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11 dezembro 2006
Governança Corporativa
Da Gazeta Mercantil de 29/11/2006:
Governança Corporativa - A próxima fronteira na transparência das empresas abertas
São Paulo, 28 de Novembro de 2006 - Atender as exigências dos diferentes níveis de governança da Bovespa já não é suficiente para satisfazer a demanda do mercado por transparência. Entre outras informações, fundos de investimentos e corretoras agora estão cobrando das empresas a divulgação mais freqüente das variações do fluxo de caixa, estratégia de crescimento e avaliação setorial. Essa é uma das conclusões de um worshop sobre a percepção do investidor, realizado ontem pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri). Um exemplo desa tendência é o fundo norte-americano Alliance Bernstein, colosso norte-americano que tem mais de US$ 2 bilhões investidos em ações de companhias domésticas, e que vem cobrando delas informações sobre estratégias de crescimento, capacidade do corpo administrativo, e dinâmica setorial. "A necessidade de fazer projeções de investimentos para prazos longos faz com que as informações não financeiras que recebemos das empresas sejam as mais importantes", avaliou Ana Paula Lanzana, analista da instituição.Já analistas de bancos e de corretoras, que têm no horizonte cenários menos longos, a cobrança por mais detalhes dos dados financeiros tem crescido. "As companhias deveriam publicar trimestralmente o quanto conseguiram de valor adicionado, prática até hoje só adotada pela Petrobras", disse Fábio Anderáos, da Geração Futuro.
De olho nesse movimento, empresas mais ativas em matéria de governança começam a se antecipar para tentar descobrir as matérias de maior interesse do mercado. As elétricas CPFL e Cemig, por exemplo, adotaram ferramentas de gestão que mapeiam as questões que chegam com maior freqüência à área de relações com investidores. "Assim, conseguimos saber mais rapidamente o que nossos acionistas querem saber", afirmou o presidente-executivo da CPFL, Wilson Ferreira Jr. "É um instrumento importante para eliminar o gap de percepção da companhia por parte dos investidores", emendou o diretor financeiro e de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Aluísio Alves)
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