Fórmula 1 encerra o ano com receita estimada de US$ 4,3 bi
Valor Econômico - 19/10/2007
A bandeirada no final do Grande Prêmio Brasil deste domingo encerra não só a emocionante disputa pelo título de campeão de 2007 como a contabilidade de um dos esportes globais mais rentáveis. A Formula One Group, empresa que administra a Fórmula 1 no mundo, estima arrecadar US$ 4,3 bilhões só com os negócios nas pistas, segundo levantamento da consultoria britânica Money Sport Media.
Em direitos de transmissão de TV a arrecadação soma US$ 380 milhões - as 17 corridas da Fórmula 1 são exibidas em 185 países com audiência mínima de 50 milhões de espectadores. O maior investimento é o dos competidores, as chamadas escuderias, que em 2007 colocaram US$ 1,5 bilhão em suas equipes. A Fórmula 1 também sabe explorar a paixão masculina por jogos eletrônicos e vai encerrar a temporada com US$ 15 milhões só com o licenciamento para video games. A Sony saiu na frente e tem contrato exclusivo com os organizadores do esporte.
Mas a Fórmula 1 não é um esporte de homens para homens. A estimativa é de que o público feminino responda por 40% da audiência. Esporte feito e praticado pela elite, as corridas acabaram atraindo um público fiel entre as classes de menor poder aquisitivo - a maior fatia da audiência das corridas transmitidas pela TV Globo no Brasil é formada por consumidores da classe C. Uma audiência global tão diversificada em renda, sexo e idade, são os principais atrativos para empresas dos mais variados setores da economia.
(...) Só para colocar suas marcas nas pistas, em forma de placas publicitárias, empresas como Shell, Bridgestone e Vodafone, entre outras, investiram US$ 2 milhões cada uma na edição de 2006 do Grande Prêmio de Mônaco, o mais badalado do calendário. O principado gerou receita de US$ 17,5 milhões com esse tipo de publicidade - o Brasil ficou em 15º lugar neste ranking, com US$ 6,2 milhões investidos por empresas (...) Nas 17 provas da temporada a arrecadação somou US$ 164,2 milhões.
19 outubro 2007
O negócio F1
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