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26 novembro 2007

Aumento da importância dos níveis de governança corporativa

Notícia da Gazeta Mercantil mostra que a importância dos níveis de governança da Bovespa cresceu nos últimos anos, aumentando sua relevância na bolsa em termos de número de empresas e capitalização. Entretanto, isto não deve ser considerado, a priori, uma melhoria do mercado, conforme destaca a reportagem.

Ingresso no Novo Mercado precisa ser mais criterioso
Gazeta Mercantil - 26/11/07

São Paulo, 24 de Novembro de 2007 - A entrada de companhias abertas nos níveis de governança corporativa (nível 1, 2 e Novo Mercado) da Bovespa, que começou timidamente em 2001 com apenas 15 empresas, deu seu maior salto este ano, atingindo 151 empresas. O número representa 32% do total as empresas atualmente listadas na Bolsa (477). Quando comparado ao valor de mercado que mede a confiança dos investidores, o percentual supera os 50%, o que mostra que eles estão pagando mais por empresas com mais governança.

Segundo estudo apresentado na Fecap, pela consultora Sandra Guerra, integrante do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e responsável pela consultoria Better Gorvernance, os níveis de governança já respondem por 59% do valor de mercado (market capitalization) da Bovespa ( R$ 1 trilhão). Em 2001, os níveis de governança da Bovespa exibiam apenas 14 companhias.

Analistas e investidores, porém, afirmam que os níveis de governança precisam ser aperfeiçoados. Uma empresa listada no Nível 1 não apresenta práticas diferenciadas, mas para o investidor o fato de dizer que faz parte dos níveis que exigem mais governança pode levar o investidor a comprar gato por lebre, argumentam analistas do mercado.

Outra crítica é quanto a abertura que está sendo dada para entrar, principalmente no Novo Mercado, que é o mais exigente dos níveis de governança. Isso porque na hora de firmar o contrato - necessário para entrar nos níveis de listagem especial da bolsa - existe abertura para que algumas regras só sejam cumpridas depois. Entre elas está a que determina que as companhias precisam ter um mínimo de 25% de suas ações em circulação no mercado (free float). A regra faz parte do regulamento do Novo Mercado e Nível 2.

No entanto, é permitido que as empresas tenham até três anos para cumprir o free float, após fazer seu IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações, pela qual as empresas abrem seu capital). Atualmente, das 89 companhias do Novo Mercado, nove estão fora do free-float.(...)

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

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