A semana passada trouxe notícias sobre a riqueza do nosso presidente. (É bem verdade que os jornais também anunciaram que a fortuna de Quércia ultrapassava a R$100 milhões!)
Um comentário interessante apareceu no jornal Estado de S. Paulo de 7/7/2006, p. A5, com o título "Presidente pode ter ferido código de ética", de Lisandra Paraguassú. Conforme lembra a reporter:
"O detalhamento do patrimônio do presidente (...) inclui aplicações em ações de três empresas: Banco do Brasil, Petrobrás e Vale do Rio Doce. As aplicações somam R$3.473,23 e poderiam passar desapercebidas frente ao patrimônio do presidente, de cerca de R$839 mil, não fosse um detalhe que chama a atenção de quem conhece as normas que regem o comportamento dos funcionários públicos."
"O Código de Conduta da Alta Administração Federal veta o investimento de servidores de primeiro e segundo escalões em bens que possam ter seu valor alterado em conseqüência de decisões governamentais."
A reportagem esclarece que o Código não faz nenhuma referência explícita sobre o cargo de Presidente, mas deixa a entender que é razoável que o mesmo também seja contemplado.
Num pequeno quadro o repórter Sérgio Gobetti, foi mais feliz ainda:
"As declarações apresentadas pelo presidente Lula ao TSE mostram que ele precisaria ter economizado ao menos 76% de sua renda mensal desde 2003 para dobrar seu patrimônio. Lula tem duas fontes de renda: salário de presidente (R$8.885,48) e aposentadoria de anistiado político, de R$4.509 desde maio.
Nos últimos três anos e cinco meses, Lula ganhou R$565,3 mil - R$448,9 mil líquido. Despesas pessoais do presidente são pagas pelos cofres públicos. Simulando qual seria o ganho se economizasse por mês 76% do que ganha e investisse em fundos de renda fixa e poupança, há rendimento líquido com juros de R$76,8 mil. Mais o valor original da poupança, fora CPMF, são R$416 mil, valor da expansão dos bens desde 2002."
Nenhum comentário:
Postar um comentário