Razões para aprender como funciona a bolsa de valores
Marcos Elias
08/11/2006
Você é médico? Engenheiro? Advogado? Um psiquiatra famoso e, assim como seus colegas que cobram mil reais por consulta, não tem dado atenção à gestão da sua poupança? Já sei! Não é nada disso... Você não se formou, faturou alto e hoje utiliza a técnica de comprar mais um imóvel sempre que tem recursos suficientes? Você é pai e quer fazer um plano de previdência para os filhos? Vendeu sua empresa? A fazenda da sua avó? Recebeu herança? Se uma dessas situações é o seu caso, você tem um encontro marcado com o mercado de ações e, ao contrário do que possa pensar, esse encontro é inevitável e se dará em breve.
Investir em ações no Brasil tem sido um mito! Algo reservado apenas para especuladores ou especialistas. Mas o mito, dizia Fernando Pessoa, em "Mensage", "é o nada que é tudo", e "assim a lenda escorre a entrar na realidade..." Então é hora de conhecermos como funciona este mercado porque ele absorverá grande parte da poupança nacional. E por que isso aconteceria? A resposta, você verá entre as 50 razões que seguem:
1. Os juros cairão nos próximos anos no Brasil mais agudamente do que em qualquer outro lugar do planeta e o CDI, que outrora te fizera silenciosamente (e até involuntariamente) rico, hoje não mais o fará;
2. Não há porque entender que o real se desvalorizará frente às moedas estrangeiras e, portanto, não valerá a pena voltar a comprar dólares;
3. Regra básica: só rentabilizará a poupança doravante quem se dedicar à sua gestão e escolher os assessores certos. Acabou o "free lunch";
4. Uma inevitável reforma tributária beneficiará em grande instância as empresas listadas;
5. Hoje, com o aprimoramento das práticas de governança corporativa, ações são realmente frações do capital de uma empresa;
6. Na bolsa, há companhias com grandes vantagens competitivas globalmente (e elas são imbatíveis);
7. A reforma política virá, inevitavelmente;
8. Mais rapidamente ou não, o Brasil se aproximará do "investment grade", com a reforma da legislação trabalhista, privatização do IRB e formalização da independência do BC;
9. Há R$ 60 bilhões de dividendos reinvestidos todos os anos na bolsa, mantendo uma pressão de compra;
10. As fundações migrarão da renda fixa para a renda variável;
11. A bolsa brasileira, comparada à outras emergentes, é barata, e isso continuará a atrair o estrangeiro;
12. Ao investir em ações, posterga-se o pagamento de imposto de renda para a data em que houve ganho de capital;
13. Nos últimos quatro anos, a bolsa tem superado o CDI;
14. Há 400 opções de investimentos em ações e estas requerem menos capital e são mais rentáveis do que se investir em uma franquia do McDonalds. Afora o trabalho!;
15. É facílimo operacionalizar uma conta em uma corretora;
16. Comprando ações, você pode ter a excelente gestão dos Setubal, o pessoal da AmBev, o genial Salim Matar, o obstinado Nildemar Secchis, etc, trabalhando para você!;
17. A liquidez das ações, ao contrário do que acontece no caso dos imóveis, é bastante elevada, e você não terá problemas em encontrar mercado para vender alguns milhões de reais de sua carteira por dia;
18. Se você gosta de imóveis, pode comprar ações de Cyrela, Company, Rossi, João Fortes, etc;
19. Se você comprasse, por exemplo R$ 100 mil em ações, e dez anos depois essas ações valessem R$ 1 milhão e você ainda as detivesse, o "IR só enxergaria" R$ 100 mil e não R$ 1 milhão, o que não ocorre na renda fixa e que lhe pode ser conveniente;
20. Há pelo menos dez casas de gestão de ações que, todo ano, conseguem superar o Ibovespa;
21. Ações são o melhor instrumento para se a previdência de seus filhos e netos. É algo que pode te dar 20% ao ano e não tem taxas de administração nem gessos para resgate;
22. Vale ou Bradespar: vale a pena ter em carteira;
23. Petrobras;
24. Confab;
25. Diagnósticos da América;
26. Telemar;
27. Localiza;
28. Weg;
29. AmBev;
30. Itaúsa;
31. Porto Seguro;
32. Unibanco;
33. TAM;
34. Sabesp;
35. Suzano Papel & Celulose;
36. Gerdau;
37. Braskem;
38. Americanas;
39. Randon;
40. Marcopolo;
41. Guararapes;
42. ALL;
43. Net;
44. Aracruz;
45. CPFL;
46. Perdigão;
47. Romi;
48. Marisol;
49. Brasil Telecom;
50. Cesp.
Marcos Elias é sócio da Galleas Ventures
E-mail melias@galleas.com.br
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Valor Econômico
Enviado por Ricardo Viana
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