Um ex-ministro é contratado para um consultoria por parte de uma instituição financeira. Seu parecer tem a finalidade de ajudar a defesa num processo qualquer. Essa situação já ocorreu várias vezes no Brasil. Segundo a coluna de Luis Nassif novamente temos um caso desse tipo:
"Os pareceristas
Em carta enviada à Folha, o ex-ministro Mailson da Nóbrega se defendeu do que considerou tentativa de desqualificar o laudo que apresentou ao Banco de Minas Gerais, para a CPI do Mensalão, "provando" que a Caixa Econômica Federal fez bom negócio ao adquirir a carteira de crédito consignado de aposentados do banco.
O problema não foi o BMG ter encomendado o laudo: foram os critérios utilizados por Mailson para supervalorizar os ganhos da Caixa.
Ele compara o ganho da caixa com o que obteria com o custo de oportunidade de aplicar em CDI (Certificados de Depósitos Interbancários). Suponha que a CEF ganhe 100 no CDI; que a compra de carteira de crédito consignado permita ganhos de 150 e ela tenha ganhado 120 na operação com o BMG. Teve um lucro de 20 em relação ao CDI, mas uma perda de 30 em relação à mesma operação a preços de mercado.
Não estou afirmando que ocorreu dessa maneira. Mas apenas demonstrando que a comparação correta é com outras operações de aquisição de carteira de crédito ocorridas no mesmo período."
Fonte: Folha de S Paulo, 18/04/2006
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