia ser maior do que R$ 80 milhões. Essa era a margem para mudar o valor do cheque, para mais ou para menos. Ficou em R$ 27 milhões para menos.

Quando o negócio foi anunciado, o preço foi considerado alto por investidores e analistas de mercado. Uma dia antes de anúncio da compra, o valor de mercado da Suzano Petroquímica - se consideradas as ações preferenciais negociadas no mercado - era de R$ 1,3 bilhão, preço R$ 1,4 bilhão abaixo do valor oferecido.

A Petrobrás alegou, na ocasião, que a qualidade dos ativos da Suzano e os ganhos de produtividade que poderiam ser obtidos quando a empresa fosse incorporada justificavam o preço. O Estado apurou que os cálculos feitos pelas duas empresas indicam ganhos superiores a R$ 2,5 bilhões com o aumento da eficiência das operações com a união das operações.

A Petrobrás só iniciou uma avaliação interna na Suzano Petroquímica depois de feita a oferta de compra. Ao contrário do procedimento tradicional em aquisições deste porte, a Petrobrás não fez qualquer avaliação dos ativos da divisão petroquímica da Suzano antes de dar um lance. "Não houve due diligence", confirmou a fonte.

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