Os efeitos da operação:
a) cotação da ação subiu. Mas no dia de ontem. É necessário verificar a cotação de médio prazo;
b) a classificação de risco da empresa ficou prejudicada. Isto aumenta o custo do capital para a empresa, contrariando inclusive a reportagem anterior
Ações sobem 4,6%, mas nota de risco da Vale piora
Os investidores vibraram ontem com a conclusão da operação de compra da mineradora canadense Inco pela Companhia Vale do Rio Doce. As ações da empresa lideraram a alta ontem no Índice Bovespa (Ibovespa). As ações ordinárias da Vale subiram 4,63% e as preferenciais, 3,34%.
Mas o dia não foi totalmente de festa ontem para a Vale. Apesar do entusiasmo do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito corporativo da Vale de BBB+ para BBB por causa do aumento da dívida para fechar a operação.
Já a Fitch Ratings rebaixou a classificação em moeda local da empresa. O Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor para a Vale caiu um grau: passou de BBB para BBB-. Essa decisão, porém, ainda não afeta a condição de 'grau de investimento' da companhia.
Rafael Guedes, diretor-executivo da Fitch, disse que a decisão foi tomada devido à conclusão da operação da Inco. Segundo Guedes, a súbita elevação do endividamento da companhia altera as condições do balanço da mineradora.
A principal mudança, diz Guedes, é a relação entre a dívida e a geração de caixa (Ebitda) da Vale. Sem a Inco, a relação da Vale era inferior a uma vez, ou seja, a empresa gerava recursos em apenas um ano mais do que suficientes para pagar suas dívidas, uma situação muito confortável. 'Agora, essa relação passa a ser três vezes', explica. Embora tenha havido mudança na nota para títulos em moeda local, a Fitch Rating não alterou a avaliação em moeda estrangeira, que continua BBB-.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário