Uma reportagem do Wall Street Journal mostra as razões da demora nas investigações:
(...) Pessoas que têm acompanhado as investigações dizem que os diretores das várias unidades de negócios da Siemens, assim como diretores regionais nos 190 países nos quais a empresa trabalha, tiveram muita autonomia nos últimos anos. Isso incluiu o poder de elaborar vagos contratos de consultoria com terceiros que investigadores criminais suspeitam terem sido usados para transferir propinas a clientes potenciais. A reconstituição dos fatos está exigindo uma investigação intensa não apenas na matriz de Munique, como também em seus escritórios em outros países.
O escritório de advocacia Debevoise & Plimpton LLP foi contratado pelo conglomerado em dezembro para investigar a fundo as alegações de irregularidades. Mas recentemente a firma informou o conselho supervisor da Siemens, que não é integrado por membros da diretoria, que diretores de algumas unidades estrangeiras não têm cooperado, disseram membros do conselho ao Wall Street Journal.
(...) A empresa recusa-se a entrar em detalhes de muitos aspectos da investigação. Mas em seu mais recente informe à Securities and Exchange Commission, a comissão de valores mobiliários americana, na sexta-feira, a Siemens reconheceu que "incertezas substanciais permanecem" e que "ainda não tem informação suficiente" para estimar o dano financeiro potencial causado pelos supostos delitos.
Ela também informou que o problema pode ser muito maior que o indicado em dezembro, quando identificou 420 milhões de euros em transações suspeitas em sua unidade de equipamentos de telecomunicações nos últimos sete anos.
Investigação na Siemens se arrasta e cria desafios para novo presidente
Mike Esterl e David Crawford
The Wall Street Journal - 16/08/2007
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