O problema do free-riding (carona) é muito discutido na economia, em especial na área de finanças públicas e teoria de mercados. Os caronas são agentes que consumem mais do que a parcela justa de recursos. O problema dos caronas é como evitar ou impor um limite a este consumo.
Um exemplo é o gasto com segurança: nenhuma pessoa de um país pode ser excluído do benefício da segurança, nem mesmo aqueles que não pagam impostos ou que são contrários a existência dela.
Considere uma rua onde os moradores resolveram pagar uma pessoa para fazer a segurança. Todos os moradores aceitam pagar, exceto um. Se a melhoria for implantanda, o morador que não paga será um carona, usufruindo do benefício. Isto torna-se um problema quando os demais moradores se recusam a melhorar a segurança se um deles for carona.
Um outro exemplo ocorreu com o serviço de rádio, que foi criado no final do século XIX. Como implantar este serviço de forma lucrativa? O problema do carona era sério. Em 1922, Herbert Hoover, então secretário de Comércio dos Estados Unidos, chegou a afirmar que não existia nenhum método prático para que os ouvintes pagassem pelo serviço. Seria o caso do governo ser responsável pelo mesmo?
A solução ocorreu de forma interessante: A ATT descobriu que poderia ganhar dinheiro vendendo propaganda. E isto solucionou o problema do carona.
Este mesmo caso poderia ser aplicado para a televisão e para ferramentas de busca da internet.
E a Contabilidade? O problema do carona também ocorre na contabilidade. Um exemplo importante e interessante são as demonstrações contábeis das empresas de capital aberto. Quem financia o sistema de divulgação das informações é a empresa e, em última instância, os atuais acionistas. Mas qualquer pessoa pode ter acesso as informações, inclusive os concorrentes e indivíduos que não terão nenhum vínculo futuro com a empresa. Estes seriam os caronas da contabilidade.
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