Simples Nacional multiplica' empresas
Companhias usam laranjas para se dividirem e pagarem menos impostos
Adriana Fernandes BRASÍLIA
O Estado de São Paulo - 30/09/2007
Laranjas são usados como sócios por empresas com faturamento acima de R$ 2,4 milhões que se dividem para caber no Simples. Se for pego, além do processo criminal, o empresário será multado em 150% do imposto devido
O proprietário de uma empresa do Simples abre outra com o uso de laranja e repassa parte das operações da primeira
O empresário abre segunda empresa fora do regime, com declaração pelo lucro presumido, para repassar o crédito do ICMS. Muitos fornecedores do setor comercial e industrial não podem transferir crédito do ICMS para grandes clientes, que estão fora do Simples. Esses clientes estão cobrando um deságio pela falta do crédito ou exigindo que elas saiam do Simples. A segunda empresa resolve o problema. A operação pode estar dentro da lei, se forem observadas as restrições aos sócios
Fiscalização para identificação de fraudes agora tende a aumentar
O Simples Nacional - ou Super-Simples - está provocando o "milagre" da multiplicação das empresas no País. Muitos empresários estão abrindo novas empresas para encaixarem seus negócios no novo regime de tributação simplificada, que permite o pagamento dos impostos federais, estaduais e municipais com redução da carga tributária e de forma mais simplificada.
O fenômeno já era conhecido no antigo Simples Federal, mas a prática ganhou ainda mais espaço com a entrada em vigor, em julho passado, do Super-Simples, que alcança as empresas com receita bruta de até R$ 2,4 milhões por ano. A legislação proíbe que as empresas resultantes de cisão (desmembramento e divisão) ocorrida nos últimos cinco anos ingressem no Simples Nacional. A restrição foi incluída na lei para evitar que as empresas com faturamento acima de R$ 2,4 milhões se subdividem para se "encaixarem" nos limites de receita bruta e, com isso, pagarem menos impostos. Mas é comum o empresário abrir uma segunda empresa em nome de um laranja, geralmente um parente próximo, fazendo um contrato de gaveta.
A Receita Federal afirma que está atenta ao problema e que tem condições de descobrir a fraude com o uso de laranjas por meio de cruzamentos de dados. "Essa prática não é novidade. A Receita já descobria essas situações e autuava, e continuará atenta", avisa o secretário-adjunto da Receita, Carlos Alberto Barreto. Segundo Barreto, se na operação de divisão da companhia o empresário vende uma das unidades para uma terceira pessoa, não há problemas. "Mas, se o empresário coloca um laranja e faz um contrato de gaveta, esse negócio não tem propósito real, negocial. A finalidade é simplesmente burlar o fisco. Nesse caso, se for detectada a fraude, a empresa será autuada", adverte o secretário-adjunto. A multa prevista para esses casos é de 150% do imposto devido. Além disso, o fraudador terá de responder pelo crime de sonegação na Justiça. Barreto lembra que uma grande rede de pizzarias foi autuada pela Receita Federal por ter dividido a empresa em várias outras em nome de laranjas. O mesmo aconteceu também com uma fábrica de sapatos, lembra. Para o secretário-executivo substituto do Comitê Gestor do Simples Nacional, Paulo Alexandre Ribeiro, a fiscalização no novo sistema tende a aumentar para a identificação das fraudes. Isso porque, no antigo Simples Federal, somente a Receita Federal tinha competência para efetuar a fiscalização das micro e pequenas empresas.
Já no Super-Simples, a competência, além da Receita, também passou a ser das secretarias de Fazenda dos Estados e municípios. "Na hipótese, de uma empresa efetuar um desmembramento visando à opção pelo Simples Nacional, a chance de ela ser apanhada numa fiscalização aumenta consideravelmente. E, se isso acontecer, ela será excluída do regime de forma retroativa", diz Ribeiro.
CRÉDITO DE ICMS
O gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, acredita que a falta da transferência do crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Super-Simples deve estar levando muitos empresários do setor industrial a abrirem uma outra empresa com declaração do Imposto de Renda pelo lucro presumido.
Essa prática é feita, segundo ele, porque muitas empresas fornecedoras não podem transferir o crédito do ICMS para os seus grandes clientes, que estão fora do Super-Simples. Como conseqüência, esses clientes estão cobrando um deságio (redução do preço) pela falta do crédito ou exigindo que elas saiam do Simples. Segundo Quick, para resolver o problema, o empresário abre uma segunda empresa pelo lucro presumido para poder repassar o crédito do ICMS. "O empresário fica entre a cruz e caldeirinha", diz ele. Ele ressalta que, apesar de a operação ser legal, a situação é grave justamente por essa exigência, em alguns casos, de que as empresas saiam do Simples. Responsável pela implementação do antigo Simples Federal, o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, classifica o fenômeno de multiplicação de empresas como "nanismo tributário". "O empresário quer ser anão. Não quer crescer", diz. Para Maciel, essa prática fraudulenta é de natureza equivalente à omissão de receitas.
Segundo Maciel, que é hoje consultor tributário, a parte do texto da Lei Complementar 123 - que criou o Simples Nacional - que trata das restrições às divisões de empresas não é boa, porque tem algumas "desinformações".
30 setembro 2007
Simples e o planejamento tributário
29 setembro 2007
Correlação espúria
Correlação espúria é o nome que se dá para a existência de relação estatística entre duas ou mais variáveis, mas sem significado teórico. Por este motivo é comum afirmar que a correlação não significa causação.
Uma notícia interessante aqui afirma que a melhor medida de correlação com o índice da bolsa de valores norte-americana (SP 500) é a produção de manteiga em Bangladesh. Este é um exemplo de correlação espúria.
Uma notícia interessante aqui afirma que a melhor medida de correlação com o índice da bolsa de valores norte-americana (SP 500) é a produção de manteiga em Bangladesh. Este é um exemplo de correlação espúria.
28 setembro 2007
Salário de professor
Outra figura do The Economist: agora salário de professores.
Teaching in Turkey and South Korea has a very high status, with earnings more than double the average income per head. In Germany and Japan teachers are high up the pay scale, but they are somewhat less valued in Italy, France and America.
Corrupção: Como estamos?
Mais um ranking de corrupção da Transparency International. O Corruption Perceptions Index é um índice muito respeitado e novamente traz os países mais ricos como sendo os menos corruptos. Fonte: The Economist
A revolução da Internet
Mais um exemplo do poder da internet. Diversos sítios (aqui, aqui e aqui, por exemplo) publicaram a foto, tirada de satélite, de um prédio do governo norte-americano que possui um formato arquitetônico interessante:
Não entendeu? Clique aqui
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Ainda sobre a contabilidade de políticos
O New York Times (28/09/2007, Mexico's Former President Is Under Investigation on Allegations of Financial Abuse, James McKinley Jr) traz uma reportagem sobre a contabilidade de um político, no caso, o ex-presidente do México, Vicente Fox.
O foco é a casa de Fox, que possui piscina, lago artificial, jardins suntuosos, entre outras mordomias. O Congresso mexicano começou uma investigação das finanças pessoais do ex-presidente após a eleição e a relação com a reforma na sua residência.
Fox afirma, segundo o jornal, que cada peso gasto na residência tem origem legal. O México tem um histórico de ex-presidentes que obtiveram uma imensa fortuna quando ocuparam os seus cargos. Mas o caso de Fox é interessante pois foi o primeiro presidente de oposição que governou o México em 71 anos de domínio do PRI.
O foco é a casa de Fox, que possui piscina, lago artificial, jardins suntuosos, entre outras mordomias. O Congresso mexicano começou uma investigação das finanças pessoais do ex-presidente após a eleição e a relação com a reforma na sua residência.
Fox afirma, segundo o jornal, que cada peso gasto na residência tem origem legal. O México tem um histórico de ex-presidentes que obtiveram uma imensa fortuna quando ocuparam os seus cargos. Mas o caso de Fox é interessante pois foi o primeiro presidente de oposição que governou o México em 71 anos de domínio do PRI.
Contabilidade do ex-primeiro ministro do Japão
Algumas pessoas estranham quando falamos da possibilidade de cada indíviduo fazer a "sua" contabilidade. Uma notícia da Agencia EFE mostra a questão contábil do ex-primeiro ministro do Japão:
Note o poder do método das partidas dobradas: o registro de um lado não corresponde ao registro de outro.
Detectan irregularidades en los libros contables del ex primer ministro Abe
Agencia EFE - Servicio General - 28/09/2007
Tokio, 28 sep (EFE).- Los informes contables del año 2006 del ex primer ministro nipón Shinzo Abe y de otros parlamentarios del gubernamental Partido Liberal Demócrata (PLD) contienen irregularidades, según informa hoy la agencia local Kyodo.
En concreto, el informe contable del año pasado del capítulo del PLD en el distrito electoral 17 de Tokio da cuenta de un donativo de 200.000 yenes (1.740 dólares) proveniente del grupo gestor del fondo de Shinzo Abe, pero esa misma partida no aparece registrada en las cuentas de este grupo.
(...) Así, el grupo gestor del fondo del anterior adjunto al ministro portavoz, Hakubun Shimomura, declaró en sus cuentas haber recibido 1,5 millones de yenes (13.045 dólares) de una organización política perteneciente a una facción del PLD leal al actual ministro portavoz, Nobutaka Machimura, pero esta organización registró en sus cuentas una donación de tan sólo un millón de yenes (8.700 dólares).
A este respecto, sin embargo, se pronunció el grupo gestor, que aseguró que la diferencia entre ambas cantidades corresponde a un préstamo de Hakubun Shimomura que se sumó por error a la donación general de la organización política que lidera este político.
El grupo añadió además que ya había mandado la pertinente corrección al Comité Gestor Electoral de Tokio, un organismo encargado de la supervisión contable de los partidos políticos.
Asimismo, otro grupo político ligado a Hakubun Shimomura indicaba en su informe contable una donación de 30.000 yenes (260 dólares) al capítulo del PLD en el distrito electoral 11 de Tokio, mientras que este segundo organismo no incluía la cantidad correspondiente entre las ayudas recibidas.
Los implicados aseguraron que este error contable también ya ha sido subsanado.
Por su parte, el capítulo del PLD en el distrito electoral 15 de Tokio, encabezado por Ben Kimura, un viceministro del ministro portavoz, detallaba en sus libros de contabilidad una donación de 2,7 millones de yenes (23.480 dólares) a otro capítulo del PLD en Tokio liderado por Kimura, que sólo reflejaba en su informe la recepción de 2,4 millones de yenes (20.870 dólares).
Shinzo Abe dimitió el pasado 12 de septiembre tras menos de un año al frente del gobierno, después haber perdido el apoyo de gran parte de su partido y de la opinión pública.
La imagen del gabinete del ex primer ministro se vio dañada en repetidas ocasiones por la publicación de presuntos casos de corrupción de sus miembros.
Note o poder do método das partidas dobradas: o registro de um lado não corresponde ao registro de outro.
Ainda o Corinthians
R$ 1 milhão em notas frias
Duas empresas de contabilidade teriam recebido a quantia por serviços nunca prestados
Martín Fernandez
O Estado de São Paulo - 28/09/2007
O rombo deixado pela administração de Alberto Dualib nas contas do Corinthians é maior do que se pressupunha. Segundo o Estado apurou, duas empresas de contabilidade teriam recebido quase R$ 1 milhão por serviços nunca prestados. Há suspeitas sobre o destino de outros R$ 900 mil.
Uma delas é a NBL, alvo de investigação por parte do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). No dia 4 de setembro, o Gaeco e a Polícia Civil apreenderam computadores e notas frias no valor de R$ 436 mil.
Outro inquérito policial mostra que a empresa Goodwill Consultoria Empresarial emitiu 39 notas fiscais, entre 2 de janeiro de 2003 e 13 de dezembro de 2005, no valor de R$ 15 mil cada uma. Total: R$ 535 mil.
De acordo com perícia fiscal e contábil a que o Estado teve acesso, não existem contratos entre o Corinthians e essas empresas. "Nem comprovantes da efetiva realização dos serviços cobrados em 2003, 2004 e 2005", mostra o documento. O desvio de dinheiro já ocorria antes da parceria com a MSI, que começou em novembro de 2004. A sangria dos cofres corintianos - pelo menos por meio de notas frias - foi estancada em 2005, quando as empresas pararam de receber.
Os principais beneficiados pelo esquema, segundo as investigações, eram o ex-presidente Alberto Dualib, o ex-vice presidente Nesi Curi e o ex-vice-presidente de finanças Carlos Roberto de Mello, apontado como sócio-proprietário da Goodwill.
Esta foi a primeira empresa a receber dinheiro do clube nesse esquema. A primeira nota fiscal data de 2 de janeiro de 2003. A última é de 13 de dezembro de 2005. Todas por supostos serviços de "assessoria e consultoria".
As investigações mostram que a NBL Consultoria começou a faturar em 22 de outubro de 2003. Até setembro de 2005, foram quatro notas mensais, em média, por "serviços de revisão contábil", de valores que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 9 mil.
Além das investigações do Ministério Público e da Polícia Civil, o Corinthians é motivo de ações na Justiça Federal, por conta da parceria com a MSI - que ainda não foi encerrada judicialmente.
O advogado José Luiz Toloza, que defende Dualib e Nesi Curi apenas na esfera federal (acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha), informou que os dois não dariam entrevistas. Ainda não foi definido quem os defenderá das acusações por conta das notas frias.
O ex-vice presidente de Finanças Carlos Roberto de Mello não foi localizado para falar sobre o assunto. Sua mulher informou apenas que "ele não está mais no Corinthians há anos" e que "só voltaria para casa muito tarde".
CONTRATO VERBAL
O proprietário da NBL, Juraci Benedito, não quis dar entrevistas. O advogado dele, Ubirajara Mangini Pereira, confirmou que não existe contrato entre o Corinthians e a empresa. Mas declarou que os serviços cobrados foram, sim, executados pela NBL. "Havia um contrato verbal. E as notas fiscais provam que o trabalho foi feito", alegou. "O serviço foi interrompido porque deu problema com o pessoal da MSI. Entraram outros dirigentes, trocou o comando." Pelo menos outras duas empresas são suspeitas de fazerem parte do mesmo esquema.
27 setembro 2007
A nova Estrutura Conceitual Básica
Em outubro de 2005 foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, CPC, através de uma resolução do Conselho Federal de Contabilidade (Resolução 1.055/05).
O surgimento do CPC deve ser visto como conseqüência de uma serie de mudanças que ocorreu na economia brasileira nos quinze anos antecedentes, em particular a abertura para o mercado externo.
O CPC é composto por representantes da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), da Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), da Bovespa, do Conselho Federal de Contabilidade, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Além desses membros, participam, como convidados, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a Superintendência dos Seguros Privados (Susep), além de outras entidades ou especialistas convidados.
A criação do CPC ocorreu em função da necessidade de:
a. Promover a convergência internacional das normas contábeis, que implicaria numa redução no custo da contabilidade e na redução do risco;
b. Centralizar da emissão de normas contábeis; e
c. Ter uma representação e processos democráticos na emissão das informações.
Para isso, o CPC pode emitir pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações.
Em termos de estrutura, o CPC possui quatro coordenadorias: de operações, de relações institucionais, de relações internacionais e técnica. Essa última coordenadoria será responsável pela elaboração dos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações, que é realizada em sete fases:
1ª. Fase – Elaboração da Minuta Inicial – M1 – A minuta será feita por um relator, com a participação da coordenadoria técnica, que será examinada pelo grupo de trabalho;
2ª. Fase – Análise da Minuta inicial (M1) pelo Grupo de Trabalho – Análise individual feita por diversos membros do Grupo de Trabalho, que enviarão sugestões. O resultado dessa fase conduz a uma segunda minuta (M2)
3ª. Fase – Análise da Minuta M2 pelo CPC – Análise critica do CPC que irá conduzir a uma terceira minuta (M3)
4ª. Fase – Análise da Minuta M3 por órgão regulador específico, convidado a opinar e participar. Ao final tem-se uma quarta minuta (M4)
5ª. Fase – Audiência Pública – A minuta M4 será levada a apreciação da comunidade, mediante audiência pública no sítio do CPC.
6ª. Fase – Revisão Final da Minuta M4 – Após o exame das sugestões colhidas na audiência pública o projeto é aprovado pelo CPC, resultando na minuta M5
7ª. Fase – Apreciação Final do CPC, podendo ser aprovada, com ou sem alterações, ou rejeitada.
Em meados de 2007 o CPC, em conjunto com a CVM, submeteu para audiência pública a Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Esta estrutura está baseada num texto similar do Iasb, substituindo a Estrutura do Ibracon, previamente aprovada e discutida neste capítulo. Apesar de a proposta afirmar que não existe diferença, na essência, do pronunciamento anterior, as mudanças são realmente significativas.
Em lugar dos postulados, princípios e convenções, a Estrutura do CPC/CVM apresenta os pressupostos básicos, que são os seguintes:
a) Regime de Competência – as demonstrações contábeis devem ser preparadas conforme o regime contábil de competência. Com o regime de competência, os usuários passam a ter informação não somente sobre transações passadas, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e recursos que serão recebidos no futuro, sendo mais úteis para o usuário.
b) Continuidade – O pressuposto das demonstrações contábeis é que a entidade está em marcha e continuará em operação num futuro previsível. Caso a entidade esteja em liquidação, com previsão de redução substancial da escala de operação, a base das demonstrações muda, devendo ser divulgada.
As informações contábeis devem apresentar características qualitativas, que são atributos que fazem com que a contabilidade seja útil para o usuário. São quatro características;
i. Compreensibilidade – as demonstrações contábeis devem ser prontamente entendidas pelos usuários que possuam um conhecimento razoável dos negócios, das atividades econômicas e da contabilidade, além de ter disposição para estudar as informações com diligência. Isto não significa que assuntos complexos, de difícil entendimento, devam ser excluídos.
ii. Relevância – As informações são relevantes quando influenciam as decisões econômicas dos usuários (do passado, presente e futuro), confirmando ou corrigindo as avaliações anteriores. A relevância das informações é afetada pela natureza e materialidade. Uma informação é considerada material quando sua omissão ou distorção influencia as decisões econômicas dos usuários.
iii. Confiabilidade – A informação deve ser confiável, o que significa estar livre de erros ou vieses relevantes. Uma informação pode ser relevante, mas não confiável, quando o reconhecimento distorcer as demonstrações contábeis. Em situações onde o impacto financeiro de uma transação é muito incerto, não é apropriado o reconhecimento, como é o caso do goodwill. A confiabilidade significa a representação com propriedade dos eventos, a prioridade da essência sobre a forma, a neutralidade, a integridade e a prudência.
iv. Comparabilidade – uma das características qualitativas é a possibilidade dos usuários compararem as demonstrações contábeis ao longo do tempo e entre diferentes entidades. Isto significa que transações semelhantes devem ser reconhecidas de forma semelhante pela entidade ao longo do tempo e por diversas entidades diferentes.
A estrutura conceitual apresenta duas limitações importantes na relevância e na confiabilidade das informações:
i. Tempestividade – A demora na divulgação das informações pode significar a perda de relevância. Entretanto, em muitas situações, a rapidez na divulgação das informações pode comprometer a confiabilidade. A estrutura conceitual estabelece que o equilíbrio entre relevância e confiabilidade deva ser dado pelo processo decisório dos usuários. Uma vez que a identificação das necessidades dos usuários é muito difícil na prática, o critério é o julgamento da administração da empresa.
ii. Equilíbrio entre Custo e Benefício – Uma informação deve obter um benefício superior ao custo de sua obtenção. A estrutura conceitual reconhece que isto é um exercício de julgamento. Além disto, enquanto os benefícios são usufruídos pelos usuários, os custos são arcados pela entidade.
(Em colaboração com o prof. Jorge Katsumi Niyama)
O surgimento do CPC deve ser visto como conseqüência de uma serie de mudanças que ocorreu na economia brasileira nos quinze anos antecedentes, em particular a abertura para o mercado externo.
O CPC é composto por representantes da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), da Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), da Bovespa, do Conselho Federal de Contabilidade, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Além desses membros, participam, como convidados, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a Superintendência dos Seguros Privados (Susep), além de outras entidades ou especialistas convidados.
A criação do CPC ocorreu em função da necessidade de:
a. Promover a convergência internacional das normas contábeis, que implicaria numa redução no custo da contabilidade e na redução do risco;
b. Centralizar da emissão de normas contábeis; e
c. Ter uma representação e processos democráticos na emissão das informações.
Para isso, o CPC pode emitir pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações.
Em termos de estrutura, o CPC possui quatro coordenadorias: de operações, de relações institucionais, de relações internacionais e técnica. Essa última coordenadoria será responsável pela elaboração dos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações, que é realizada em sete fases:
1ª. Fase – Elaboração da Minuta Inicial – M1 – A minuta será feita por um relator, com a participação da coordenadoria técnica, que será examinada pelo grupo de trabalho;
2ª. Fase – Análise da Minuta inicial (M1) pelo Grupo de Trabalho – Análise individual feita por diversos membros do Grupo de Trabalho, que enviarão sugestões. O resultado dessa fase conduz a uma segunda minuta (M2)
3ª. Fase – Análise da Minuta M2 pelo CPC – Análise critica do CPC que irá conduzir a uma terceira minuta (M3)
4ª. Fase – Análise da Minuta M3 por órgão regulador específico, convidado a opinar e participar. Ao final tem-se uma quarta minuta (M4)
5ª. Fase – Audiência Pública – A minuta M4 será levada a apreciação da comunidade, mediante audiência pública no sítio do CPC.
6ª. Fase – Revisão Final da Minuta M4 – Após o exame das sugestões colhidas na audiência pública o projeto é aprovado pelo CPC, resultando na minuta M5
7ª. Fase – Apreciação Final do CPC, podendo ser aprovada, com ou sem alterações, ou rejeitada.
Em meados de 2007 o CPC, em conjunto com a CVM, submeteu para audiência pública a Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Esta estrutura está baseada num texto similar do Iasb, substituindo a Estrutura do Ibracon, previamente aprovada e discutida neste capítulo. Apesar de a proposta afirmar que não existe diferença, na essência, do pronunciamento anterior, as mudanças são realmente significativas.
Em lugar dos postulados, princípios e convenções, a Estrutura do CPC/CVM apresenta os pressupostos básicos, que são os seguintes:
a) Regime de Competência – as demonstrações contábeis devem ser preparadas conforme o regime contábil de competência. Com o regime de competência, os usuários passam a ter informação não somente sobre transações passadas, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e recursos que serão recebidos no futuro, sendo mais úteis para o usuário.
b) Continuidade – O pressuposto das demonstrações contábeis é que a entidade está em marcha e continuará em operação num futuro previsível. Caso a entidade esteja em liquidação, com previsão de redução substancial da escala de operação, a base das demonstrações muda, devendo ser divulgada.
As informações contábeis devem apresentar características qualitativas, que são atributos que fazem com que a contabilidade seja útil para o usuário. São quatro características;
i. Compreensibilidade – as demonstrações contábeis devem ser prontamente entendidas pelos usuários que possuam um conhecimento razoável dos negócios, das atividades econômicas e da contabilidade, além de ter disposição para estudar as informações com diligência. Isto não significa que assuntos complexos, de difícil entendimento, devam ser excluídos.
ii. Relevância – As informações são relevantes quando influenciam as decisões econômicas dos usuários (do passado, presente e futuro), confirmando ou corrigindo as avaliações anteriores. A relevância das informações é afetada pela natureza e materialidade. Uma informação é considerada material quando sua omissão ou distorção influencia as decisões econômicas dos usuários.
iii. Confiabilidade – A informação deve ser confiável, o que significa estar livre de erros ou vieses relevantes. Uma informação pode ser relevante, mas não confiável, quando o reconhecimento distorcer as demonstrações contábeis. Em situações onde o impacto financeiro de uma transação é muito incerto, não é apropriado o reconhecimento, como é o caso do goodwill. A confiabilidade significa a representação com propriedade dos eventos, a prioridade da essência sobre a forma, a neutralidade, a integridade e a prudência.
iv. Comparabilidade – uma das características qualitativas é a possibilidade dos usuários compararem as demonstrações contábeis ao longo do tempo e entre diferentes entidades. Isto significa que transações semelhantes devem ser reconhecidas de forma semelhante pela entidade ao longo do tempo e por diversas entidades diferentes.
A estrutura conceitual apresenta duas limitações importantes na relevância e na confiabilidade das informações:
i. Tempestividade – A demora na divulgação das informações pode significar a perda de relevância. Entretanto, em muitas situações, a rapidez na divulgação das informações pode comprometer a confiabilidade. A estrutura conceitual estabelece que o equilíbrio entre relevância e confiabilidade deva ser dado pelo processo decisório dos usuários. Uma vez que a identificação das necessidades dos usuários é muito difícil na prática, o critério é o julgamento da administração da empresa.
ii. Equilíbrio entre Custo e Benefício – Uma informação deve obter um benefício superior ao custo de sua obtenção. A estrutura conceitual reconhece que isto é um exercício de julgamento. Além disto, enquanto os benefícios são usufruídos pelos usuários, os custos são arcados pela entidade.
(Em colaboração com o prof. Jorge Katsumi Niyama)
22 setembro 2007
Enanpad
Mais um Enanpad. De domingo até quarta estarei no Rio de Janeiro como coordenador da área de Contabilidade do Enanpad. Voltarei a postar na quinta-feira.
21 setembro 2007
Mistakes are an essential part of education.
ertrand Russell, Bdritish philosopher
Erros são essenciais na edução - ertrand Russel, Filósofo imglês
Gol
A notícia que a Gol planeja comprar ações da empresa e posteriormente fechar o capital foi objeto de análise de especialistas. Destaco aqui a visão de dois destes. Travis Johnson inicia sua análise destacando a questão de uma empresa familiar e os problemas que isto significa. Analisa também as causas da queda do preço da ação da empresa (desastre do avião da TAM, restrições ao tráfico aéreo no Brasil e, principalmente, o problema da infraestrutura dos aeroportos). O preço da ação estaria abaixo do seu valor real.
Outro artigo, de Mark Turner destaca o azar da empresa nos últimos doze meses.
Abaixo, o gráfico com o comportamento das ações nos últimos meses.
Outro artigo, de Mark Turner destaca o azar da empresa nos últimos doze meses.
Abaixo, o gráfico com o comportamento das ações nos últimos meses.
Fotografia
Poder do Varejo
Saraiva quer "enxoval" para lojas e divide opiniões
Valor Econômico - 21/09/2007
O novo contrato que a livraria Saraiva enviou aos fornecedores nos últimos dois meses divide opiniões no mercado editorial. (...) O acordo, ao qual o Valor teve acesso, prevê a adoção de práticas conhecidas em outros segmentos do varejo, como, por exemplo, o "enxoval", bastante comum nos supermercados. A prática chama-se assim porque obriga o fornecedor a "presentear" todo ou parte do estoque de uma nova loja. No caso da Saraiva, a empresa pede às editoras um "enxoval" de dois exemplares de cada título de livro que será exposto nas lojas a serem inauguradas.
A varejista exige ainda que cada fornecedor contribua com R$ 10 mil para a abertura de um ponto-de-venda - R$ 5 mil como "verba de abertura" e outros R$ 5 mil como "verba de marketing".
(...) No mercado editorial, o "enxoval" não é algo ainda muito comum. O mais usado é o sistema de consignação - o fornecedor só recebe por um produto após ele ser vendido. (...)
"Até" Contabilidade
No Valor Econômico (Algar investe na preparação de herdeiros, 21/09/2007)
Entre as atividades que desenvolve estão visitas às empresas, aulas teóricas sobre temas como marketing e até contabilidade
Entre as atividades que desenvolve estão visitas às empresas, aulas teóricas sobre temas como marketing e até contabilidade
Gatinho provoca demissão na BBC
BBC demite produtor que mudou voto sobre gatinho
Folha de São Paulo 21/09/2007
DA REDAÇÃO
A BBC, emissora pública britânica, anunciou ontem ter demitido o produtor de uma de suas principais séries infantis de TV, por ter acobertado a fraude na votação para a escolha do nome de um gatinho que seria o mascote do programa.
As crianças que participaram da votação, por telefone ou pela internet, decidiram em sua maioria que o gatinho do programa "Blue Peter" deveria se chamar Cookie (biscoito).
Mas a produção, com a cumplicidade de Richard Marson, o produtor afastado, mudou o resultado por acreditar que o nome mais conveniente seria Socks (meia curta), o segundo mais votado e também o nome do gato do ex-presidente americano Bill Clinton, nos anos de Casa Branca (1993-2001).
A votação e a fraude ocorreram em janeiro de 2006. Uma auditoria sigilosa foi concluída apenas recentemente, e seu resultado, ontem revelado.
(...) Os jornais "The Guardian" e "Daily Telegraph", além do próprio site da BBC, informam que essa e outras irregularidades deverão provocar a demissão imediata de ao menos 25 funcionários da emissora
(...) Segundo a Reuters, há três outros esqueletos no armário de problemas. Um deles atinge programa do canal BBC 6 Music, em que a produção do radialista Tom Robinson inventou o nome do ouvinte que ganhou ingresso para a um show.
Em seguida, a produção da DJ Clare McDonnell também inventou o nome de um ganhador, porque todos os ouvintes que haviam concorrido, em número pequeno, já haviam sido contemplados anteriormente.
Por fim, na rede asiática da BBC, a produção não levou em conta um concurso para a escolha de um ator de Bollywood (centro de produção de filmes da Índia), porque este não estava disponível para entrevistas.
Paralelamente, foi demitida a produtora Leona McCambridge, do programa musical Liz Kershaw, que simulava ser uma transmissão ao vivo quando, em verdade, a produção era gravada com antecedência.
A direção da BBC determinou a criação de um curso de treinamento sobre seus princípios deontológicos, que deverão ser freqüentados já a partir de novembro por 16.500 funcionários da produção.
Com agências internacionais
20 setembro 2007
Dicas de matemática
Um endereço apresenta uma lista de dicas de matemática, para fazer cálculos rápidos. A primeira dica é multiplicação por 11
1. Multiplicação por 11
Quando você quiser multiplicar um número de dois dígitos por 11, insira um espaço entre os números:
52 x 11
5 _ 2
No espaço, coloque a soma dos dois números
5 (5+2) 2
A resposta de 5+2 = 7
O resultado de 52x11 = 572
Caso o número apresente um resultado acima de 9 basta acrescentar um no primeiro dígito. Por exemplo:
99 x 11
9 _ 9 x 11
9 (9+9) 9
(9+1) 8 9
1089 é a resposta
1. Multiplicação por 11
Quando você quiser multiplicar um número de dois dígitos por 11, insira um espaço entre os números:
52 x 11
5 _ 2
No espaço, coloque a soma dos dois números
5 (5+2) 2
A resposta de 5+2 = 7
O resultado de 52x11 = 572
Caso o número apresente um resultado acima de 9 basta acrescentar um no primeiro dígito. Por exemplo:
99 x 11
9 _ 9 x 11
9 (9+9) 9
(9+1) 8 9
1089 é a resposta
Valor justo
A questão da adoção do valor justo na contabilidade, em lugar do custo histórico, ainda desperta polêmica. Em "What do users really want from 'fair value' accounting?", Jennifer Hughes, do Financial Times de setembro de 2007, afirma:
O problema é que o valor justo não é simples. SFAS 157 é baseado da “no preço de saída”: o preço que um terceiro pagaria por um ativo ou por um passivo. Isto cria problemas quando não existe mercados disponíveis. Por exemplo, uma companhia que vende garantia dos seus produtos; na teoria do preço de saída teria que considerar as garantias no preço que alguém pagaria por elas - mas não existe nenhum mercado para esta e, além disso, um terceiro provávelmente iria exigir um prêmio sobre o custo caso existisse.
Um outro exemplo é dívida. Se o rating de crédito de uma companhia caíssem, por exemplo de um valor inicial de 100 para 80, que seria o preço de mercado [a diferença seria resultado]. Mas a companhia é ainda responsável para os 100 que tomou emprestado. (...)
Produtos made in USA
Este endereço fez uma lista de 22 produtos que são feitos nos Estados Unidos, após muito esforço. É a globalização.
Definição de termos contábeis
É importante salientar que até a publicação da Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis pelo CPC e CVM não existia uma definição nas normas brasileiras. Esta estrutura propôs uma definição muito similar a do Iasb. Por exemplo, a Estrutura definie ativo como "um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. "
Expansão da Petrobrás
Petrobras namora Esso da Argentina
Marina Guimarães e Kelly Lima
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 20/09/2007
A Petrobras é vista pelo mercado como a principal interessada em comprar os ativos da norte-americana Esso na Argentina. Apesar de a estatal se negar a comentar o assunto, são fortes os rumores de que estaria negociando com a companhia norte-americana, transação que pode ser anunciada até a próxima segunda-feira, quando expira o prazo estipulado pela Esso para avançar em seu plano de deixar a Argentina até o final do ano. A companhia americana estipulou o valor de seus ativos em US$ 200 milhões.
(...) A Petrobras possui hoje uma produção total de 107 mil barris de óleo equivalente por dia na Argentina, dos quais processa apenas 30 mil em suas unidades de refino. A refinaria da Esso tem capacidade para algo em torno de 100 mil barris por dia. "Mesmo que tenha que importar, pode importar de sua produção brasileira", disse outro analista de instituição financeira, lembrando que seria uma maneira de a estatal agregar maior valor ao seu óleo pesado hoje exportado por um preço menor do que o mercado internacional por sua qualidade inferior.
Com relação à aquisição de postos de serviço da Esso, os analistas estimam que haveria certamente um bom ganho de market share, mas não consideram que este poderia representar algum impacto expressivo nos negócios da empresa. "Muitos dos postos teriam que ser vendidos por estarem no mesmo raio de atuação da própria Petrobras", avaliou o consultor de um banco no Rio.
Segundo levantamento realizado pela Consultoria Investigações Econômicas Setoriais, no primeiro semestre de 2007, a Petrobras obteve 14% do mercado de vendas de óleo diesel, seguido pela Shell com 13%, e Esso com 12,6%. Se a Petrobras adquirir a Esso, passaria a ter 27% desse mercado, metade da fatia pertencente à líder Repsol YPF.(...)
Marina Guimarães e Kelly Lima
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 20/09/2007
A Petrobras é vista pelo mercado como a principal interessada em comprar os ativos da norte-americana Esso na Argentina. Apesar de a estatal se negar a comentar o assunto, são fortes os rumores de que estaria negociando com a companhia norte-americana, transação que pode ser anunciada até a próxima segunda-feira, quando expira o prazo estipulado pela Esso para avançar em seu plano de deixar a Argentina até o final do ano. A companhia americana estipulou o valor de seus ativos em US$ 200 milhões.
(...) A Petrobras possui hoje uma produção total de 107 mil barris de óleo equivalente por dia na Argentina, dos quais processa apenas 30 mil em suas unidades de refino. A refinaria da Esso tem capacidade para algo em torno de 100 mil barris por dia. "Mesmo que tenha que importar, pode importar de sua produção brasileira", disse outro analista de instituição financeira, lembrando que seria uma maneira de a estatal agregar maior valor ao seu óleo pesado hoje exportado por um preço menor do que o mercado internacional por sua qualidade inferior.
Com relação à aquisição de postos de serviço da Esso, os analistas estimam que haveria certamente um bom ganho de market share, mas não consideram que este poderia representar algum impacto expressivo nos negócios da empresa. "Muitos dos postos teriam que ser vendidos por estarem no mesmo raio de atuação da própria Petrobras", avaliou o consultor de um banco no Rio.
Segundo levantamento realizado pela Consultoria Investigações Econômicas Setoriais, no primeiro semestre de 2007, a Petrobras obteve 14% do mercado de vendas de óleo diesel, seguido pela Shell com 13%, e Esso com 12,6%. Se a Petrobras adquirir a Esso, passaria a ter 27% desse mercado, metade da fatia pertencente à líder Repsol YPF.(...)
Uma manchete interessante
O Jornal de Notícias (20/9/2007) traz a seguinte reportagem:
Universitários vão pagar mais dinheiro de propinas
Segundo o Houaiss, em Portugal propina significa "taxa paga ao Estado para efeito de matrícula, exame etc."
Universitários vão pagar mais dinheiro de propinas
Segundo o Houaiss, em Portugal propina significa "taxa paga ao Estado para efeito de matrícula, exame etc."
19 setembro 2007
Powerpoint do Google
Tenho usado com certa freqüência o editor de texto do Google. E raramente a sua planilha. Agora a notícia de que a empresa está lançando o seu programa de apresentação. (Clique aqui)
:-)
Apesar de quase nunca usar, destaco o 25o. aniversário do símbolo
:-)
e dos emoticons. Clique aqui para ler
:-)
e dos emoticons. Clique aqui para ler
O alto custo do Etanol
No editorial do New York Times (19/09/2007) a preocupação com o custo do etanol (The High Costs of Ethanol). O texto destaca que o etanol de milho norte-americano é caro, não ajuda a cortar as importações de petróleo e reduz pouco a emissão de gases, além de trazer riscos. Um deles é o aumento no preço dos alimentos, já que também a Europa e a China anunciaram um esforço no sentido de reduzir a dependência do petróleo.
O editorial destaca que em lugar de importar o barato etanol brasileiro, os Estados Unidos colocaram uma tarifa de 54 cents por galão do produto.
O editorial destaca que em lugar de importar o barato etanol brasileiro, os Estados Unidos colocaram uma tarifa de 54 cents por galão do produto.
Marfrig expande no Mercosul
Alguns dos principais jornais em espanhol (uruguaios, espanhois e argentinos) destacaram a expansão do grupo Marfrig e a compra de frigoríficos, dois na Argentina e dois no Uruguai. As operações envolvem valores de 270 milhões de dólares.
O jornal La Nacion (18/9/2007) mostra a preocupação com esta expansão:
O jornal La Nacion (18/9/2007) mostra a preocupação com esta expansão:
Estas adquisiciones en el sector de la carne -que se suman a los desembarcos de la también brasileña JBS y las norteamericanas Tyson Foods y Cargill- están despertando inquietud entre empresarios frigoríficos y los productores ganaderos que ven con preocupación que la mitad de la cuota Hilton (de exportación a la Unión Europea) asignada a la Argentina ya esté en manos de empresas extranjeras. "Hay una decisión política de Brasil de manejar el comercio mundial de carnes; por eso están comprando frigoríficos en todo el Cono Sur, e incluso en Estados Unidos. No son inversiones genuinas; no vienen a construir y generar nuevos puestos de trabajo. Vienen a comprar porciones de mercado, y lo hacen con subsidios de su gobierno", afirmó Miguel Schiaritti, presidente de Cámara de la Industria y Comercio de Carnes de la Argentina (Ciccra).
"La mayor preocupación es que eslabones importantes de la cadena de valor de un producto como la carne quedan en manos extranjeras que fugan ganancias y no reinvierten lo que deberían. Habría que rediscutir la distribución de la cuota Hilton", afirmó el presidente de la Federación Agraria, Eduardo Buzzi. "Somos defensores de la apertura económica y el libre mercado, pero en este caso tenemos que lamentar que no sean las empresas nacionales las que salgan a comprar. La Argentina, el país más competitivo en el sector de la carne, está dejando espacios y está quedándose atrás", dijo el presidente de la Sociedad Rural, Luciano Miguens.
Previsão do Fluxo de Caixa Muda
A reportagem a seguir é extensa, mas muito interessante.
Nova Publicação Identifica Cinco Principais Tendências Que Impactam a Previsão de Fluxo de Caixa
Business Wire Latin America - 18/09/2007
VIENA, Áustria-- (BUSINESS WIRE LATIN AMERICA)--18 de setembro de 2007-- Uma nova publicação patrocinada pela Visa intitulada "Tendências em Previsão de Fluxo de Caixa" destaca a situação atual da previsão de fluxo de caixa no curto prazo, identifica e analisa as cinco principais tendências que estão impactando a previsão de fluxo de caixa e fornece quatro categorias de melhores práticas.
Os tesoureiros corporativos de todo o mundo estão agora focando a atenção em previsão de fluxo de caixa por duas razões, de acordo com a publicação. Primeiro, houve um aumento na sofisticação dos processos de previsão devido a recentes melhorias na tecnologia da informação e avanços nas técnicas de previsão. Segundo, os problemas enfrentados pelos que fazem previsão se tornaram mais desafiantes como resultado de um aumento nas exportações e a utilização mais intensa de dívidas por financiamento.
A publicação, divulgada na EuroFinance International Cash and Treasury Management Conference em Viena, Áustria, enfoca as previsões de curto prazo que abrangem os próximos doze meses e representam as principais preocupações dos departamentos de tesouraria corporativos.
"A previsão é crítica para as companhias de todos os tamanhos minimizarem riscos, maximizarem a utilização do capital de giro e organizarem os retornos sobre o investimento: até agora as companhias achavam difícil historicamente desenvolver modelos de previsão precisos em razão da incapacidade de adquirir informações de qualidade", disse Aliza Knox, vice-presidente sênior da Visa Commercial, Visa International. "Várias das tendências da previsão de fluxo de caixa favorecem os pagamentos eletrônicos e os cartões de pagamento porque proporcionam acesso direto a dados de receitas e dispêndios facilmente categorizados."
As cinco principais tendências que impactam a previsão de fluxo de caixa são:
1. A melhoria da tecnologia está simplificando o processo de previsão: As empresas estão utilizando melhores sistemas de informações para simplificar e melhorar o processo de previsão.
-- As empresas estão cada vez mais contando com sistemas de informações de tesouraria (TIS) e fazendo menos uso de planilhas eletrônicas. Os TIS oferecem vantagens porque eles mantêm uma previsão centralizada, reduzem a entrada de dados manual sujeita a erros, permitem melhores controles de segurança, proporcionam um claro acompanhamento de auditoria e podem incluir facilmente fluxos de dados diretos de outras fontes que podem ser utilizados na preparação da previsão.
2. A função de previsão está sendo centralizada: As previsões estão sendo produzidas mais freqüentemente por sedes corporativas ao invés de em nível de unidades de negócios.
-- Os TIS facilitam a transferência de informações de unidades de negócios para as sedes. Na previsão centralizada, um pequeno número de funcionários nas sedes pode enfocar todo o seu tempo na previsão, permitindo, assim, que se tornem especialistas no gerenciamento e novas técnicas para gerar previsões superiores em menos tempo. Além disso, a centralização permite uniformidade nas previsões de diferentes divisões.
3. Regulamentos mais rígidos estão conduzindo previsões melhor informadas: Efeitos adicionais de controles regulamentares estritos estão levando a previsões mais informadas e voltadas para dados.
-- A previsão precisa pode representar um componente crítico de compatibilização regulamentar e os regulamentos de títulos em alguns países aumentaram diretamente a importância da função de previsão.
4. Novas técnicas de previsão foram disponibilizadas: Novas técnicas baseadas em análises estatísticas e econômicas estão sendo cada vez mais adotadas.
-- Essas técnicas incluem: a) previsões em nível de projeto que são mais precisas do que previsões em nível da companhia: b) previsão baseada em condutor que permite às empresas avaliar os efeitos de mudanças no ambiente econômico; c) "Fluxo de Caixa de Risco" que permite às empresas avaliar o risco de que um evento desastroso possa levar a uma deficiência de caixa; d) incorporação de previsões no processo de tomada de decisão de vencimento de investimentos para reduzir os custos de transações bancárias; e e) modelagem de análises de crédito entre países e macroeconômica internacional para controlar a volatilidade do fluxo de caixa gerado por exportações.
5. Os negócios de capital privado estão aumentando a necessidade de previsões precisas: A tendência para melhores previsões está se fortalecendo, especialmente em empresas compradas por investidores em aquisição de controle acionário de capital privado.
-- As empresas adquiridas por fundos de aquisição de controle acionário de capital privado normalmente trazem empréstimos pesados. Essas empresas precisam produzir previsões especialmente precisas para se compatibilizar com as cláusulas de empréstimos e evitar os riscos de falência.
"Os benefícios criados por boas práticas de previsão de fluxo de caixa vão desde melhorias significantes de eficiência em empresas com caixa rico a proteção potencial de insolvência em empresas financeiramente apertadas", disse o Dr. Mark J. Garmaise, PHD, da UCLA Anderson School of Management, autor da publicação sobre previsão de fluxo de caixa. "As tendências sugerem que as companhias estão propensas a incorporar o modelo de previsão de fluxo de caixa de maneira mais completa em sua estratégia de planejamento operacional para manter um nível desejado de liquidez independentemente de atividades não previstas."
Melhores Práticas
A publicação descreve quatro categorias de melhores práticas de análise das cinco tendências de previsão de fluxo de caixa, incluindo:
1. Sistemas: Os sistemas de informações de tesouraria integrados em nível da empresa, como estações de trabalho de tesouraria de terceiros ou módulos de tesouraria de planejamento de recursos empresariais, são os melhores. As previsões baseadas em planilhas eletrônicas estão cada vez mais obsoletas.
2. Técnicas de Previsão: A previsão baseada em condutor, utilizando simulações ou regressões, é melhor, especialmente quando combinada com cenários de análises estatísticas que proporcionam um senso de fluxo de caixa futuro esperado bem como sua extensão.
3. Métodos de Pagamento: Alguns dos sistemas de pagamento eletrônico, especialmente os que incluem integração com as contas dos clientes e fornecedores, são melhores. Esses métodos de pagamento podem ser incorporados em novas tecnologias de previsão. Os sistemas de pagamento eletrônico também proporcionam dados que são úteis para técnicas de previsão com informação intensiva.
4. Função de Tarefa: A atenção da equipe de tesouraria deverá estar enfocada em uma análise dos determinantes da variabilidade do fluxo de caixa, não na coleta de dados. A tecnologia avançada automatiza a tarefa anterior que consome tempo de coleta de dados, deixando os que fazem previsão com tempo para estudar mais cuidadosamente as dinâmicas de fluxo de caixa.
Benefícios Dos Pagamentos Eletrônicos em Relação Aos Cheques
De acordo com a publicação, várias das tendências na previsão de fluxo de caixa favorecem a utilização de pagamentos eletrônicos e cartões de pagamento em relação aos cheques. Por exemplo:
-- Melhor integração de tecnologia e sistemas torna mais atrativa a utilização de pagamentos eletrônicos e cartões de pagamento, porque esses métodos de pagamento podem ser incorporados em sistemas de computação em nível da empresa.
-- A centralização favorece os pagamentos eletrônicos e os cartões para valores a receber e a pagar, por causa do acesso direto às informações sobre os futuros fluxos de caixa que são fornecidas.
-- Os regulamentos mais rígidos favorecem os pagamentos eletrônicos e os cartões, porque eles proporcionam controle sobre os fundos e permitem às companhias limitar o acesso a esses fundos a pessoas autorizadas. Além disso, a limitação das compras corporativas a pagamentos eletrônicos e cartões torna fácil para as empresas monitorar o fluxo de caixa e prevenir dispêndios não autorizados, porque esses pagamentos são mais fáceis de documentar e permitem acompanhamento de auditoria.
-- Novas técnicas avançadas de previsão sugerem a utilização de pagamentos eletrônicos e cartões porque oferecem dados desagregados de receitas e dispêndios que podem ser facilmente categorizados e estudados.
Metodologia
Para analisar a situação atual da previsão de fluxo de caixa e desenvolvimentos que também serão provavelmente importantes no futuro, a Visa contratou o Dr. Garmaise, um especialista em finanças corporativas e negócios bancários, para identificar e analisar mais de 75 trabalhos de pesquisa secundária. O Dr. Garmaise também conduziu entrevistas de pesquisa primária em seis organizações de vários tamanhos em diversas indústrias em todo o mundo para saber mais sobre seus processos atuais e futuros de previsão de fluxo de caixa.
Gestão no Futebol
Reportagem de Catarina Beato para o Diário Económico de Portugal (Sporting vende património e apresenta lucro, 19/09/2007) mostra a gestão do futebol português. Faço alguns comentários sobre o texto.
Ou seja, se não fosse a venda dos imóveis o Sporting teria um prejuízo de 0,5 milhão de euro. Observe que este é um exemplo interessante de contabilização de resultado de venda de imóvel. O valor de custo foi de $35 milhões e a receita bruta foi de $50 milhões, levando a um resultado líquido com imóveis de $15 milhões.
Um novo sinal que as contas do clube foram equilibradas com resultados não recorrentes, ou seja, operações que não irão se repetir no futuro.
Em outras palavras, o resultado com compra e venda de jogadores, excluindo as despesas de formação, foi de 18,7 milhões de euros.
Será muito diferente de um clube brasileiro bem administrado?
A SAD do Sporting conseguiu chegar aos lucros: 14,5 milhões de euros em 2006/2007. Mas a época passada ficou marcada também pela venda do património não desportivo do Sporting - Clínica CUF, Centro Comercial Alvaláxia, Holmes Place e o edifício Visconde de Alvalade - por cerca de 50 milhões de euros. A transacção rendeu ao Sporting (...) 15 milhões de euros, considerando o investimento de 35 milhões feitos nos edifícios circundantes do Estádio José Alvalade.
Ou seja, se não fosse a venda dos imóveis o Sporting teria um prejuízo de 0,5 milhão de euro. Observe que este é um exemplo interessante de contabilização de resultado de venda de imóvel. O valor de custo foi de $35 milhões e a receita bruta foi de $50 milhões, levando a um resultado líquido com imóveis de $15 milhões.
E a estratégia desportiva mostrou resultados: a Academia de Alcochete mantém-se nas mãos do Sporting e deu um contributo fundamental para o resultado positivo das contas da SAD. A venda do jogador Nani, por 25 milhões de euros ao Manchester United, já entrou nas contas de 2006/2007 com 20 milhões de euros. No próximo ano, o Sporting SAD recebe o restante valor.
Um novo sinal que as contas do clube foram equilibradas com resultados não recorrentes, ou seja, operações que não irão se repetir no futuro.
Em declarações Diário Económico, o presidente da SAD, Soares Franco, assumiu que a formação dá lucros mas "é preciso não esquecer o investimento que foi feito na Academia e todos os custos de manutenção deste espaço".
E se há jogadores que entram meninos e saem milionários, outros há que acabam por nunca ter uma carreira futebolística .
"Este ano houve uma restruturação do plantel: vendemos, rescindimos contratos e fizemos novas aquisições", explicou Soares Franco. A contabilidade da pré-época foi positiva: o investimento em novos jogadores não ultrapassou 9,3 milhões de euros, as vendas renderam mais de 28 milhões de euros, montante três vezes superior à época anterior.
Em outras palavras, o resultado com compra e venda de jogadores, excluindo as despesas de formação, foi de 18,7 milhões de euros.
Igualmente importante para as contas do clube foi a participação na Liga dos Campeões e a qualificação directa para esta competição europeia para a época 2007/2008, o que resultou num proveito [resultado] imediato de 4,4 milhões de euros. (...)
Exemplo disso foi o impacto nas contas da SAD do Futebol Clube do Porto depois do afastamento do clube das provas europeias na temporada passada. No entanto, em 2003/2004, o Porto registava resultados líquidos positivos em resultado do título de campeão europeu que ofereceu ao clube 29,4 milhões de euros - mais de 25% do total de proveitos do Porto nessa época. O FC Porto venceu o Mónaco, por 3-0, na final da Liga dos Campeões, arrecadando um prémio de 27 milhões de francos suíços além das contrapartidas com as transmissões televisivas e possíveis transferências de jogadores. Só a final representou um prémio de 6,5 milhões de euros. (...)
Será muito diferente de um clube brasileiro bem administrado?
18 setembro 2007
Rir é o melhor remédio
Americano,Brasileiro e Argentino
Estavam na China um brasileiro, um americano e um argentino. Estavam bebendo na praça. Só que na China isso é proibido e eles foram pêgos em flagrante. Presos, foram mandados ao Juiz para receberem sua sentença.
O Juiz deu uma bronca enorme e disse que cada um iria receber 20 chicotadas como punição. Só que estavam em transição entre o ano do cão e o do rato, então cada prisioneiro tinha direito à um pedido:
- Você americano ! Seu país é racista, capitalista e eu odeio vocês, mas promessa é promessa! Qual o seu desejo, desde que seja não escapar da punição?
- Quero que amarrem 1 travesseiro nas minhas costas!
- Que assim seja!
E tome as chicotadas com o travesseiro nas costas. Lá pela décima chicotada o travesseiro cedeu e o americano levou 10 chicotadas.
- Sua vez argentino! Seu povo é muito arrogante e trapaceiro. Odeio vocês, mas promessa é promessa!! Qual o seu desejo?
- Que amarrem 2 travesseiros nas minhas costas!
E assim foi. Lá pela décima quinta chicotada os travesseiros cederam e o argentino tomou 5 das 20 chicotadas. Mas ficou feliz porque passou a perna no americano! Foi a vez do brasileiro.
- Ora, ora, você é brasileiro... povo simpático, bom de futebol, humilde... como eu gosto do seu povo você terá 2 pedidos!!
- Bem, eu queria levar 100 chicotadas...
- Espantoso!! Ainda por cima é corajoso!! Seu primeiro pedido será realizado!!
Qual é o próximo?
- Amarrem o argentino nas minhas costas!!
Enviado por Matias Pereira
Estavam na China um brasileiro, um americano e um argentino. Estavam bebendo na praça. Só que na China isso é proibido e eles foram pêgos em flagrante. Presos, foram mandados ao Juiz para receberem sua sentença.
O Juiz deu uma bronca enorme e disse que cada um iria receber 20 chicotadas como punição. Só que estavam em transição entre o ano do cão e o do rato, então cada prisioneiro tinha direito à um pedido:
- Você americano ! Seu país é racista, capitalista e eu odeio vocês, mas promessa é promessa! Qual o seu desejo, desde que seja não escapar da punição?
- Quero que amarrem 1 travesseiro nas minhas costas!
- Que assim seja!
E tome as chicotadas com o travesseiro nas costas. Lá pela décima chicotada o travesseiro cedeu e o americano levou 10 chicotadas.
- Sua vez argentino! Seu povo é muito arrogante e trapaceiro. Odeio vocês, mas promessa é promessa!! Qual o seu desejo?
- Que amarrem 2 travesseiros nas minhas costas!
E assim foi. Lá pela décima quinta chicotada os travesseiros cederam e o argentino tomou 5 das 20 chicotadas. Mas ficou feliz porque passou a perna no americano! Foi a vez do brasileiro.
- Ora, ora, você é brasileiro... povo simpático, bom de futebol, humilde... como eu gosto do seu povo você terá 2 pedidos!!
- Bem, eu queria levar 100 chicotadas...
- Espantoso!! Ainda por cima é corajoso!! Seu primeiro pedido será realizado!!
Qual é o próximo?
- Amarrem o argentino nas minhas costas!!
Enviado por Matias Pereira
Marcas que estão no dicionário
Ênio Alves de Souza manda um e-mail sugerindo o nome Qboa como um exemplo de marca que está no dicionário. Como adotei o critério do dicionário Houaiss, não encontrei esta marca. De qualquer forma, valeu a dica.
Meus alunos de especialização fizeram várias sugestões (leite moça, novalgina, aurélio etc). Encontrei uma destas sugestões: Chiclete
Meus alunos de especialização fizeram várias sugestões (leite moça, novalgina, aurélio etc). Encontrei uma destas sugestões: Chiclete
Listagem interessante
Geoffrey James apresenta uma listagem interessante: livros que são superestimados na sua qualidade e o que você deveria ler no seu lugar. Apresento a listagem e as indicações. A explicação você pode ler aqui
1. Reengenharia - Leia no seu lugar “The March of Folly: From Troy to Vietnam” - Barbara Tuchman
2. Em busca da Excelência (Tom Peters e Waterman, 1982) - “The Dilbert Principle” Scott Adams
3. Os segredos de liderança de Átila, o Huno (Wess Roberts, 1989) -A arte da Guerra, Sun Tzu
4. “Jack Welch (1998) - “Crazy Bosses” de Stanley Bing (2007)
5. Jesus CEO, Laurie Beth Jones (1995) - Livro dos Provérbios na Bíblia
6. “Os 7 hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” Steven Covey (1989) - O Princípe - Maquiavel
7. “The One Minute Manager” Kenneth Blanchard e Spencer Johnson (1981) - “The Elements of Style” William Strunk e E.B. White
8. “Quem mexeu no meu queijo” Spencer Johnson (1998) - “How to Lie with Statistics” Darrell Huff (1954)
9. “Chicken Soup for the Soul at Work” Jack Canfield, etc. (HCI, 1996) - “The Complete ‘Yes Minister’” by Jonathan Lynn and Antony Jay (BBC Worldwide Americas, 1989)
10. “Rich Dad, Poor Dad: What the Rich Teach Their Kids — That You Can Learn Too” Robert T. Kiyosaki (2002) - “A Random Walk Down Wall Street: The Time-Tested Strategy for Successful Investing” Burton G. Malkiel (2007)
Faltou O Monge e o Executivo.
1. Reengenharia - Leia no seu lugar “The March of Folly: From Troy to Vietnam” - Barbara Tuchman
2. Em busca da Excelência (Tom Peters e Waterman, 1982) - “The Dilbert Principle” Scott Adams
3. Os segredos de liderança de Átila, o Huno (Wess Roberts, 1989) -A arte da Guerra, Sun Tzu
4. “Jack Welch (1998) - “Crazy Bosses” de Stanley Bing (2007)
5. Jesus CEO, Laurie Beth Jones (1995) - Livro dos Provérbios na Bíblia
6. “Os 7 hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” Steven Covey (1989) - O Princípe - Maquiavel
7. “The One Minute Manager” Kenneth Blanchard e Spencer Johnson (1981) - “The Elements of Style” William Strunk e E.B. White
8. “Quem mexeu no meu queijo” Spencer Johnson (1998) - “How to Lie with Statistics” Darrell Huff (1954)
9. “Chicken Soup for the Soul at Work” Jack Canfield, etc. (HCI, 1996) - “The Complete ‘Yes Minister’” by Jonathan Lynn and Antony Jay (BBC Worldwide Americas, 1989)
10. “Rich Dad, Poor Dad: What the Rich Teach Their Kids — That You Can Learn Too” Robert T. Kiyosaki (2002) - “A Random Walk Down Wall Street: The Time-Tested Strategy for Successful Investing” Burton G. Malkiel (2007)
Faltou O Monge e o Executivo.
Mágicos e Proteção
Recentemente postei um comentário de Varian que indicou que a proteção industrial não é necessariamente sinal de inovação. Esta relação tem sido defendida por pessoas que querem que o sistema de patente perdure em setores como fármacos ou filmes. Entretanto, Varian citava o exemplo do setor de moda. Um outro setor que funciona de forma adequada sem a proteção intectual do estado é o setor de mágica, conforme destaca o blog Boiginboing
A importância do Setor financeiro
Em escuro, o número de empregos (em mil) e mais claro a percentagem do PIB, dos grandes centros financeiros. Observe a importância do setor financeiro para Nova Iorque (15% da sua economia) e Frankfurt.
A figura seguinte, também da The Economist, compara os dois centros mundiais, em termos de valor das ações negociadas, valor dos títulos e novas empresas.
A figura seguinte mostra o mercado de ações e de derivativos, em termos de volume.
A figura seguinte, também da The Economist, compara os dois centros mundiais, em termos de valor das ações negociadas, valor dos títulos e novas empresas.
A figura seguinte mostra o mercado de ações e de derivativos, em termos de volume.
Números
A revista The Economist destaca a importância dos números na vida moderna, tanto para os clientes quanto para as empresas. A quantidade de informação disponível é cada vez maior e as empresas devejam usar estas informações em situações mais complicadas. Como resolver isto? Nenhum ser humano consegue ser rápido o suficiente para processar tanta informação disponível, mas um algoritmo pode fazer esta função. Algumas das tarefas que são realizadas numa empresa são mais mecânicas que outras. O exemplo citado é uma transação envolvendo cartão de crédito, onde o algoritmo verifica se o número digitado pelo cliente está ou não correto. A figura mostra esta operação. O número digitado está na linha1. Na linha dois tem-se o seu reverso (o mesmo número, de trás para frente). A terceira linha apresenta o dobro dos números que estão na posição "par" (assim, o dois, segundo número, o seu dobro é quatro; o quatro, quarto número, seu dobro é oito, e assim por diante). A linha 4 adiciona o novo número. A soma deve apresentar um número divisível por dez, caso contrário o número digitado pelo cliente está errado.
Chiquita Brands condenada
Em postagem anterior já tínhamos comentado este assunto: o pagamento de dinheiro para um grupo terrorista.
Chiquita Brands recebe multa de US$ 25 milhões por pagamentos feitos às AUC
Agencia EFE - Serviço em português- 17/09/2007
Washington, 17 set (EFE).- O juiz americano Royce Lamberth concordou hoje com a multa de US$ 25 milhões imposta à multinacional Chiquita Brands Internacional por ter realizado pagamentos às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).
Segundo a promotoria, esta é a maior multa imposta até o momento no marco da nova legislação antiterrorista dos Estados Unidas.
Em março, a empresa se declarou culpada por ter feito mais de cem pagamentos ao grupo paramilitar colombiano AUC, no valor total de US$ 1,7 milhão.
(...) Como parte do acordo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos também decidiu não apresentar acusações contra os ex-diretores e outros altos executivos envolvidos nos pagamentos feitos às AUC entre 1997 e 2004.
O assessor e executivo da multinacional James Thompson declarou à imprensa que a "decisão é correta", e leva em conta os esforços que a empresa fez para resolver a situação.
No entanto, ele disse que a empresa foi "obrigada a pagar extorsões" para as AUC. O executivo afirmou que a multinacional aceitou o pagamento unicamente para "proteger as vidas dos empregados e de suas famílias".
Para Thompson, o juiz levou em conta a confissão voluntária da empresa e a colaboração durante toda a investigação.
O promotor Jonathan M. Malis também ressaltou a disposição da empresa em colaborar com o caso.
Malis disse, no entanto, que a multinacional fez pagamentos milionários para financiar as armas com que as AUC "mataram civis inocentes".
O juiz Lamberth também destacou o fato ao pronunciar a sentença. Ele lembrou que a conduta da Chiquita Brands era ilegal, e permitiu que as AUC assassinassem civis inocentes na Colômbia.
(...) Com esta sentença, a empresa poderá abafar um escândalo internacional iniciado com os pagamentos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao Exército de Libertação Nacional (ELN), e que se estendeu às AUC, os principais grupos ilegais do conflito armado colombiano.
(...) Em 10 de setembro de 2001, o Departamento de Estado dos EUA considerou as AUC um grupo terrorista.
No entanto, devido aos atentados do dia seguinte, em Nova York, a empresa só soube que o grupo colombiano havia sido considerado 'terrorista' em fevereiro de 2003, quando um advogado descobriu a notícia pela internet, segundo a própria companhia.
Um escritório de advogados aconselhou a empresa a "interromper imediatamente os pagamentos". Alguns diretores, no entanto, se opuseram à interrupção, com medo de colocar a vida dos empregados em risco.
Em abril de 2003, a multinacional comunicou os fatos às autoridades, mas os pagamentos continuaram até fevereiro de 2004.
Real Madrid também tem contas questionadas
Se você acha que problema contábil é privilégio de clubes brasileiros, notícia de jornal espanhol informa que contabilidade do Real Madrid foi questionada pela oposição. Grifo é meu:
Plataforma Blanca cuestiona las cuentas del Real Madrid
Expansión- 18/09/2007
La Plataforma Blanca, asociación que representa a casi 700 socios del Real Madrid, ha planteado "serias dudas y enorme preocupación" acerca de la gestión económica de la actual junta directiva del club deportivo. Después de un análisis profundo de las cuentas, Eugenio Martínez Bravo, presidente de la Plataforma Blanca, considera que "se ha cambiado el criterio contable, como señala el auditor, de forma que su comparación con las cuentas del ejercicio anterior es engañosa. Si tuviésemos en cuenta el criterio de amortización anticipada realizado en el ejercicio previo, habría ahora que incluir 86,7 millones de euros en el debe, lo que convertiría sus 43 millones de beneficio antes de impuestos en 43 millones de pérdidas".
En cuanto a la deuda del club, Martínez Bravo alude a un "importante incremento, donde la partida de acreedores a corto plazo asciende ya a 280 millones de euros, partida que, a fecha de hoy, será, probablemente, muy superior, tras el fuerte desembolso realizado en los fichajes de verano posteriores a la fecha de cierre de las cuentas", que, en su opinión, podría haber desembocado en "tener deuda bancaria después de años con esta partida a cero".
El auditor expresa una segunda salvedad a las cuentas, en cuanto al anticipo de ingresos realizado a través de la contabilidad de opciones de derechos futuros, que podría traducirse en "un menor resultado al declarado, 16 millones de euros".
El grupo de socios cuestiona la capacidad de gestión del presidente del Real Madrid, Ramón Calderón. "Queremos hacer ver a todos los socios el grave riesgo de que la capacidad de generar tesorería sea insuficiente para atender los cada vez más altos compromisos de deuda que se están adquiriendo. Es inadmisible que el Club se niegue a dar explicaciones a sus socios", señaló Martínez Bravo.
Contabilidade e Fraude no Corinthians
Mais notícias sobre a questão contábil no Corintians:
Deic vê enxurrada de notas frias
Policiais têm indícios que a N.B.L pode ter ramificação fraudulenta bem maior do que as 80 fornecidas ao clube
Robson Morelli
O Estado de São Paulo - 18/09/2007
A empresa de contabilidade que vendeu notas fiscais frias para o Corinthians durante cinco anos, de 2000 a 2005, com prejuízo ao clube de pelo menos R$ 436 mil e conhecimento e conivência do presidente Alberto Dualib e do vice Nesi Curi, pode ter espalhado no Parque São Jorge uma ramificação fraudulenta bem maior que as 80 notas apreendidas pelo Ministério Público Estadual. O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) tem indícios de que a N.B.L. Serviços Contábeis, Consultoria Empresarial S.C. Ltda fabricou' notas falsas em diversos setores do Corinthians, de restaurante a trabalho de limpeza, passando pelo setor de informática, povoando assim a administração do clube de documentos ilícitos, cuja contabilidade registrou como sendo serviços prestados por fornecedores de fora.
A N.B.L. é de propriedade de Juraci Benedito, também acusado por crime de estelionato e formação de quadrilha. Ele confessou nos autos que recebia R$ 17 mil por mês no esquema fraudulento.
No dia em que os policiais do Deic, juntamente com promotores públicos do Gaeco, deram uma batida no Parque São Jorge, novas notas frias e de outras empresas ligadas a Juraci foram encontradas, entre elas a JLSB Consertos e Informática. Três computadores também foram apreendidos (um deles da MSI) e estão sendo periciados. Em gravações registradas pela Operação Perestroika', da Polícia Federal, Dualib aparece dizendo que protegeu Nesi Curi durante 14 anos - tempo de sua gestão no clube - emitindo notas frias. "Tirei notas de 14 anos para cá para poder livrar a cara dele (Nesi)", disse Dualib, dia 23 de novembro, em diálogo por telefone com Renato Duprat.
"São notas de valores pequenos, picados, que dificilmente chamariam a atenção dos contadores. É procedimento comum a quem faz isso", explicou o delegado Maurício Guimarães Soares.
17 setembro 2007
Google dá prêmio para fotos da lua
A Google anunciou um prêmio de 30 milhões de dólares para quem conseguir pousar na lua e tirar fotos nos próximos cinco anos (aqui e aqui). Uma jogada de marketing ou novas informações para a empresa?
A mesma empresa lançou uma produto interessante:
O mundo pelos olhos de um amante de livros
Quarta-feira, Setembro 12, 2007 9/12/2007 03:22:00 PM
Publicado por: Jennie Johnson, Corporate Communications
Os profissionais da Pesquisa de Livros estão sempre procurando por novas maneiras de ajudá-lo a explorar o mundo da literatura. É por isso que eles estão entusiasmados com a parceria com o Google Earth para lançar a nova Pesquisa de Livros (em inglês). Talvez alguns de vocês estejam familiarizados com a ferramenta "Locais mencionados em livros", na qual mostramos no mapa lugares citados em alguns livros.
Agora, com a nova Pesquisa de Livros, é possível ter acesso a duas excelentes ferramentas que fazem o oposto do que era feito até então. Elas organizam os livros de acordo com os locais, e não o contrário. Isso quer dizer que pelo Google Earth, você pode "voar" de cidade em cidade e encontrar livros relacionados a elas enquanto navega pelo site. Ou, então, você pode buscar por um local específico, como Canterbury, no Reino Unido, e pesquisar por referências literárias ligadas a esse nome, encontrando uma grande oferta de livros.
E tem mais: como todos os livros que entram nesse index estão com seus direitos autorais liberados, você pode baixar a obra na íntegra que te interessar de onde estiver, ou fazer o download do arquivo em PDF e ler em seu computador depois.
A mesma empresa lançou uma produto interessante:
O mundo pelos olhos de um amante de livros
Quarta-feira, Setembro 12, 2007 9/12/2007 03:22:00 PM
Publicado por: Jennie Johnson, Corporate Communications
Os profissionais da Pesquisa de Livros estão sempre procurando por novas maneiras de ajudá-lo a explorar o mundo da literatura. É por isso que eles estão entusiasmados com a parceria com o Google Earth para lançar a nova Pesquisa de Livros (em inglês). Talvez alguns de vocês estejam familiarizados com a ferramenta "Locais mencionados em livros", na qual mostramos no mapa lugares citados em alguns livros.
Agora, com a nova Pesquisa de Livros, é possível ter acesso a duas excelentes ferramentas que fazem o oposto do que era feito até então. Elas organizam os livros de acordo com os locais, e não o contrário. Isso quer dizer que pelo Google Earth, você pode "voar" de cidade em cidade e encontrar livros relacionados a elas enquanto navega pelo site. Ou, então, você pode buscar por um local específico, como Canterbury, no Reino Unido, e pesquisar por referências literárias ligadas a esse nome, encontrando uma grande oferta de livros.
E tem mais: como todos os livros que entram nesse index estão com seus direitos autorais liberados, você pode baixar a obra na íntegra que te interessar de onde estiver, ou fazer o download do arquivo em PDF e ler em seu computador depois.
Efeito do iPod
Será que as limitações de MP3s e iPods estão arruinando a música pop?
Lee Gomes - The Wall Street Journal - 13/09/2007
Se você sente que tem ouvido mais música mas desfrutado menos dela, algumas pessoas na indústria fonográfica dizem que sabem o motivo. Elas culpam aquele iPod que você não consegue largar e todos os arquivos MP3 de música comprimida que carregou no aparelho.
As pessoas que trabalham por trás dos microfones na indústria fonográfica — produtores, engenheiros de som e assim por diante — dizem que cada vez mais presumem que suas gravações serão ouvidas como MP3s num tocador de música como o iPod. Por causa disso, a combinação está se tornando a "plataforma de referência" usada como teste de como a faixa deve soar. (Produtores de cinema reclamam da mesma coisa quando vêem suas imagens em versões digitais de baixa qualidade.)
Mas por causa das muitas limitações das músicas comprimidas e da relativa baixa qualidade dos fones do iPod, produtores lamentam que estão mixando suas músicas para um baixo denominador comum técnico. O resultado, dizem eles, é uma música com volume alto mas áspera e chapada, e portanto pouco agradável por longos períodos de tempo.
"Agora, quando você acaba de gravar uma faixa, a primeira coisa que uma banda faz é carregá-la em um iPod e ouvir como soa", diz Alan Douches, que trabalhou com a banda de rock Fleetwood Mac e outros. "Anos atrás a gente poderia checar o som num Walkman, mas ninguém acreditava que seria o melhor que poderia soar. Hoje, artistas jovens acreditam que o MP3 é um meio de alta qualidade e o iPod representa o que há de melhor em som."
Não é. Produtores e engenheiros dizem que há muitas maneiras de adaptar uma faixa para um MP3 do iPod. Algumas vezes, as mudanças são para pior.
O veterano Skip Saylor, dono de um estúdio em Los Angeles, diz que as freqüências altas que parecem esplêndidas em um CD, por exemplo, podem não soar tão bem em um arquivo de MP3 e portanto serão cortadas da mixagem. "O resultado pode satisfazê-lo num MP3, mas não o deixaria contente num CD", diz. "Se você me perguntar se estou feliz em fazer isso, minha resposta é não. Mas este é o mundo real, é preciso se adaptar."
Essa mudança para a música comprimida ouvida em iPods está ocorrendo ao mesmo tempo em que outra tendência irrita os audiófilos: a música de hoje é lançada nos volumes mais altos da história, por causa da suposição de que isso vende melhor. O processo de aumentar o volume, porém, tende a eliminar a distinção dos altos e baixos de uma faixa.
Consequentemente, a música pop contemporânea tem um som característico, diz o veterano engenheiro Jack Joseph Puig, de Los Angeles, que trabalhou com os Rolling Stones e Eric Clapton. "Há dez anos, a música era mais quente; era rica e espessa, com mais tons e mais 'poder real'. Mas os novos álbuns são mais frios e brilhantes. Ele têm o que chamo de 'poder implícito'. É tudo feito com defasagens, reverberações e compressões para enganar o seu cérebro."
Todos esses engenheiros tendem a ser audiófilos, o tipo de gente que brigaria para deixar uma faixa perfeita. Mas eles estão começando a questionar se a briga vale a pena.
"Eu me importo com a qualidade, mesmo se o garoto na rua goste do que ele ouve no MySpace, que é ainda pior que MP3", diz Stuart Brawley, um engenheiro de Los Angeles que gravou com Cher e Michael Jackson. "Tentamos produzir a melhor qualidade de som possível, mas nós temos que ser cada vez mais realistas sobre quanto tempo podemos gastar com isso."
É claro que nem todos os produtores de música concordam que os MP3s e iPods estão afetando a música de maneira tão ruim. Larry Klein, conhecido por seu trabalho com Joni Mitchell, diz que "se algo soa muito bem num par de caixas acústicas normais, vai soar ótimo em fones de ouvido. Não posso imaginar fazer uma mixagem de um disco de modo que soe melhor em fones de ouvido".
Quando os primeiros CDs foram lançados, eles foram considerados frios e chapados se comparados com os discos de vinil. Mas seu som melhorou à medida que os engenheiros aprenderam mais sobre o meio, um processo que muitos esperam que se repita com MP3s e tocadores de música portáteis.
Mesmo assim, os engenheiros ainda sentem nostalgia das tecnologias antigas. "O que perdemos nesta nova era de compressão em massa e baixa fidelidade são discos que soam tão bem que você se perde neles. 'Dark Side of the Moon' — já não se fazem mais discos como aquele."
Lee Gomes - The Wall Street Journal - 13/09/2007
Se você sente que tem ouvido mais música mas desfrutado menos dela, algumas pessoas na indústria fonográfica dizem que sabem o motivo. Elas culpam aquele iPod que você não consegue largar e todos os arquivos MP3 de música comprimida que carregou no aparelho.
As pessoas que trabalham por trás dos microfones na indústria fonográfica — produtores, engenheiros de som e assim por diante — dizem que cada vez mais presumem que suas gravações serão ouvidas como MP3s num tocador de música como o iPod. Por causa disso, a combinação está se tornando a "plataforma de referência" usada como teste de como a faixa deve soar. (Produtores de cinema reclamam da mesma coisa quando vêem suas imagens em versões digitais de baixa qualidade.)
Mas por causa das muitas limitações das músicas comprimidas e da relativa baixa qualidade dos fones do iPod, produtores lamentam que estão mixando suas músicas para um baixo denominador comum técnico. O resultado, dizem eles, é uma música com volume alto mas áspera e chapada, e portanto pouco agradável por longos períodos de tempo.
"Agora, quando você acaba de gravar uma faixa, a primeira coisa que uma banda faz é carregá-la em um iPod e ouvir como soa", diz Alan Douches, que trabalhou com a banda de rock Fleetwood Mac e outros. "Anos atrás a gente poderia checar o som num Walkman, mas ninguém acreditava que seria o melhor que poderia soar. Hoje, artistas jovens acreditam que o MP3 é um meio de alta qualidade e o iPod representa o que há de melhor em som."
Não é. Produtores e engenheiros dizem que há muitas maneiras de adaptar uma faixa para um MP3 do iPod. Algumas vezes, as mudanças são para pior.
O veterano Skip Saylor, dono de um estúdio em Los Angeles, diz que as freqüências altas que parecem esplêndidas em um CD, por exemplo, podem não soar tão bem em um arquivo de MP3 e portanto serão cortadas da mixagem. "O resultado pode satisfazê-lo num MP3, mas não o deixaria contente num CD", diz. "Se você me perguntar se estou feliz em fazer isso, minha resposta é não. Mas este é o mundo real, é preciso se adaptar."
Essa mudança para a música comprimida ouvida em iPods está ocorrendo ao mesmo tempo em que outra tendência irrita os audiófilos: a música de hoje é lançada nos volumes mais altos da história, por causa da suposição de que isso vende melhor. O processo de aumentar o volume, porém, tende a eliminar a distinção dos altos e baixos de uma faixa.
Consequentemente, a música pop contemporânea tem um som característico, diz o veterano engenheiro Jack Joseph Puig, de Los Angeles, que trabalhou com os Rolling Stones e Eric Clapton. "Há dez anos, a música era mais quente; era rica e espessa, com mais tons e mais 'poder real'. Mas os novos álbuns são mais frios e brilhantes. Ele têm o que chamo de 'poder implícito'. É tudo feito com defasagens, reverberações e compressões para enganar o seu cérebro."
Todos esses engenheiros tendem a ser audiófilos, o tipo de gente que brigaria para deixar uma faixa perfeita. Mas eles estão começando a questionar se a briga vale a pena.
"Eu me importo com a qualidade, mesmo se o garoto na rua goste do que ele ouve no MySpace, que é ainda pior que MP3", diz Stuart Brawley, um engenheiro de Los Angeles que gravou com Cher e Michael Jackson. "Tentamos produzir a melhor qualidade de som possível, mas nós temos que ser cada vez mais realistas sobre quanto tempo podemos gastar com isso."
É claro que nem todos os produtores de música concordam que os MP3s e iPods estão afetando a música de maneira tão ruim. Larry Klein, conhecido por seu trabalho com Joni Mitchell, diz que "se algo soa muito bem num par de caixas acústicas normais, vai soar ótimo em fones de ouvido. Não posso imaginar fazer uma mixagem de um disco de modo que soe melhor em fones de ouvido".
Quando os primeiros CDs foram lançados, eles foram considerados frios e chapados se comparados com os discos de vinil. Mas seu som melhorou à medida que os engenheiros aprenderam mais sobre o meio, um processo que muitos esperam que se repita com MP3s e tocadores de música portáteis.
Mesmo assim, os engenheiros ainda sentem nostalgia das tecnologias antigas. "O que perdemos nesta nova era de compressão em massa e baixa fidelidade são discos que soam tão bem que você se perde neles. 'Dark Side of the Moon' — já não se fazem mais discos como aquele."
Será verdade?
Os russos postaram na internet planos secretos de um novo submarino. Um jornalista escreveu um "press release" cobrindo um encontro, com detalhes que incluia até o código do projeto e especificações técnicas
Oops - Russians post 'secret' sub plan on web
Oops - Russians post 'secret' sub plan on web
Países atrasados
Qual a explicação para a existência de países pobres. Segundo este pesquisador quatro são as possíveis razões: conflito (guerra civil, por exemplo), recursos naturais (que impede que outras atividades sejam incentivadas), problemas com vizinhos e governo ruim.
Google-Scholar vs SSCI
A relação existente entre os resultados do Google Scholar e as citações no Social Science Citation Index é de 0,848. Ou seja, o resultado do Google é muito parecido com o obtido no SSCI, uma fonte tradicional de citações.
Fonte: Aqui
Fonte: Aqui
Área pública mais ágil
Devedores arrastam execução SP começa a recuperar R$ 132 mi desviados dos cofres públicos
15 anos após criação da Lei de Improbidade Administrativa, 25 processos estão na fase de execução da dívida
Rodrigo Pereira/Eduardo Reina
O Estado de São Paulo - 14/09/2007
Embora mais rápido que o trâmite na sentença da ação de improbidade, a execução dos valores também permite amplo questionamento dos réus e pode se arrastar por alguns anos nos tribunais. A afirmação é do desembargador Urbano Ruiz, da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, que já julgou casos de execução de valores envolvendo políticos. "De fato, a execução é tumultuada e demorada, pois muitas vezes ainda é preciso apurar o valor a se indenizar e as partes têm o direito de contestar isso", disse. Ele reconhece, no entanto, que a legislação abre brechas para os maus pagadores, o que também explicar a demora no ressarcimento. "Os devedores têm muitos estratagemas. Eu conheço uma ação em que o réu indicou um imóvel para penhora e depois a mulher entrou com embargo, dizendo que tinha direito a parte dele", exemplificou. R.P e E.R
Demorou. Mas Estado e Prefeitura começaram a receber, 15 anos após a criação da Lei de Improbidade Administrativa, os primeiros ressarcimentos e multas por ações movidas pelo Ministério Público Estadual. Há 25 processos em que os réus perderam e não têm mais como recorrer. Agora os processos estão na fase de execução - quando se definem valores e é feita a busca e seqüestro dos bens dos acusados para quitar o que devem. Em valores ainda não atualizados, são cerca de R$ 132 milhões. O MPE estima que eles serão pagos até o fim de 2008. Esse dinheiro é cobrado pela Promotoria de Cidadania da Capital de autoridades, servidores e empresas por conta de contratos irregulares com o Estado e o Município. Entre os réus que terão de ressarcir os cofres públicos estão os ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta, os ex-secretários municipais Carlos Alberto Venturelli e Alfredo Savelli e a ex-secretária estadual da Criança, Família e Bem-Estar Social Marta Godinho.
Também fazem parte do grupo ex-presidentes da Companhia Estadual de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e de grandes empresas, como Vega Engenharia Ambiental, Vega Sopave, Geribello Engenharia e Pavter, além do mantenedor das Faculdades Anhembi Morumbi, o Instituto Superior de Comunicação Publicitária.
"Os resultados só estão aparecendo agora porque a lei é nova", afirma o promotor Saad Mazloum. "Mas as decisões têm criado jurisprudência e a tendência é o trâmite ser cada vez mais rápido."
O primeiro pagamento de reparação por improbidade ocorreu em agosto de 2006. A Vega Sopave devolveu R$ 6.570,36 por um contrato sem licitação de R$ 764 mil, que previa a conservação de pavimento das Rodovias Anchieta e Imigrantes, firmado em 1990 com a Dersa.
A Vega também é ré na maior ação do gênero na promotoria, que pede o pagamento de R$ 92,2 milhões à Prefeitura. Metade desse valor se refere ao ressarcimento pelo não cumprimento do contrato de coleta de lixo. O resto corresponde à multa. A execução foi iniciada ainda em setembro de 2004. Mas a defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a pendência está parada até hoje.
Outro caso envolve a ex-secretária no governo Mário Covas Marta Godinho. Ela e o Instituto Superior de Comunicação Publicitária foram condenados a ressarcir o Estado em R$ 27,5 milhões pela contratação de 1.044 funcionários sem concurso público. Desses, 838 eram servidores da antiga Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem), atual Fundação Casa. Eles foram demitidos e recontratados pelo instituto. O processo foi aberto em 1996 pela promotoria e a sentença final (para a qual não cabe recurso) saiu em 2005.
O terceiro maior caso em execução envolve ex-presidentes da CDHU e a Geribello Engenharia. Em 1992, os dirigentes dispensaram licitação na contratação de técnicos para gerenciar obras de habitação popular. A sentença que condenou os réus a devolverem R$ 6,2 milhões à CDHU anota que "o pretexto da singularidade do serviço" para dispensa de licitação foi "ato grosseiro", já que qualquer empresa tinha nos quadros "milhares de profissionais" com a mesma formação.
OPERÁRIOS
Mas as condenações não se limitam ao alto escalão do serviço público. A Justiça determinou que um motorista e dois "trabalhadores braçais" - na definição do MPE - da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município (Prodam) devolvessem o valor de meio mês de salário e benefícios, mais multa de duas vezes o mesmo valor.
Isso porque eles foram levados em setembro de 1993 por Sinobu Kawai, secretária da chefia de Gabinete da Presidência da Prodam, para fazer a reforma do apartamento dela, no horário de expediente. Sinobu e o então chefe de Manutenção da Prodam, José Rabelo Fontes, foram condenados à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e à proibição de contratar com o poder público. Também terão de ressarcir o erário, em valor ainda não calculado.
15 anos após criação da Lei de Improbidade Administrativa, 25 processos estão na fase de execução da dívida
Rodrigo Pereira/Eduardo Reina
O Estado de São Paulo - 14/09/2007
Embora mais rápido que o trâmite na sentença da ação de improbidade, a execução dos valores também permite amplo questionamento dos réus e pode se arrastar por alguns anos nos tribunais. A afirmação é do desembargador Urbano Ruiz, da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, que já julgou casos de execução de valores envolvendo políticos. "De fato, a execução é tumultuada e demorada, pois muitas vezes ainda é preciso apurar o valor a se indenizar e as partes têm o direito de contestar isso", disse. Ele reconhece, no entanto, que a legislação abre brechas para os maus pagadores, o que também explicar a demora no ressarcimento. "Os devedores têm muitos estratagemas. Eu conheço uma ação em que o réu indicou um imóvel para penhora e depois a mulher entrou com embargo, dizendo que tinha direito a parte dele", exemplificou. R.P e E.R
Demorou. Mas Estado e Prefeitura começaram a receber, 15 anos após a criação da Lei de Improbidade Administrativa, os primeiros ressarcimentos e multas por ações movidas pelo Ministério Público Estadual. Há 25 processos em que os réus perderam e não têm mais como recorrer. Agora os processos estão na fase de execução - quando se definem valores e é feita a busca e seqüestro dos bens dos acusados para quitar o que devem. Em valores ainda não atualizados, são cerca de R$ 132 milhões. O MPE estima que eles serão pagos até o fim de 2008. Esse dinheiro é cobrado pela Promotoria de Cidadania da Capital de autoridades, servidores e empresas por conta de contratos irregulares com o Estado e o Município. Entre os réus que terão de ressarcir os cofres públicos estão os ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta, os ex-secretários municipais Carlos Alberto Venturelli e Alfredo Savelli e a ex-secretária estadual da Criança, Família e Bem-Estar Social Marta Godinho.
Também fazem parte do grupo ex-presidentes da Companhia Estadual de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e de grandes empresas, como Vega Engenharia Ambiental, Vega Sopave, Geribello Engenharia e Pavter, além do mantenedor das Faculdades Anhembi Morumbi, o Instituto Superior de Comunicação Publicitária.
"Os resultados só estão aparecendo agora porque a lei é nova", afirma o promotor Saad Mazloum. "Mas as decisões têm criado jurisprudência e a tendência é o trâmite ser cada vez mais rápido."
O primeiro pagamento de reparação por improbidade ocorreu em agosto de 2006. A Vega Sopave devolveu R$ 6.570,36 por um contrato sem licitação de R$ 764 mil, que previa a conservação de pavimento das Rodovias Anchieta e Imigrantes, firmado em 1990 com a Dersa.
A Vega também é ré na maior ação do gênero na promotoria, que pede o pagamento de R$ 92,2 milhões à Prefeitura. Metade desse valor se refere ao ressarcimento pelo não cumprimento do contrato de coleta de lixo. O resto corresponde à multa. A execução foi iniciada ainda em setembro de 2004. Mas a defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a pendência está parada até hoje.
Outro caso envolve a ex-secretária no governo Mário Covas Marta Godinho. Ela e o Instituto Superior de Comunicação Publicitária foram condenados a ressarcir o Estado em R$ 27,5 milhões pela contratação de 1.044 funcionários sem concurso público. Desses, 838 eram servidores da antiga Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem), atual Fundação Casa. Eles foram demitidos e recontratados pelo instituto. O processo foi aberto em 1996 pela promotoria e a sentença final (para a qual não cabe recurso) saiu em 2005.
O terceiro maior caso em execução envolve ex-presidentes da CDHU e a Geribello Engenharia. Em 1992, os dirigentes dispensaram licitação na contratação de técnicos para gerenciar obras de habitação popular. A sentença que condenou os réus a devolverem R$ 6,2 milhões à CDHU anota que "o pretexto da singularidade do serviço" para dispensa de licitação foi "ato grosseiro", já que qualquer empresa tinha nos quadros "milhares de profissionais" com a mesma formação.
OPERÁRIOS
Mas as condenações não se limitam ao alto escalão do serviço público. A Justiça determinou que um motorista e dois "trabalhadores braçais" - na definição do MPE - da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município (Prodam) devolvessem o valor de meio mês de salário e benefícios, mais multa de duas vezes o mesmo valor.
Isso porque eles foram levados em setembro de 1993 por Sinobu Kawai, secretária da chefia de Gabinete da Presidência da Prodam, para fazer a reforma do apartamento dela, no horário de expediente. Sinobu e o então chefe de Manutenção da Prodam, José Rabelo Fontes, foram condenados à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e à proibição de contratar com o poder público. Também terão de ressarcir o erário, em valor ainda não calculado.
Mais dividendos
Acionista ganha mais com dividendos
São Paulo, 17 de Setembro de 2007 - Montante pago cresceu sete vezes em seis anos, de R$ 3,3 bilhões para R$ 24,5 bilhões. As companhias abertas brasileiras estão revertendo mais de 50% de seu lucro líquido em dividendos aos acionistas. O percentual é mais do que o dobro do pagamento mínimo de 25% determinado pela Lei das S/A. Os dados constam da pesquisa "Dividendos e Ações no Brasil", do professor da FEA-RP/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) e Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), Alexandre Assaf Neto, obtida com exclusividade por este jornal.
O estudo aponta que o pagamento de proventos aos investidores feito pela área de custódia da CBCL (Companhia Brasileira e Liquidação e Custódia) saltou de pouco mais de R$ 3,3 bilhões em 2000 para mais de R$ 24,5 bilhões em 2006. É um aumento de mais de sete vezes no período de seis anos. De 2000 a 2006, o pagamento de dividendos cresceu ano após ano, com exceção de 2002, período marcado pelas turbulências no mercado provocadas pelas eleições.
"A política agressiva de distribuição de dividendos por parte das companhias abertas é típica de países emergentes e traz preocupação, porque significa que a empresa não está investindo ou fazendo aquisições", explica Assaf. Ele defende a idéia de que uma companhia deve manter a liberdade em pagar ou reter lucros para reinvestimentos em seus negócios, de acordo com suas oportunidades de crescimento e de geração de riqueza. "A obrigatoriedade do pagamento de 25% do lucro em dividendos é esdrúxula. A legislação pode inibir o crescimento sustentado das companhias", diz.
Para Assaf, um dos motivos para a farta distribuição de dividendos por parte das companhias abertas é o baixo crescimento econômico do país, que desestimula os investimentos. "Com a expectativa de retomada do crescimento econômico, o montante de pagamento de dividendos deve cair", avalia.
O indicador que calcula a porcentagem do lucro que a empresa pagou aos acionistas em forma de dividendo é o payout. No ranking da Bovespa, os setores químico e de telecomunicações aparecem no topo da lista como os maiores distribuidores de dividendos para detentores de ações ON. O payout do setor químico é de 323,77% e o de telecomunicações, de 211,59%. O cálculo leva em conta a média do payout de 2000 a 2006. Em seguida aparecem os setores de papel e celulose (88,01%), eletroeletrônicos (87,85%), energia elétrica (84,56%), máquinas industriais (73,77%), siderúrgico e metalúrgico (57,07%) e petróleo e gás (53,27%).
Quanto maior, melhor
Outro indicador utilizado pelo mercado para mensurar o retorno dos dividendos é o "dividend yield". Ele relaciona o dividendo pago por ação de uma empresa e o preço dessa mesma ação. Quanto maior for o "dividend yield", melhor será o resultado da empresa ou mais vantajosa será sua política de distribuição de dividendos aos acionistas. No ranking, os setores de alimentos e bebidas e energia elétrica são os que apresentam maior "dividend yield". A média do "dividend yield" do setor de alimentos e bebidas de 2000 a 2006 foi de 11,33% para ações ordinárias e 7,69% para ações preferenciais. No setor de energia elétrica, a média ficou em 6,87% para as ações ON e de 4,88% para as ações PN.
Gazeta Mercantil - 17/09/2007, Finanças & Mercados - Pág. 3)(Ana Cristina Góes)
São Paulo, 17 de Setembro de 2007 - Montante pago cresceu sete vezes em seis anos, de R$ 3,3 bilhões para R$ 24,5 bilhões. As companhias abertas brasileiras estão revertendo mais de 50% de seu lucro líquido em dividendos aos acionistas. O percentual é mais do que o dobro do pagamento mínimo de 25% determinado pela Lei das S/A. Os dados constam da pesquisa "Dividendos e Ações no Brasil", do professor da FEA-RP/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) e Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), Alexandre Assaf Neto, obtida com exclusividade por este jornal.
O estudo aponta que o pagamento de proventos aos investidores feito pela área de custódia da CBCL (Companhia Brasileira e Liquidação e Custódia) saltou de pouco mais de R$ 3,3 bilhões em 2000 para mais de R$ 24,5 bilhões em 2006. É um aumento de mais de sete vezes no período de seis anos. De 2000 a 2006, o pagamento de dividendos cresceu ano após ano, com exceção de 2002, período marcado pelas turbulências no mercado provocadas pelas eleições.
"A política agressiva de distribuição de dividendos por parte das companhias abertas é típica de países emergentes e traz preocupação, porque significa que a empresa não está investindo ou fazendo aquisições", explica Assaf. Ele defende a idéia de que uma companhia deve manter a liberdade em pagar ou reter lucros para reinvestimentos em seus negócios, de acordo com suas oportunidades de crescimento e de geração de riqueza. "A obrigatoriedade do pagamento de 25% do lucro em dividendos é esdrúxula. A legislação pode inibir o crescimento sustentado das companhias", diz.
Para Assaf, um dos motivos para a farta distribuição de dividendos por parte das companhias abertas é o baixo crescimento econômico do país, que desestimula os investimentos. "Com a expectativa de retomada do crescimento econômico, o montante de pagamento de dividendos deve cair", avalia.
O indicador que calcula a porcentagem do lucro que a empresa pagou aos acionistas em forma de dividendo é o payout. No ranking da Bovespa, os setores químico e de telecomunicações aparecem no topo da lista como os maiores distribuidores de dividendos para detentores de ações ON. O payout do setor químico é de 323,77% e o de telecomunicações, de 211,59%. O cálculo leva em conta a média do payout de 2000 a 2006. Em seguida aparecem os setores de papel e celulose (88,01%), eletroeletrônicos (87,85%), energia elétrica (84,56%), máquinas industriais (73,77%), siderúrgico e metalúrgico (57,07%) e petróleo e gás (53,27%).
Quanto maior, melhor
Outro indicador utilizado pelo mercado para mensurar o retorno dos dividendos é o "dividend yield". Ele relaciona o dividendo pago por ação de uma empresa e o preço dessa mesma ação. Quanto maior for o "dividend yield", melhor será o resultado da empresa ou mais vantajosa será sua política de distribuição de dividendos aos acionistas. No ranking, os setores de alimentos e bebidas e energia elétrica são os que apresentam maior "dividend yield". A média do "dividend yield" do setor de alimentos e bebidas de 2000 a 2006 foi de 11,33% para ações ordinárias e 7,69% para ações preferenciais. No setor de energia elétrica, a média ficou em 6,87% para as ações ON e de 4,88% para as ações PN.
Gazeta Mercantil - 17/09/2007, Finanças & Mercados - Pág. 3)(Ana Cristina Góes)
15 setembro 2007
Marcas que fazem parte do dicionário
Anteriormente postei um link que mostrava marcas que faziam parte do Oxford Dictionary. Fiz uma pesquisa no Houaiss e encontrei algumas marcas que já estão incorporadas a língua portuguesa:
=> Gilete
=> Band-aid
=> Aspirina
=> Forde (assim mesmo, com "e" no final)
=> Fuscão
=> Bombril
=> Xerox
Alguma outra sugestão? Envie e-mail para cesar@cesartiburcio.com.br.
=> Gilete
=> Band-aid
=> Aspirina
=> Forde (assim mesmo, com "e" no final)
=> Fuscão
=> Bombril
=> Xerox
Alguma outra sugestão? Envie e-mail para cesar@cesartiburcio.com.br.
14 setembro 2007
Centros financeiros mundiais
A The Economist de 13/09/2007 faz um extenso relatório sobre o setor financeiro mundial. Uma constatação é a proliferação de centros financeiros mundiais, que nos dias de hoje possuem uma alta dependência entre eles. Apesar do aumento no número de centros financeiros, a revista considera que provavelmente somente Nova Iorque e Londres possam ser considerados centros globais.
Na reportagem Marketplaces on the move, a revista apresenta o seguinte gráfico:
Na reportagem Marketplaces on the move, a revista apresenta o seguinte gráfico:
Importância do setor financeiro
O setor financeiro tem contribuído cada vez com o lucro das empresas de capital aberto. Nos Estados Unidos. Conforme a revista The Economist (13/09/2007, The profits puzzle) o setor contribui com 27% do lucro das empresas do índice SP500. Em 1996 era de 19%
Risco dos emergentes
Risco persiste nos emergentes. Brasil parece melhor preparado
Joanna Slater - The Wall Street Journal
Depois de recuperarem-se heroicamente da recente turbulência financeira, os mercados emergentes estão com desempenho melhor que os dos Estados Unidos e Europa. Foi uma vitória para os investidores que argumentavam que esses mercados têm fundamentos mais sólidos do que antes, e melhores perspectivas de crescimento que os países desenvolvidos.
Mas embora a maioria desses mercados esteja bem mais firme que no passado, nem todos estão em forma financeiramente. Alguns têm problemas que lembram os emergentes do passado — e como naqueles tempos, podem deixar muitos investidores ingênuos com prejuízos.
Entre os países na lista de observação estão Turquia e Hungria, que gastam mais do que poupam; Venezuela e Argentina, por causa de suas controversas políticas econômicas; e até México e Israel, cujas enormes indústrias de exportação seriam vulneráveis a um desaquecimento na economia americana.
(...) Alguns, como Brasil e Rússia, acumularam reservas impressionantes e reduziram suas tomadas de empréstimo externo, o que melhorou bastante sua capacidade de suportar mais instabilidade.
(...) Outros discordam, notando que os EUA continuam sendo um consumidor importante, especialmente para América Latina e Ásia. México, Israel e Colômbia estão entre os países particularmente vulneráveis a um declínio da demanda dos EUA, que foram destino de mais de um terço das exportações deles no ano passado, segundo o Fundo Monetário Internacional. O México é de longe o mais exposto: 85% de suas exportações foram para os EUA.
Ações individuais também estão suscetíveis. O Morgan Stanley analisou as 20 empresas com maior valor de mercado em seu índice de emergentes e concluiu que sete dependiam dos EUA para mais de 20% de suas receitas: a Infosys Technologies e a Reliance Industries, da Índia; a Teva Pharmaceuticals, de Israel; a TSMC e a Hon Hai Precision, de Taiwan; a Cemex, do México; a Samsumg Electronics, da Coréia do Sul; e a Petrobras. Entre as empresas que obtêm mais de 30% de suas vendas nos EUA, segundo o Citigroup, estão a Embraer, a peruana Southern Copper e a mexicana Gruma.
Joanna Slater - The Wall Street Journal
Depois de recuperarem-se heroicamente da recente turbulência financeira, os mercados emergentes estão com desempenho melhor que os dos Estados Unidos e Europa. Foi uma vitória para os investidores que argumentavam que esses mercados têm fundamentos mais sólidos do que antes, e melhores perspectivas de crescimento que os países desenvolvidos.
Mas embora a maioria desses mercados esteja bem mais firme que no passado, nem todos estão em forma financeiramente. Alguns têm problemas que lembram os emergentes do passado — e como naqueles tempos, podem deixar muitos investidores ingênuos com prejuízos.
Entre os países na lista de observação estão Turquia e Hungria, que gastam mais do que poupam; Venezuela e Argentina, por causa de suas controversas políticas econômicas; e até México e Israel, cujas enormes indústrias de exportação seriam vulneráveis a um desaquecimento na economia americana.
(...) Alguns, como Brasil e Rússia, acumularam reservas impressionantes e reduziram suas tomadas de empréstimo externo, o que melhorou bastante sua capacidade de suportar mais instabilidade.
(...) Outros discordam, notando que os EUA continuam sendo um consumidor importante, especialmente para América Latina e Ásia. México, Israel e Colômbia estão entre os países particularmente vulneráveis a um declínio da demanda dos EUA, que foram destino de mais de um terço das exportações deles no ano passado, segundo o Fundo Monetário Internacional. O México é de longe o mais exposto: 85% de suas exportações foram para os EUA.
Ações individuais também estão suscetíveis. O Morgan Stanley analisou as 20 empresas com maior valor de mercado em seu índice de emergentes e concluiu que sete dependiam dos EUA para mais de 20% de suas receitas: a Infosys Technologies e a Reliance Industries, da Índia; a Teva Pharmaceuticals, de Israel; a TSMC e a Hon Hai Precision, de Taiwan; a Cemex, do México; a Samsumg Electronics, da Coréia do Sul; e a Petrobras. Entre as empresas que obtêm mais de 30% de suas vendas nos EUA, segundo o Citigroup, estão a Embraer, a peruana Southern Copper e a mexicana Gruma.
Expansão do IFRS
O International Accounting Standard Board (IASB), órgão mundial responsável pela formulação dos IFRS, prepara uma versão simplificada deste modelo para uso de empresas de pequeno e médio portes. "Pretendemos apresentá-lo em 2008", disse ontem David Tweedie, presidente do conselho da entidade, em evento sobre o tema em São Paulo.
Antes disso, os órgãos de auto-regulação contábil em diversas partes do mundo estão coordenando testes com o uso dos "IFRS light" por empresas menores. Trata-se de um documento de 200 páginas, dez vezes menor do que o que rege o padrão para grandes corporações. (...)
Empresas estrangeiras que têm BDR listados na Bovespa poderão apresentar seus balanços financeiros no padrão IFRS, sem necessidade de reconciliação para o modelo brasileiro. É o que prevê uma minuta de instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que deve entrar em audiência pública nas próximas semanas. (...)
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Aluísio Alves - Padrão internacional chega a empresas de pequeno e médio porte
Antes disso, os órgãos de auto-regulação contábil em diversas partes do mundo estão coordenando testes com o uso dos "IFRS light" por empresas menores. Trata-se de um documento de 200 páginas, dez vezes menor do que o que rege o padrão para grandes corporações. (...)
Empresas estrangeiras que têm BDR listados na Bovespa poderão apresentar seus balanços financeiros no padrão IFRS, sem necessidade de reconciliação para o modelo brasileiro. É o que prevê uma minuta de instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que deve entrar em audiência pública nas próximas semanas. (...)
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Aluísio Alves - Padrão internacional chega a empresas de pequeno e médio porte
Embraer e custos
[...] As autoridades dos EUA temem que a entrada de milhares de novos jatinhos no espaço aéreo nacional sobrecarregue ainda mais a infra-estrutura do setor, num momento em que o sistema de controle do tráfego aéreo exibe vários sinais de esgotamento e o governo e o Congresso estão procurando meios de financiar os investimentos necessários para modernizá-lo.As consequências dessa discussão para os negócios da Embraer ainda são bastante incertas, mas dificilmente seu impacto poderá ser ignorado.
Aumento de custos e restrições podem afetar Embraer nos EUA
Valor Econômico - 14/09/2007
Aumento de custos e restrições podem afetar Embraer nos EUA
Valor Econômico - 14/09/2007
Impairment
Nova regra obriga atualização de valor de ativos no balanço
Valor Econômico - 14/09/2007
A divulgação da primeira regra de contabilidade para as companhias brasileiras definida conjuntamente pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é prevista para hoje. O pronunciamento técnico do comitê terá de ser obrigatoriamente adotado pelas empresas de capital aberto, podendo levar a baixas contábeis em série. A deliberação, que ficou em consulta pública até o fim de julho, insere o conceito de "impairment" no país.A palavra em inglês significa deterioração, na tradução literal. Tecnicamente, trata-se da "redução do valor recuperável de ativos", conforme a regra da CVM. Na prática, quer dizer que as empresas terão de avaliar, anualmente, os ativos que geram resultado antes de contabilizá-los no balanço. Cada vez que a projeção de geração de caixa tiver um valor inferior ao montante pelo qual o ativo está registrado, a companhia terá de fazer a baixa contábil da diferença.
O ajuste será feito por meio de uma provisão na demonstração de resultados ou no balanço patrimonial, quando se tratar de ativo já reavaliado.O professor Eliseu Martins, vice-coordenador técnico do CPC, explica que a mudança está alinhada às regras contábeis internacionais do padrão IFRS, que deverá unificar a contabilidade global. O objetivo do pronunciamento é evitar que as empresas brasileiras tenham em seus balanços ativos registrados por um valor que não irá se concretizar no futuro.Aos poucos, a CVM e o CPC, por meio de pronunciamentos e deliberações, estão promovendo a convergência dos conceitos brasileiros. Além do "impairment", há diversas outras declarações do comitê que já estão "no forno", segundo o professor. "Essas regras conjuntas com a CVM estarão em vigor porque não há nenhum grande conflito com a lei." Martins diz isso para lembrar que a migração completa das companhias brasileiras ao IFRS depende da mudança da Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), com a aprovação do projeto de lei 3.741, tramita no Congresso Nacional.Essa primeira deliberação conjunta com a CVM deverá entrar em vigor assim que for publicada no "Diário Oficial da União".
(...)"Teremos uma situação esdrúxula de resultados bastante diferentes entre o balanço societário e o fiscal."O eventual "impairment" demandará uma nota explicativa no balanço das empresas. Em muitos casos, a companhia terá em seu caixa o benefício de uma possível amortização de ágio, sem que isso fique evidente nas demonstrações financeiras que seguem a legislação societária.Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento no Mercado de Capitais (Apimec-SP), ressalta que a avaliação das companhias não deverá sofrer impactos relevantes por essa regra. Segundo ele, as análises são realizadas com base no fluxo de caixa das empresas, item que não sofrerá alteração com a medida. No entanto, admite o especialista (que também participa do CPC), os balanços indicarão de forma mais realista os investimentos detidos pelas companhias.
A regra internacional de "impairment" gerou casos memoráveis, especialmente, no setor de telecomunicações. A holandesa KPN fez, em 2002, uma baixa contábil de 9 bilhões de euros pela compra das bilionárias licenças de 3ª geração de telefonia celular vendidas na Europa.
Valor Econômico - 14/09/2007
A divulgação da primeira regra de contabilidade para as companhias brasileiras definida conjuntamente pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é prevista para hoje. O pronunciamento técnico do comitê terá de ser obrigatoriamente adotado pelas empresas de capital aberto, podendo levar a baixas contábeis em série. A deliberação, que ficou em consulta pública até o fim de julho, insere o conceito de "impairment" no país.A palavra em inglês significa deterioração, na tradução literal. Tecnicamente, trata-se da "redução do valor recuperável de ativos", conforme a regra da CVM. Na prática, quer dizer que as empresas terão de avaliar, anualmente, os ativos que geram resultado antes de contabilizá-los no balanço. Cada vez que a projeção de geração de caixa tiver um valor inferior ao montante pelo qual o ativo está registrado, a companhia terá de fazer a baixa contábil da diferença.
O ajuste será feito por meio de uma provisão na demonstração de resultados ou no balanço patrimonial, quando se tratar de ativo já reavaliado.O professor Eliseu Martins, vice-coordenador técnico do CPC, explica que a mudança está alinhada às regras contábeis internacionais do padrão IFRS, que deverá unificar a contabilidade global. O objetivo do pronunciamento é evitar que as empresas brasileiras tenham em seus balanços ativos registrados por um valor que não irá se concretizar no futuro.Aos poucos, a CVM e o CPC, por meio de pronunciamentos e deliberações, estão promovendo a convergência dos conceitos brasileiros. Além do "impairment", há diversas outras declarações do comitê que já estão "no forno", segundo o professor. "Essas regras conjuntas com a CVM estarão em vigor porque não há nenhum grande conflito com a lei." Martins diz isso para lembrar que a migração completa das companhias brasileiras ao IFRS depende da mudança da Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), com a aprovação do projeto de lei 3.741, tramita no Congresso Nacional.Essa primeira deliberação conjunta com a CVM deverá entrar em vigor assim que for publicada no "Diário Oficial da União".
(...)"Teremos uma situação esdrúxula de resultados bastante diferentes entre o balanço societário e o fiscal."O eventual "impairment" demandará uma nota explicativa no balanço das empresas. Em muitos casos, a companhia terá em seu caixa o benefício de uma possível amortização de ágio, sem que isso fique evidente nas demonstrações financeiras que seguem a legislação societária.Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento no Mercado de Capitais (Apimec-SP), ressalta que a avaliação das companhias não deverá sofrer impactos relevantes por essa regra. Segundo ele, as análises são realizadas com base no fluxo de caixa das empresas, item que não sofrerá alteração com a medida. No entanto, admite o especialista (que também participa do CPC), os balanços indicarão de forma mais realista os investimentos detidos pelas companhias.
A regra internacional de "impairment" gerou casos memoráveis, especialmente, no setor de telecomunicações. A holandesa KPN fez, em 2002, uma baixa contábil de 9 bilhões de euros pela compra das bilionárias licenças de 3ª geração de telefonia celular vendidas na Europa.
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