Governo e Petrobras terão de se explicar para deputados
Gazeta Mercantil - 10/08/2007
Governo, Petrobras e a Suzano Petroquímica terão que explicar o negócio entre as duas empresas em audiência pública na Câmara dos Deputados no dia 22. A oferta feita pela Petrobras para adquirir a Suzano Petroquímica está causando desconfiança no mercado, no Congresso e no governo.
Além da Câmara dos Deputados, já estão envolvidos em apurações sobre a legalidade da operação a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e o TCU (Tribunal de Contas da União). (...)
A CVM já abriu investigação para apurar a possibilidade de vazamento de informações privilegiadas sobre a venda da Suzano Petroquímica para a Petrobras, o teria aumentado o valor das ações da empresa. O TCU também vai investigar o negócio.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Cláudia Dianni e Rivadavia Severo)
Em outra reportagem, do mesmo jornal, mostra os planos da CVM para os casos de informação privilegiada:
Caso Suzano acelera planos da CVM
Gazeta Mercantil - 10/08/2007
Superintendência especial para julgar uso de informações privilegiadas trará mais agilidade. A ocorrência cada vez maior de casos de insider trading no mercado acionário levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a acelerar a criação de uma superintendência específica para julgar casos de ilícitos no setor. (...) Hoje, processos como o da suspeita de uso de informação privilegiada, no caso da compra da Suzano Petroquímica pela Petrobras, são iniciados na superintendência de acompanhamento de empresas e depois seguem para a área de fiscalização.
"Com uma superintendência específica, os processos correrão mais rápido", afirma. A mudança depende de aprovação do Ministério da Fazenda, ao qual a CVM é submetida. Maria Helena calcula que atualmente os processos levam em média dois anos para serem julgados, prazo que considera adequado à média internacional, porém quer mais agilidade nos casos de maior visibilidade.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluisio Alves)
Ontem (09/08/2007) o jornal Valor Econômico (CVM promete marcar em cima do lance) informava que a CVM iria fiscalizar o que ocorreu com a Suzano. Uma liminar foi obtida na justiça para bloquear os ganhos de dois investidores que aparentemente ganharam com informação privilegiada.
A atual presidente da CVM declarou que uma das prioridades da instituição será a fiscalização e punição, além da agilidade na resolução dos casos.
No mesmo dia, a Gazeta informava que poderiam existir novos envolvidos no caso Suzano (Caso Suzano pode ter novos envolvidos, avisa CVM)
Em parceria com o Ministério Público, a CVM obteve anteontem da Justiça autorização para barrar os negócios feitos por um investidor pessoa física e outro estrangeiro. Juntos, poderiam lucrar mais de R$ 1,5 milhão. Como as operações só são liquidadas em D+3, ou seja, três dias úteis depois de realizada a operação, o bloqueio impediu que os investidores tivessem acesso aos recursos obtidos com a venda das ações.
(...) Na véspera do anúncio, o giro com ações preferenciais da Suzano foi de R$ 16 milhões na Bovespa, 300% maior do que a média diária de negociação dos papéis em julho. (...)
Maria Helena [presidente da CVM] disse que ainda não é possível saber se os investidores que tiveram as operações bloqueadas têm alguma ligação com as empresas envolvidas na operação. Ela adiantou, no entanto, que a lista enviada pela Bovespa com os nomes dos investidores que operaram com ações não aponta a existência de nenhum dos principais executivos da Suzano Petroquímica. (...)
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)
Nenhum comentário:
Postar um comentário